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Análise Devil May Cry 5 (Playstation 5)

Uma das séries mais entusiasmantes e frenéticas de jogos de ação regressou no ano passado: Devil May Cry 5, às plataformas da geração antiga.

Agora, com o lançamento das novas super consolas, o jogo regressa numa edição preparada para o efeito, a Devil May Cry 5: Special Edition.

Nós já experimentámos Devil May Cry V: special Edition na Nova Geração.


Devil May Cry é uma série de ação-aventura hack and slash desenvolvido e publicado pela Capcom, que teve a sua estreia no distante ano de 2001, na altura para a Playstation 2.

Ao longo dos anos, a série tem acompanhado a história de Dante, Vergil e amigos na sua luta contra os demónios, enquanto salvam o mundo da destruição e procuram respostas para tudo o que lhes aconteceu. Devil May Cry 5 é o quinto título principal da série, tendo sido lançado em 2019.

A ameaça Urizen

A história de Devil May Cry 5 coloca os nossos heróis novamente em luta contra a destruição da Humanidade às mãos de Urizen, um demónio que representa a metade demoníaca da alma de Vergil.

Tudo começa quando uma estranha árvore demoníaca nasce em plena Red Grave City: a Qliphoth. É uma árvore que se alimenta do sangue dos humanos e oferece abrigo a inumeros demónios. Até hoje, nunca se manifestou, pois o mundo dos humanos encontrava-se separado do mundo dos demónios por Sparda. Até agora…

A equipa

Existem dois rumos principais para a história, consoante a escolha inicial que o jogador faça mas o que se deve realçar é que ao longo do jogo vamos poder jogar com Nero, Dante, V, ou Vergil (finalmente).

O jogo encontra-se dividido numa sucessão de missões diversificadas, com os seus desafios, recompensas, inimigos e bosses respetivos. Em cada missão iremos controlar um dos heróis, tendo em algumas delas, a oportunidade de escolher livremente qual.

Como podem facilmente antecipar, a jogabilidade varia em função da nossa escolha. Cada um dos personagens tem ataques e armas especificas, sendo bastante diferentes na sua forma de lutar. E cada qual terá os seus Devil Triggers ou afins.

Vergil tem a capacidade de, enquanto se movimenta lentamente ou permanece quieto, aumentar uma barra de concentração que lhe permite despoletar ataques especiais.

Por outro lado, Nero apresenta os seus Devil Breakers (próteses mecânicas no braço direito) que lhe permitem um leque de ataques especiais. V, um personagem que gostei bastante de acompanhar, tem por sua vez, o apoio dos seus animais de estimação..

Apesar do uso das espadas e das pistolas continuar a ser importante (faz parte do ADN na série), tanto os braços mecânicos de Nero, os Devil Brakers, como os demónios invocados por V, tornam-se numa espécie de chantilly em cima do jogo e que acrescentam grande diversidade na sua jogabilidade.

No que respeita aos Devil Breakers, existem vários e com ataques distintos. A Punch Line solta-se para atingir inimigos ao longe, a Helter Skelter penetra os inimigos e destrói as suas defesas e até existe a Mega Buster, em homenagem ao Mega Buster de Mega Man. Uma vez que podemos levar várias para as missões (e podemos encontrar algumas também), ganha-se grande diversidade no combate com Nero.

Por seu lado, V convoca invoca os seus demónios aliados, Griffon (um grifo que ataca à distância) e Shadow (a pantera-negra que faz ataques de proximidade) para lutarem por si. Cada um tem a sua barra de energia que vai regenerando (se estiverem ao pé de nós, regenera mais rapidamente). Ao longo do jogo, vamos podendo ensiná-los com habilidades novas.

Pode invocar ainda outros espíritos como o brutamontes Nightmare, que pode inclusive “montar” durante a sua curta estadia em combate.

