A fragmentação no Android é uma realidade irrefutável. Com tantos dispositivos vendidos e em utilização é impossível às marcas manterem os equipamentos actualizados para as mais recentes versões do Android.
No seu relatório mensal de utilização do Android a Google volta a mostrar que são as versões mais antigas as que estão em mais equipamentos, com o Lollipop ainda longe do que se pretendia.
Grande parte da culpa de toda a fragmentação do Android está nas mãos dos fabricantes. É sua culpa por não disponibilizarem versões actualizadas das ROMS dos equipamentos, aumentando assim a discrepância entre as diferentes versões.
O Lollipop está disponível há mais de 6 meses para todos os dispositivos Android e ainda assim não consegue ter uma presença expressiva no mundo Android. São apenas 12% dos equipamentos que conseguem ter já instalada esta versão, mesmo com a Google a dar-lhe todo o suporte e atenção.
Se olharmos ao mês passado o crescimento está presente, mas o passar dos 9,7% para os 12,4% representa um aumento muito pouco significativo.
A versão mais usada é, e de há alguns meses para cá, a Kitkat, que no mês de Maio consegue puxar a si quase 40% de todos os smartphones Android.
Na segunda posição temos o Jelly Bean, que com as suas diferentes versões consegue ainda um expressivo resultado de 37,4% do mercado Android.
Mas a verdadeira expressão da fragmentação pode ser vista noutros números. As restantes versões do Android, anteriores à 4, conseguem só por si um valor de 11%, apenas ligeiramente inferior ao que o Lollipop já tem.
Há ainda que ter em conta que a Google não apresenta versões que tenham valores inferiores a 0,1%, mas caso o fizesse era ainda provável que surgissem versões muito antigas.
Estes números do Android contrastam com o de outros sistemas operativos móveis, que em poucos dias conseguem atingir quotas que ultrapassam os 50%, revelando da facilidade que existem em disponibilizar as novas versões.
Fonte: Android Dashboard