Há várias formas de conseguir um emprego numa gigante tecnológica como a Apple. Ainda que um simples CV possa estar já em desuso, o que estaria disposto a fazer para trabalhar numa grande empresa? Sobretudo num local onde a privacidade dos iPhones, os smartphones iOS e todo o ecossistema é uma das traves mestras.
Tentaria, por exemplo, aceder sem autorização ou hackear essa mesma empresa?
A via mais convencional seria apostar tudo na educação e num brilhante percurso académico. Já, por outro lado, existem outras formas de conseguir o emprego de sonho, ou pelo menos um estágio na Apple. Ora, no caso de um adolescente australiano a via escolhida foi deveras ousada, mas não sem precedentes.
O adolescente que quis surpreender a Apple
De acordo com o seu testemunho, as suas ações foram motivadas por um caso similar em que a Apple acabou por empregar um cidadão europeu que fez essencialmente o mesmo. Aceder indevidamente ou hackear a fabricante de smartphones iOS, os iPhones procurados e cobiçados em todo o mundo.
O caso em apreço foi noticiado pela ABC News que avança todos os detalhes. Contudo, importa ter em conta que não houve dolo propriamente dito. O jovem adolescente agiu para chamar a atenção da Apple e, verdade seja dita, conseguiu isso mesmo, mas nem tudo correu conforme o previsto.
Ainda que o jovem tenha admitido prontamente e confessado as suas ações, o enquadramento legal da Austrália não foi tão leniente. Aquela que para o jovem era a clara oportunidade para ser descoberto, acabou por lhe valer uma multa de 500 dólares australianos, cerca de 346 dólares norte-americanos ou 308 euros.
13 anos à data do hack à fabricante de smartphones iOS
Acompanhando a multa está um regime probatório que essencialmente o manterá sob vigilância durante 9 meses. Por outras palavras, terá que manter um bom comportamento durante este período, ou enfrentará consequências mais severas. Relembramos ainda que o jovem não agiu sozinho, tendo um cúmplice.
O seu parceiro nesta aventura já havia sido identificado pelas autoridades australianas em 2018. Por outro lado, o jovem de 13 anos só agora é que passou pelas malhas da justiça, sendo agora conhecida a sentença do tribunal encarregue do caso. O facto de ter confessado o sucedido também abonaria a decisão do magistrado.
O juiz teve em consideração a tenra idade do jovem e considerou que desde o sucedido, este tem utilizado as suas “proezas” tecnológicas para bons fins. Mais ainda, este menor demonstrou a sua vontade em prosseguir uma carreira académica na área da segurança digital, bem como na criminologia.
O jovem mostrou arrependimento e evitou a prisão
O jovem não ficou muito satisfeito ao ver a Apple no seu cadastro, e não no seu currículo. Por outro lado, a fabricante de smartphones iOS não comentou o caso. Limitou-se a comentar com a ABC News que manterá uma vigilância ativa com vista a assegurar a integridade e segurança dos seus servidores e redes.
Agora, o futuro está nas suas mãos. Com uma devida aposta na formação académica, talvez consiga vir a trabalhar junto da Apple.