As patentes são, na maioria dos casos, a forma das empresas garantirem que a sua propriedade intelectual é protegida e que outras empresas e outras marcas não a usam sem autorização.
Noutros casos, como acontece agora com o 5G, são a forma de também conseguirem receber algum rendimento extra pelas suas ideias. A primeira a definir o seu valor foi agora a Nokia, que se sabe pretender receber 3 euros por cada smartphone 5G vendido.
Este valor será pago pelos fabricantes e pelos consumidores por cada telefone que for vendido e que faça uso da tecnologia 5G. Este valor é definido para dar acesso à utilização das patentes desta nova tecnologia.
Se muitos pensam que este valor poderia e deveria ser mais elevado, porque a Nokia, em conjunto com a Ericson e a Huawei ajudaram a definir os padrões do 5G, a verdade é que é um valor que está (quase) a ser imposto e que a empresa quer que seja reduzido para evitar problemas.
A regra vem da imposição colocada aos detentores de patentes Standard-essential, que são obrigados a disponibilizar as suas tecnologias e ideias a um preço “justo, razoável e não discriminatório”.
Este valor segue o já apresentado antes pela Ericson, que definiu que a utilização das suas patentes 5G ficaria nos 5 euros por equipamento, podendo, em certos casos especiais, reduzir esse valor para 2,50 euros.
Curiosamente estes valores são muito mais reduzidos do que os praticados atualmente para as tecnologias 3G e 4G. A Qualcomm é uma das empresas com mais patentes e cobra 3% por cada smartphone com 4G e 5% em smartphones com 3G. A um preço médio de 250 dólares, isto representa um valor médio de 7,50 e 12,50 dólares, respectivamente.
Com a chegada do 5G em 2019 e 2020, espera-se que finalmente se consigam velocidades de acesso à Internet de 20Gbps e uma latência de 1 a 2 milisegundos. O primeiros contratos começam agora a surgir e os operadores preparam-se por isso para preparar a chegada deste serviço.