Originalmente anunciado como Doom 4 em 2004, passando para apenas Doom em 2014, finalmente chega às nossas mãos.
Sendo o jogo um ícone no género que ajudou a criar e a popularizar, será que consegue sobressair no meio de tantos outros do mesmo tipo? É isso que vamos hoje descobrir!
Para os mais desatentos, Doom é um jogo de tiros em primeira pessoa desenvolvido pela id Software e publicado pela Bethesda Softworks.
Esta nova versão de DOOM não é uma continuação do DOOM 3, mas sim um remake do primeiro titulo lançado em 1993.
História
A história não é das melhores que podemos esperar, é aliás bastante genérica, servindo apenas como uma simples ligação entre as várias áreas do mapa e os vários tipos de inimigos que encontramos.
A nossa personagem é um soldado sem nome, que acorda no centro de investigação da Union Aerospace Corporation em Marte.
Como não podia deixar de ser, cabe à nossa personagem restaurar o equilíbrio, eliminando todas as criaturas infernais. Essa campanha dura aproximadamente 12 horas, sem contar com os vários segredos e conteúdos extra espalhados pelos mapas, bem como os vários níveis de dificuldade do jogo.
Apresentação
Toda a apresentação é toda ela cuidada, com mapas bem estruturados, modelados e com texturas bem definidas, com um excelente uso de iluminação e efeitos de partículas.
Por vezes, quando chegamos a uma nova área, queremos simplesmente parar e apreciar todo o cenário apresentado.
Mesmo não sendo o tipo de musica que alguns escolheriam para ouvir, em DOOM assenta como uma luva, principalmente durante os confrontos.
Os efeitos sonoros são também bem realizados, onde os sons das armas transmitem bem a sensação de potência e onde é possível distinguir os vários inimigos que se aproximam, apenas pelo som da sua passada.
Mecanismo de jogo
Este é um jogo rápido, onde o jogador não tem tempo para ficar parado a planear a próxima jogada, onde a única maneira de sobreviver é mesmo mantendo um nível constante de agressividade para com os inimigos.
No início do jogo começamos com uma simples e “fraca” pistola, de munição ilimitada, onde rapidamente somos introduzidos ao sistema Glory Kill – quando enfraquecidos, os inimigos ficam a brilharem azul ou laranja, e é aí que podemos activar uma animação, eliminando de vez o inimigo.
Este mecanismo é importante pois é assim que no calor da batalha, quando estamos em apuros, podemos receber munições e pacotes de energia/ armadura extras, para além de nos trazer uma certa gratificação visual na maneira como estes demónios são enviados de volta ao inferno.
O antigo sistema de energia e armadura volta onde, ao contrário de muitos shooters modernos, a nossa energia não se recupera passado algum tempo, é preciso cuidar bem da energia que temos, procurar na área por packs ou eliminar inimigos como mencionado anteriormente.
O jogo está idealizado para obrigar ao movimento constante, onde apenas podemos progredir quando todos os inimigos de determinada área forem erradicados.
As armas foram também melhoradas, com a possibilidade de fazer modificações/upgrades, além de cada uma delas ter um modo de disparo alternativo. Estes upgrades não são apenas cosméticos e fazem-se mesmo sentir durante o jogo.
Multiplayer e Snapmap
O multiplayer é relativamente genérico apesar dos seus seis tipos modos de jogo, apenas três é que sobressaem.
- Soul Harvest – é um modo em equipa onde temos de colher as almas dos jogadores eliminados para somar pontos. Este modo tem a particularidade de um dos jogadores poder se transformar num dos demónios do jogo;
- Freeze Tag – onde ficamos congelados em vez de morrer, podendo ser descongelados por colegas de equipa;
- Warpath – onde temos de dominar um ponto no mapa que está em constante movimento;
De salientar que o jogo está bem equilibrado, onde sentimos que as nossas mortes são o resultado da perícia dos adversários, não do jogo.
Existe um bom tutorial que nos ensina a utilizar todas as ferramentas para podermos criar os nossos mapas, mas atenção que estamos sempre limitados ao sistema do DOOM, por isso o Snapmap não é uma ferramenta para a criação de mods.
Veredicto
Este é o DOOM que temos estado à espera, com acção do princípio ao fim, muitos monstros grotescos e muito, muito sangue.
A campanha é um pouco repetitiva pois cada nova zona parece ser apenas uma arena para destruir a próxima vaga de demónios e podermos avanças à próxima zona, mas nada que estrague a diversão.
Embora não tenha o mesmo impacto que original teve na industria, ou o mesmo tipo de suspense e claustrofobia de DOOM 3, DOOM 2016 consegue cumprir os objectivos definidos: acção rápida e violeta, rios de demónios para matar, bons visuais e muitos segredos por descobrir.