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Análise: FIIDO D2S – uma bicicleta elétrica híbrida, para que não se canse muito… ou nada

O mundo está hoje mais sensibilizado para a redução do impacto ambiental, e a utilização de veículos elétricos aliados às energias verdes é cada vez mais uma tendência. As trotinetes e bicicletas elétricas marcam aqui uma posição importante, principalmente ao dispensarem a utilização do automóvel em deslocações pequenas, e a FIIDO tem uma gama E-Bike muito interessante para mobilidade urbana.

A FIIDO D2S foi o modelo que selecionámos para testar, e hoje apresentamos a análise completa a esta E-Bike. Perceba como funciona e do que é capaz.


São várias as razões para considerar meios de transporte alternativos e amigos do ambiente, como uma trotinete ou uma bicicleta elétrica.

Em primeiro lugar, é imprescindível que na sua rotina faça percursos relativamente curtos, de 1 a 5 km, para que o tempo gasto na deslocação não seja demasiadamente moroso. Se esta condição se verificar, então é certo que irá poupar na utilização do automóvel ou transporte público, podendo até conseguir fazer a deslocação mais rapidamente, no caso de circulação em cidade.

Assim, se está a considerar mudar o seu estilo de vida e adotar um veículo elétrico para deslocação em distâncias curtas, a E-Bike FIIDO D2S é uma opção a considerar, com uma excelente relação qualidade/preço.

Despertou curiosidade? Veja a nossa análise em vídeo.

 

Análise em vídeo – bicicleta elétrica FIIDO D2S

 

Características

A FIIDO D2S não é mais que uma bicicleta desdobrável, em 3 partes, com roda de 16″ e com características já de um nível intermédio, como travão de disco mecânico e amortecedor no quadro. Mas além de ser uma bicicleta simples, tem um motor elétrico que lhe dá um “empurrãozinho”, tornando as deslocações menos exigentes.

O motor elétrico está localizado então na roda traseira e tem uma potência de 250W, atingindo uma velocidade máxima de 23km/h, no modo exclusivamente elétrico. A bateria tem uma capacidade de 7,8Ah, com um tempo de carregamento de cerca de 5 horas.

As rodas, como já referido, são de 16″ com jante e trazem pneu para circulação em estrada, com câmara de ar. Tem ainda um amortecedor, para absorver as irregularidades no eixo traseiro, e tem travões de disco mecânicos.

Tem um grande nível de ajuste, com afinação em altura do guiador e selim, e ajuste de inclinação e posição do selim. O guiador também pode ser ajustado em rotação, já que também tem um aperto rápido ao centro.

No que diz respeito à “funcionalidade” de bicicleta, os pedais propriamente ditos, dispõe de um sistema de mudanças Shimano, com um carreto de 6 mudanças, desviador e manípulo. A pedaleira tem apenas uma roda dentada e os pedais retráteis, para permitir melhor arrumação.

No guiador, além dos travões e do manípulo das mudanças, tem o acelerador a ocupar 1/3 do punho direito. Do lado esquerdo tem 2 botões, para a buzina e a luz LED. Além disso, ainda do lado esquerdo tem ainda o controlo do sistema elétrico, onde pode ser ligado/desligado e ajustado em potência. Em qualquer modo de tração elétrica, qualquer um dos travões, ao ser acionado, desativa imediatamente o motor elétrico.

Por fim, tem guarda-lamas em ambas as rodas, um descanso e um refletor na zona inferior do selim. Pesa 19 kg e pode ser utilizada por pessoas até 120 kg.

 

Design dobrável, transporte facilitado

O facto de ser uma bicicleta com a capacidade de ser dobrável permite um leque de possibilidades muito mais alargado. Cabe na grande maioria das bagageiras e monta-se/desmonta-se em cerca de 15 segundos.

Se por um lado permite que a leve facilmente no carro para qualquer local, para dar a sua “voltinha”, também pode ser tomado como uma vantagem que pode ser aproveitada para completar, por exemplo, o seu caminho para o trabalho. Permitirá não só facilitar a deslocação em cidade mas também poderá evitar a necessidade de ter de encontrar um estacionamento numa zona muito concorrida. Assim, poderá estacionar o automóvel comodamente na periferia, e deslocar-se de bicicleta na zona mais difícil, até ao destino.

A montagem é simples e feita em 4 passos: abrir o quadro e trancar, levantar o guiador e trancar, ajustar a altura do guiador e do selim (se necessário) e abrir os pedais. Após desmontar, e antes de montar, tem naturalmente que agarrar a bicicleta, e esse é um ponto chato. Não pela tarefa em si, mas pelo esforço necessário para levantar os cerca de 19 kg que tornam o manuseamento difícil, principalmente para as mulheres ou para quem é menos hábil a usar a força.

 

Modo de funcionamento do sistema elétrico

O conceito principal numa bicicleta elétrica deste tipo é a ajuda que o motor elétrico dá enquanto pedala. Assim que ligar o sistema elétrico, com um clique longo no botão M, basta começar a pedalar para que daí a instantes, sinta que a tarefa ficou mais simples, bastando que acompanhe a pedalada “ao de leve”.