O controlo de V em combate assenta em duas dinâmicas distintas, mas simultâneas. Primeiro temos de controlar os ataques dos nossos animais (triângulo para o Griffon e quadrado para o Shadow), mas em simultâneo, temos de evitar ser atacados pelos inimigos e como tal temos de estar em constante movimento ou fuga de ataques. É uma dinâmica empolgante e que me surpreendeu pela positiva.

Apreciei bastante a jogabilidade de V mas, no entanto, há algo na IA dos dois animais que ainda precisa de ajustes. Isto, pois ocasionalmente decidem esquecer-se a luta.

Por fim, V usa ainda a sua bengala mas, quase exclusivamente para dar o golpe final nos inimigos que os seus demónios deixam nocautes.

Combate

O combate em Devil May Cry V decorre na 3ª pessoa como característico na série e continua frenético como sempre, teimando em evitar que o jogador possa respirar fundo muitas vezes.

A excepção, são as animações intercalares ou quando vamos à carrinha da jeitosa Nico, comprar melhorias ou novos equipamentos.

Existem dezenas de combos e movimentos à nossa disposição pelo que com tanta diversidade, o combate exige toda a nossa atenção e, principalmente, destreza com os dedos.

Apesar de ser relegado para 2.º plano, o jogo apresenta ainda algumas secções de exploração em que convém o jogador explorar cada canto do cenário e encontrar algumas relíquias importantes.

O combate está simplesmente espetacular. Não só pela quantidade e variedade de ataques à disposição de cada personagem (muitos deles desbloqueados) mas pela forma como as cenas se sucedem no ecrã e pela forma como os inimigos surgem e se comportam.

Está tudo muito fluído e visualmente atrativo. Para isso conta (e muito) as capacidades gráficas e de processamento da Playstation 5. É tudo uma questão de rapidez, reflexos e timing e quando o jogador dominar os ataques de cada personagem, então aí o jogo entra noutra dimensão completamente diferente.

4K ou não?

Não creio que já tenha visto um Devil May Cry com tão bom aspeto visual e com tão bons efeitos. Os efeitos de luz, a física e os movimentos, as particulas, os demónios, a cidade, as texturas… tudo a roçar a perfeição.

Uma palavra final para os tempos de loading, que… praticamente não existem.

Boas vibrações

A Playstation 5 consegue realmente fazer sobressair o que de melhor há nos jogos e Devil May Cry V usufrui disso mesmo. Sendo um jogo de ação mais intensa e que depende do input, é com extrema satisfação que não encontrei praticamente nenhum lag entre comando e feedback do personagem. Os comandos provenientes do DualSense estão extremamente responsivos.

De resto, fica um pouco a sensação de que o DualSense poderia ter tido mais desenvolvimentos para usufruir na totalidade das suas capacidades.

O feedback háptico retorna ao jogador as vibrações do combate que, no meio do frenesim de cores e ataques, acaba por trazer algo mais físico ao combate.

Por outro lado, os gatilhos de pressão variável, apesar de serem usados com diversos fins, não reclamam o uso dessa pressão variável. É pena, pois poderiam haver boas situações para as implementar, como, por exemplo, no ataque aos bosses…

Outra das novidades desta Special Editon é a inclusão do Modo Legendary Dark Knight. Creio poder afirmar com segurança que os fãs da série vão preferir este modo, extremamente exigente.

Uma palavra de ordem para o novo modo: Turbo Mode. Devo dizer que este modo vai satisfazer definitivamente quem gosta de velocidade rápida e frenética, exigindo ainda mais atenção e destreza.

No entanto, cai no risco de se tornar num button smashing em demasia. Uma nota para o facto de não se poder ter Ray Tracing e Turbo Mode em simultâneo.

Veredicto:

Devil May Cry V: Special Edition é, sem margem para dúvidas, um jogo que todos os apreciadores da série têm de ter. A chegada à Playstation 5 é assombrosa em todos os aspetos. Graficamente arrebatador e sonoramente avassalador, o jogo empurra-nos para longas horas de combates frenéticos e excitantes.

Quem gosta de Devil May Cry tem de ter este jogo para Playstation 5.

Devil May Cry 5

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