Ainda existem aplicações que me deixam com “água na boca”! São pequenas pérolas que, se bem utilizadas, conseguem tornar a utilização dos nossos PC’s uma tarefa muito mais simplificada. O Everything é uma delas. Esta pequena aplicação está muito bem conseguida e muito bem programada, o que a torna um (quase) objecto de desejo.
Numa descrição muito breve, o Everything, é um motor de pesquisa que consegue procurar ficheiros nos nossos discos. Mas para além disso, permite que essa indexação seja partilhada entre várias máquinas numa rede. Conseguimos assim pesquisar ficheiros em máquinas remotas.
A sua utilização é extremamente simples. Na primeira utilização, e ao contrário da maioria dos softwares de pesquisa, o processo de indexação dos ficheiros é feito à velocidade da luz. São apenas alguns segundos para que o possamos começar a utilizar. Uma das razões dessa rapidez, face ao motor de pesquisa do Windows, é o facto de indexar apenas ficheiros e pastas e não o conteúdo dos ficheiros. Esta é uma limitação, mas na maioria dos casos o que procuramos são apenas ficheiros.
Findo esse tempo de indexação é apresentado na interface do Everything o conteúdo dos discos que foram pesquisados. Temos então apenas de colocar o termo que pretendemos pesquisar e o resultado será apresentado. São os ficheiros e as pastas que têm essa expressão no nome.
Outra grande característica que está presente é o facto de podermos ter um webserver onde essas mesmas pesquisas podem ser efectuadas. Podem assim disponibilizar o conteúdo da indexação que o Everything fez dos vossos discos a terceiros e assim partilhar a informação.
Mas para além disso podem ainda activar também um servidor de ETP/FTP. E para que serve este servidor? Para que os restantes PC’s da vossa rede, e que tenham o Everything a correr se possam ligar lá e também eles possam aceder, de forma simples, aos ficheiros que estão nos PC’s remotos. Pode assim pesquisar o conteúdo de outras máquinas directamente do vosso Everything.
Uma das limitações, de certa forma lógica, é o facto de apenas poderem ser indexados discos locais ou removíveis, com formatação NTFS. A pesquisa de ficheiros em rede é substituída com o facto de poderem ter o Everything a correr em diversas máquinas e a partilhas as suas indexações.
Fantástico é também os poucos recursos que este software consome e a rapidez com que realiza os processos de indexação. Segundo os seus autores, num Windows XP acabado de instalar (cerca de 20.000 ficheiros) a indexação demora apenas 1 segundo e consome cerca de 3 a 5 MB de RAM e menos de 1 MB de espaço em disco. Se esses valores forem aumentados para 1.000.000 ficheiros esses valores sobem para cerca de 1 minuto para a indexação, 45 MB de RAM e 5 MB de espaço em disco.
A configuração do Everything está dividida em seis separadores. Nos dois primeiros estão as configurações relativas à interacção com o Windows. O terceiro contém a indicação da localização da base de dados da indexação e a drives a serem indexadas, o quarto tem a lista das exclusões a serem consideradas e os dois últimos têm as configurações dos servidores de ETP/FTP e de HTTP.
De salientar que estes dois servidores são apenas lançados quando os utilizadores entendem e não estão activos por omissão. Vale também a pena referir que o Everything monitoriza o conteúdo das drives permanentemente e actualiza a informação sobre os ficheiros e pastas presentes em disco.
Se têm a vosso cargo uma rede ou se têm mais do que um PC na vossa rede de casa esta é uma ferramenta a testarem e colocarem em produção. É o companheiro ideal para o vosso servidor de ficheiros ou para o PC onde deixam os vossos backups.