Por omissão, ao ligar o sistema, a ajuda está sempre no nível baixo, que atinge uma velocidade de 8 km/h. Pode assim ajustar a nível de ajuda para médio ou alto, com velocidades máximas de 14 km/h e 18 km/h, respetivamente.

Depois, para os indispostos ou preguiçosos, está à disposição o acelerador, que é efetivamente um acelerador, e não um simples interruptor. A ocupar cerca de 1/3 do punho direito, basta rodar o acelerador para que a bateria forneça energia ao motor elétrico, conseguindo atingir uma velocidade máxima de 23 km/h.

Velocípedes e ciclomotores… esta bicicleta é legal em Portugal?

É uma caracterização que varia entre países. Em Portugal, de acordo com o código da estrada, um veículo de 2 rodas com motor elétrico e potência máxima não exceda 4 kW, trata-se de um ciclomotor.

No entanto, na revisão mais recente ao Código da Estrada, traduzida na Lei n.º 72/2013, o Artigo 112.º no ponto 2 abrange as capacidades desta bicicleta, concretamente a velocidade máxima de 25 km/h e a potência de 250w, com exceção da capacidade de funcionar exclusivamente em modo elétrico. Contudo, o ponto 3 é mais abrangente e aglomera essa exceção.

Resumindo, sim, esta bicicleta é totalmente legal para circular nas estradas em Portugal, não necessitando de registo, homologação, seguro ou carta.

 

Veredicto

A bicicleta híbrida FIIDO D2S serve diferentes perfis de utilizador e pode ser uma excelente solução para facilitar a deslocação para a escola ou trabalho. O “empurrão” que o motor elétrico dá enquanto pedala, faz com que as deslocações não se tornem tão cansativas, evitando que chegue suado a locais onde isso não se pretende.

A forma como a FIIDO D2S chega, na sua caixa, é um ponto muito positivo. Basta cortar as abraçadeiras de serrilha e montar a bicicleta. Tudo está devidamente afinado e lubrificado, pronto a utilizar. Deve apenas garantir que os pneus têm pressão suficiente para se deslocar em segurança.

É muito fácil de montar e desmontar e não requer grande esforço nem perícia. Mas do processo de montar e desmontar, também faz parte o transporte, e é aí que vem a parte mais chata: a FIIDO D2S pesa cerca de 19 kg, o que não parecendo muito, torna-se um pouco exigente dado o volume da bicicleta. Outro pormenor menos bom, é o facto de não haver uma alavanca para trancar a posição de desmontado, fazendo com que o quadro se possa abrir durante o transporte, dificultando ainda mais.

A estrutura é bastante robusta e não apresenta folgas nas uniões desmontáveis, nem noutro sítio qualquer. Os materiais são de qualidade, desde todo o sistema de travagem e de mudanças, até ao amortecedor, selim e rodas. A existência de mudanças é essencial, para permitir percursos de maior dificuldade e também para permitir maior velocidade.

A D2S é confortável, permite uma grande afinação da posição de condução e o amortecedor responde muito bem às perturbações do piso.

O sistema elétrico

Quanto ao sistema elétrico, tanto para o apoio como para o funcionamento exclusivamente elétrico, é responsivo e funciona muito bem, com uma prestação agradável. É sentida a falta da inclusão de um odómetro digital, não só para saber a velocidade instantânea e autonomia, mas também a distância percorrida, eventualmente até com funcionalidades inteligentes e ligação ao smartphone. Seria interessante que viesse incluído, com um design enquadrado o resto.

Em termos de autonomia, é algo muito variável, já que além do modo exclusivamente elétrico, tem 3 modos de ajuda de diferente intensidade, o que naturalmente faz variar bastante o consumo energético. O peso do utilizador e o tipo de piso também podem fazer variar significativamente a autonomia. Após o consumo de 3 cargas totais, conseguimos perceber que em modo exclusivamente elétrico, sem subidas/descidas acentuadas, são conseguidos mais de 30 km. Em modo de ajuda mínima, poderá ir além dos 60 km.

Poderia ser interessante a possibilidade de retirar a bateria, para que pudesse ser carregada separadamente da bicicleta. Assim, será obrigatório que tenha uma tomada perto do local onde deixa a bicicleta.

Vale ainda a pena referir que, se a bateria for totalmente descarregada, a luz LED não terá energia para funcionar, já que utiliza o mesmo circuito de alimentação.

Em conclusão…

A FIIDO D2S não deixa ninguém indiferente à sua passagem e é um exemplo do que, muito provavelmente, vamos começar a ver muito mais frequentemente nas estradas. Tem bons materiais e bons acabamentos, tendo apenas sido descurada a vertente tecnológica.

A E-Bike FIIDO D2S está disponível nas cores cinza e branco por 519 €, utilizando o código de desconto FIIDO20. O envio é gratuito e rápido, feito a partir da Europa.

O Pplware agradece à Geekmall a cedência da E-Bike FIIDO D2S para análise.

E-Bike FIIDO D2S


Além da FIIDO D2S, existem outros modelos com design diferente e sem mudanças. Há também outras marcas com propostas interessantes, como a Xiaomi HIMO, KUGOO, ONEBOT e Samebike. Veja todos os modelos disponíveis aqui.

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