Tendo em conta o preço dos smartphones, as seguradoras atacaram também este segmento. É verdade que fazendo um seguro o utilizador está “aparentemente” mais seguro, mas será que mesmo assim?
Investir num seguro para smartphones não será, muitas vezes, dinheiro deitado fora?
Sempre que adquirirmos um smartphone novo é normal proporem-nos um seguro. No entanto, antes de aceitar a proposta, é fundamental que conheça ao pormenor quais são as exclusões.
Seguro para Smartphones…. sim ou não?
Por norma o consumidor é aliciado com propostas irresistíveis de seguros que cobrem qualquer situação não abrangida pela garantia legal, como roubo, avarias ou danos acidentais. E a verdade é que não é assim, revela a Deco.
Em entrevista à TVI, a jurista da Deco, Maria João Ribeiro, relembra que…
Estes bens têm já uma garantia de dois anos que acaba por cobrir todo o tipo de avarias desde que inerentes ao equipamento [presume que o bem quando adquirido já tem esse defeito]
No caso do telemóvel cair, ser furtado ou roubado é diferente. A jurista refere que nestes casos…
Se houve um mau trato ou mau uso propositado do equipamento, não é coberto pela garantia legal, daí o incentivo das superfícies comerciais para que o consumidor adira a estes seguros que, supostamente, seriam uma extensão da garantia [entre um e cinco anos, após a garantia, sendo a maioria de um ano]… A maior parte das vezes não cobrem! …O seguro não cobre tudo
A Deco aconselha os consumidores a não contratarem o seguro para smartphones se estiverem previstas exclusões na apólice, pois é dinheiro deitado ao lixo.
Maria João Ribeiro aconselha que o consumidor pergunte quais são as exclusões. E perante elas avaliar as vantagens dos contratos de seguros de equipamentos móveis face à garantia legal, bem como à mais-valia da sua contratação face ao confronto coberturas versus as exclusões.
Se tudo correr mal, pode sempre tentar a mediação. Há sempre o Tribunal Arbitral de Consumo.