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Curiosidade: Como nasce um smartphone?

O processo tecnológico que parte de um esboço e acaba num dispositivo colocado na loja é complexo e envolve muitas equipas e processos. Mais ainda quando o design em si é um desafio para o fabricante.

A concepção de um smartphone é uma busca constante do equilíbrio perfeito entre design e tecnologia. Partindo de uma ideia original esboçada no papel, uma grande equipa de profissionais envolve-se num processo complexo que termina com um dispositivo acabado e pronto a entrar nos nossos bolsos.

Em linhas gerais, podemos dividir este processo em várias etapas:

Quando uma empresa aborda o desenvolvimento de um novo smartphone que rompa com os seus padrões habituais, certas partes deste processo implicam uma série de desafios.

Tomemos como exemplo a BQ que recentemente lançou o Aquaris X5, o seu primeiro smartphone com design premium e moldura de metal.

Ao tratar-se de um smartphone com um design muito diferente daquilo a que a marca nos habituou, a etapa criativa de conceção do X5 foi particularmente relevante.

O telemóvel que todos temos no bolso é uma autêntica obra de engenharia, mas implica também um importante trabalho de conceção e criatividade

Diretor Adjunto da BQ, Rodrigo del Prado

Desde o desenho a lápis até aos revestimentos finais da superfície do telefone, “há toda uma equipa de design que trabalha para tornar o seu dispositivo atrativo tanto por dentro como por fora”, acrescenta Rodrigo del Prado.

Inspiração e modelização 3D

Tudo começa por um briefing no qual se determinam os aspetos técnicos e as características gerais que o novo smartphone deve ter. A equipa de design de produto começa então a trabalhar na parte criativa da forma conceptual. “Fazemos uma pesquisa das tendências atuais, procuramos formas, texturas e possíveis cores que nos inspirem e colocamos todas a nossas ideias num quadro branco”, explica Julen Pejenaute, do departamento de Engenharia Mecânica e Desenho Industrial.

São assim postos em comum os conceitos principais do exterior do telemóvel para dar com uma combinação única que possa satisfazer as necessidades dos utilizadores e respeitar a entidade da marca. Uma vez concluída esta fase, as ideias passam para o papel.

Cada componente da equipa contribui com as suas ideias através do desenho e colocamo-las em comum

Pejenaute

Uma vez definidas as diferentes propostas, damos o salto para a modelização através da impressão 3D. “Criamos os primeiros modelos em 3D que nos servem para imaginarmos o telefone nas nossas mãos”, acrescenta. Após ter chegado a um consenso sobre a espessura e as dimensões, são definidos os materiais, acabamentos, texturas e brilhos. Todas estas propostas desenvolvidas são materializadas em mockups, modelos do dispositivo a escala real, utilizados para avaliar o design.

Todas estas etapas foram particularmente relevantes no caso do modelo X5, visto que supôs uma mudança radical na tendência de design seguida até agora.

Nesta ocasião procurámos a forma de criar um terminal leve, cujas formas realçassem as propriedades do metal

Pejenaute

O facto de utilizar este novo material implicou a utilização de novas técnicas de produção. “Isto, por sua vez, permitiu-nos desenvolver um novo design e, portanto, novas formas de expressão”, acrescenta o designer.

As propriedades do metal

As técnicas de fabrico empregues foram a fundição por injeção DIE casting e o Nano Molding (NMT). Este último permitiu aderir o metal ao polímero sem qualquer elemento adicional para obter um design metálico compacto. O resultado final destes conceitos, materiais e formas é uma combinação do técnico e do humano.

A utilização do metal também permitiu optar por uma gama de cores mais ampla: cinzento antracite com frontal preto, ouro rosa com frontal branco ou cinza prateado também com frontal branco. “Tratamos qualquer produto como uma soma de muitos aspetos: especificações técnicas, acabamentos, cores, sensações tácteis e ergonomia do produto”, explica Yuri Sviridov, Diretor de Arte.

Mas todas estas ideias estéticas devem ser funcionais e combinar perfeitamente com o hardware desejado no dispositivo. O processador, bateria, microfones, cartões SIM e restantes elementos ocupam espaço. A sua seleção e distribuição nas camadas interiores do smartphone devem, portanto, ser pensadas em pormenor para não aumentar as dimensões. Esta é uma parte essencial, e certamente a mais complexa do processo: conseguir fazer encaixar todas as peças. No caso do X5, novamente, esta fase foi fundamental.

Uma das apostas que a BQ mantém em todos os seus produtos é a autonomia. A equipa de desenho mecânico superou-se ao conseguir incluir uma bateria de grande capacidade (2900 mAh) num dispositivo de apenas 7,5 mm de espessura.

A partir desse momento, tendo definido tanto o exterior como o interior do dispositivo, entram no processo outros departamentos e equipas técnicas encarregues de criar os primeiros protótipos e seguir as restantes fases do processo de desenvolvimento até ao seu lançamento.

Portanto, o caminho desde o desenho até ter o smartphone no nosso bolso não é simples. A aposta está em tentar surpreender os utilizadores com novos dispositivos que apresentem um equilíbrio perfeito entre design e tecnologia.

O Pplware agradece à BQ todas as informações fornecidas.

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