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Samsung prevê uma queda de 60% no primeiro trimestre de 2019

Ainda que no período homólogo de 2018 tenha registado um recorde de lucros, em 2019 o cenário pode inverter-se drasticamente. A saber, a fabricante dos Samsung Galaxy publicou agora o seu relatório fiscal preliminar. Aí, prevê uma queda acentuada nos lucros, mas a culpa não é dos seus smartphones Android.

Aliás, este cenário hipotético será em parte provocado pela Apple e pela diminuição da procura pelo iPhone.


Com a finalidade de preparar os investidores para o desempenho da empresa, a Samsung tem por hábito divulgar um relatório com as suas previsões. Aí reúne as estimativas do seu desempenho fiscal em determinado período, neste caso, o primeiro trimestre de 2019. Já o relatório final, chega mais tarde, em abril.

A Samsung prevê uma queda de 60% nos lucros

É um cenário que nenhum investidor procura, contudo, é uma realidade contemplada pela Samsung. Ainda assim, não podemos apontar o dedo aos seus smartphones Android, os Samsung Galaxy. Em vez disso, a quebra dever-se-á ao abrandamento na procura pelos smartphones da empresa rival, a Apple.

Sendo a Samsung a principal fornecedora de ecrãs OLED para o iPhone, uma quebra na procura deste último resultará no abrandamento das operações da produtora. Em suma, a tecnológica sul-coreana prevê já uma diminuição no lucro operacional para o primeiro trimestre de 2019, mas há mais fatores a ter em conta.

A tecnológica de Cupertino terá reduzido o volume de encomendas à fabricante sul-coreana. Assim sendo, teremos menos capital a entrar nas suas contas. Além disso, a Samsung refere uma queda nos preços dos chips e soluções de memória, sendo este outro dos seus maiores pilares financeiros.

A culpa não é dos seus smartphones Android

Com efeito, a empresa prevê lucros operacionais na ordem dos 5,5 mil milhões de dólares ou 4,9 mil milhões de euros durante o primeiro trimestre de 2019. Cifra que se traduz numa quebra aproximada de 60% face ao lucro operacional registado no período homólogo de 2018. Aliás, nesse ano a Samsung alcançaria um recorde.

Serve, assim, o relatório preliminar para preparar os investidores. Avisando-os de antemão que o período em questão trará más notícias perante uma diminuição muito acentuada dos lucros auferidos durante os primeiros três meses do ano. Ao mesmo tempo, salientamos que a última vez que a empresa sofreu uma queda tão acentuada estávamos em 2014.

A esperança recai agora no Samsung Galaxy Fold

Entretanto, a fabricante sul-coreana espera que os investimentos em novos data centers provoquem um novo aumento na procura pelos chips de memória. Mais ainda, a empresa acredita que a procura por smartphones premium como o seu Samsung Galaxy Fold possa vir a gerar novas fontes de receita.

Este dispositivo é mais que o seu flagship ou topo de gama. É também um isco para incentivar novas fabricantes a apostar neste novo formato de smartphones. Um formato que, por mero acaso, utiliza ecrãs OLED produzidos pela Samsung. Leia-se a ironia implícita no período anterior.

Em síntese, para contrapor a queda no volume de encomendas de ecrãs OLED para os iPhones, a tecnológica quer criar uma nova necessidade no mercado. Ao promover o formato de smartphones e ecrãs dobráveis, o grupo sul-coreano coloca-se também como principal fornecedor de todos os principais componentes.

O relatório final será publicado durante as próximas semanas, tal como aponta a Reuters.

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