Temos assistido a uma demonstração de verdadeiros galos de capoeira. Sim, as opções giram sempre à volta do mesmo e com os mesmos actores, versão após versão.
Começo a achar este teatro do desenrasca browser um verdadeiro espectáculo deprimente. Reparem no que apresentam de novo para a navegação? Onde está a novidade, onde está a evolução?
Posso ser eu a desesperar, poderá dever-se a horas a mais a navegar por esse mundo fora, mas o que se apresenta como futurista no mundos dos browsers, que futuro?
Muito pouco. Ontem segui uma dica do nosso leitor Richard, fui ao site que ele mencionou e instalei o SpaceTime.
A empresa nova iorquina, SpaceTime, lançou uma versão nova do seu novíssimo browser. Surpresa total ao olhar para esta versão de um navegador que rompe com muitos dos pontos chave dos tradicionais browsers. O browser SpaceTime transforma a Internet num espaço tridimensional, alimentado pelo rico visual que nos oferece a Web 2.0.
Até hoje, navegar com separadores era o auge das capacidades dos navegadores, que nunca usou esta característica? Poucos aposto. O método está a mudar, os caminhos estão a ser redesenhados para estruturas de navegação e pesquisa novas, radicais, ousadas.
“Desde a emancipação da Internet que o processo navegar tem sido limitado e estático” afirma a empresa que desenvolve este revolucionário browser. “Agora pode usufruir de uma aplicação rica em recursos para a web com esta filosofia interactiva, intuitiva, divertida”. Estas palavras foram proferidas por Eddie Bakhash, CEO da SpaceTime.
Os 8.10MB do browser SpaceTime vêm empacotados de forma a que tudo esteja pronto para lhe dar uma nova sensação de Internet, nada comprometerá outras funções do seu computador e mesmo este pacote pequeno não retira ao browser qualquer capacidade de execução ou qualquer sacrifício gráfico. Provavelmente a grande vantagem será a navegabilidade usando uma página com estruturas leves, optimizadas e integradas em conformidade com os recursos da máquina que o suporta.
As páginas visitadas ficam guardadas numa área paralela à página principal, possibilitando a sua chamadas com um clique apenas, as visitas deslocam-se lateralmente, dando um aspecto 3D da própria navegação.
Os requisitos em termos de capacidades da máquina dão conta de um browser futurista mas com raízes na actualidade, para o seu desempenho ser equilibrado o SpaceTime necessita do Windows 2000, XP, ou Vista, com um mínimo de 512 MB de RAM, 128 MB de memória ram na placa gráfica e um processador Pentium 4 2.4 GHz ou um AMD 2400xp+. Aposto que estará a arregalar os olhos, claro que sim, mas pense que terá um browser com capacidades de simulador, como se de um jogo se tratasse. A ideia está cá, falta agora dar as devidas afinações no motor e emagrecer o consumo, coisa que não será fácil, mas pelo menos que se mantenha assim no futuro.