O futuro das comunicações e da tecnologia passará pelo metaverso. As grandes tecnológicas estão a trabalhar para desenvolver soluções que passem pela realidade virtual e o serviço do Tinder seria visto como uma aposta para chegar a este universo virtual.
No entanto, o Tinder parece estar a passar por algumas dificuldades que afastam para já essa possibilidade… mas não é só isso que será afastado. A própria CEO está de saída.
A Match Group, dona do Tinder, anunciou recentemente os seus resultados financeiros do 2º trimestre, revelando que o serviço está a passar por uma fase crítica. Graças a estes resultados, irão acontecer várias mudanças na empresa.
A entrada no metaverso, a oferta de uma moeda própria dentro da app, o Tinder Coins e a própria CEO, são tudo planos que serão travados.
A CEO do Tinder, Renate Nyborg, que se tornou a primeira CEO da app de encontros em setembro passado, está de saída do cargo, anunciou o CEO da Match Group, Bernard Kim. O próprio Kim foi nomeado CEO há apenas dois meses.
Nyborg tinha traçado planos ambiciosos para a visão do Tinder dentro do metaverso (ou “Tinderverse”, como apelidava). O Tinder comprou uma empresa chamada Hyperconnect no ano passado, especializada em vídeo, IA e tecnologia de realidade aumentada, e Nyborg terá partilhado a sua experiência no “Single Town” baseada em avatares, como uma forma dos utilizadores do Tinder virem a poder interagir uns com os outros em espaços virtuais.
Mas os planos mudaram:
Dada a incerteza sobre os contornos finais do metaverso e o que funcionará ou não, bem como o ambiente operacional mais desafiador, instruí a equipa do Hyperconnect a continuar o seu trabalho, mas não investir muito no metaverso, neste momento.
Continuaremos a avaliar este espaço com cuidado e consideraremos avançar no momento apropriado, quando tivermos mais clareza sobre a oportunidade geral e sentirmos que temos um serviço bem posicionado para ter sucesso.
Referiu Renate Nyborg.
O Match Group citou a aquisição da Hyperconnect como um contribuindo para uma perda operacional de 10 milhões de dólares no segundo trimestre de 2022, abaixo do lucro operacional de 210 milhões de dólares no mesmo trimestre do ano passado.
Além da paragem dos trabalhos no Tinderverse, também a moeda virtual da app que estaria a ser criada o Tinder Coin, poderá não vir a ter o propósito inicial, ou sequer avançar como uma possibilidade.
Esta moeda seria atribuída aos utilizadores em forma de recompensa, para ser usada no pagamento de alguns serviços dentro da app, mas tal não deverá mais acontecer.
Depois de ver resultados mistos ao testar as moedas do Tinder, decidimos dar um passo atrás e reexaminar essa iniciativa para que ela possa contribuir de forma mais eficaz para a receita do Tinder
Embora as receitas da app até tenham aumentado, a verdade é que ficaram muito aquém das expectativas, não correspondendo a um lucro efetivo. As ações da empresa também reduziram 22% depois da apresentação dos resultados.