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Análise Nokia 8: Eficácia nórdica num topo de gama atraente

A Nokia é das marcas mais influentes e marcantes de sempre na indústria dos telemóveis. Pioneira desde a democratização destes dispositivos, entrou num ciclo negativo desde o aparecimento do iPhone e dos primeiros smartphones Android.

Desde então foi vendida à Microsoft, em 2013, e a Microsoft vendeu-a novamente à HMD Global, no ano passado. A HMD Global tenta agora renascer a mítica marca e já lançou uma gama de smartphones bem interessantes, desde a entrada de gama Nokia 2 ao porta-estandarte Nokia 8, ao qual fizemos uma análise detalhada que poderá ser comprovada neste artigo.


Características gerais

O Nokia 8 é um smartphone desenvolvido para assentar em três características chave: as lentes ZEISS que marcam presença nas suas câmaras; o sistema de captura de som OZO e o novo modo Dual-Sight de registar momentos com ambas as câmaras, denominado de Bothie pela Nokia.

Com um hardware bem competente aliado ao Android quase puro que executa, na sua versão 7.1.1, o Nokia 8 promete uma experiência de utilização sem transtornos nem complicações.

Para além disso, vem com uma bateria integrada de 3090mAh e tecnologia Qualcomm Quick Charge 3.0 de modo a garantir bons padrões de autonomia e carregamento.

Quanto às câmaras, as inovações ao nível da captura de som com o sistema OZO, a funcionalidade e possibilidade de partilha em tempo real nas redes sociais das Bothie e a dupla câmara traseira com lentes Zeiss destacam este Nokia 8 da concorrência.

O Nokia 8 está disponível em quatro cores: azul polido, cobre polido, azul temperado e prateado, que é a cor presente no modelo em análise.

Especificações Nokia 8

Design
  • Tamanho: 151,5 mm x 73,7 mm x 7,9 mm
  • Cores: Azul polido, Azul temperado, Prateado, Cobre polido
Rede e conectividade
  • Velocidade da rede: LTE Cat. 9, 3CA, 450Mbps DL/50Mbps UL, 802.11 a/b/g/n/ac (MIMO), BT 5.0, GPS/AGPS+GLONASS+BDS, NFC (partilha) ANT+
Desempenho
  • Sistema operativo Android™ 7.1.1 Nougat
  • RAM: 4 GB LPPDDR4X
  • CPU: Plataforma móvel Qualcomm® Snapdragon™ 835, Octa core, (4 x 2.5GHz Qualcomm® Kryo™ CPU + 4 x 1.8GHz Kryo)
Armazenamento
  • Memória interna: 64 GB UFS2.1
  • Ranhura para cartão microSD: Até 256 GB
Áudio
  • Conector: Entrada para auscultadores AHJ de 3,5 mm, 3 microfones
Ecrã
  • Tamanho e tipo: 5,3” IPS QHD
  • Resolução: 2560 x 1440
  • Material: Corning® Gorilla® Glass 5, 2.5D Glass
Câmara e flash
  • Câmara principal: 13 MP (RGB + OIS) + 13 MP (Monocromática), 1.12um, f/2.0, 76.9˚, PDAF, sensor de alcance IV, flash de duas tonalidades
  • Câmara frontal: 13 MP PDAF, 1.12um, f/2.0, 78.4˚, flash do ecrã
Conectividade e sensores
  • Conectividade: Tipo C, USB3.1 Gen 1 (5Gbps)
  • Sensores: Sensor de luz ambiente, Sensor de proximidade, Acelerómetro, E-compass (bússola eletrónica), Giroscópio, Sensor de impressões digitais, Sensor de efeito Hall, Barómetro
  • Ranhura SIM: 1 ranhura para nano-SIM + 1 ranhura para nano-SIM ou 1 ranhura para cartão MicroSD
Bateria e carregamento
  • Tipo de bateria: 3090mAh, não amovível
Outras
  • À prova de salpicos (IP54)

Design e Construção

Um legado da eterna Nokia sempre foi o design e a qualidade de construção dos seus terminais. Todos nos lembramos da qualidade de construção e durabilidade do 3310 e do design arrojado de modelos como o N93.

O Nokia 8 tem uma qualidade de construção quase perfeita. Construído num único bloco de alumínio da série 6000, que se funde de forma harmoniosa com o vidro concebido num acabamento 2.5D, é um smartphone envolto de uma estrutura sólida e bem construída. As únicas parcelas que não são em alumínio ou vidro são apenas as antenas colocadas nos extremos superior e inferior do dispositivo. Tem proteção IP54 que o protege de salpicos de água, como chuva. Para proteger o ecrã de riscos e quebras, o Nokia 8 conta com um vidro Corning Gorilla 5.

Em termos de ergonomia, o Nokia 8 não é um smartphone pequeno mas é possível usá-lo sem dificuldades com apenas uma mão. O alumínio não tem uma aderência notável mas é suficiente para não ser um dispositivo traiçoeiro de usar sem capa de proteção. O acabamento arredondado entre a face traseira e as faces laterais melhoram substancialmente a ergonomia, tornando-o desta forma mais seguro na mão.

O quesito do design é um dos pontos menos fortes deste aparelho: apesar de ter um design muito elegante e racional, este é algo neutro e não tem aquele fator “wow” presente noutros topo de gama. A Nokia foi algo conservadora na conceção do design deste smartphone, não o destacando drasticamente de outros Nokia atuais, sendo muito idêntico ao gama média Nokia 5. A presença de um ecrã 16:9 fá-lo parecer um topo de gama de 2016 ou 2015 e a enorme moldura em torno do ecrã não lhe concede um bom rácio entre a área do ecrã e a área do painel frontal. Apesar disto, o Nokia 8 é um telemóvel bastante elegante e esbelto, assente em linhas intemporais que recordam até antigos modelos da marca finlandesa.

Na face frontal consta o ecrã de 5,3”, auscultador para chamadas com um outro microfone inserido nessa mesma ranhura, os típicos sensores, câmara frontal e três botões de sistema capacitivos, sendo que o Home tem um pequeno relevo onde engloba o sensor de impressões digitais. O sensor de impressões digitais é um pouco pequeno e em alguns momentos impreciso, mas regra geral funciona de forma eficaz e desbloqueia o smartphone com rapidez.

Na face traseira poderemos encontrar um módulo com uma pequena saliência de 0,4mm onde estão alojadas as duas câmaras traseiras, o sensor a laser para focagem e o flash de dupla tonalidade. Para além disso apenas encontramos um microfone e a inscrição da Nokia gravada no próprio alumínio.

Na face lateral esquerda encontramos apenas a gaveta onde podemos inserir dois cartões nano-SIM ou então um cartão nano-SIM e um MicroSD, ao passo de que na face lateral direita temos o botão de energia e os dois de volume.

Na face superior localiza-se apenas a entrada jack 3,5mm, enquanto na face inferior temos o altifalante Mono, a porta USB-C e um microfone.

Interface e Desempenho

A Nokia afirma que um dos pontos fortes dos seus equipamentos é o “Android puro” que os equipa, tendo desta forma uma interface mais simples, leve e sem aplicações desnecessárias para além das da Google. No momento da análise, o Nokia 8 estava na versão 7.1.1 do Android (atualização de segurança de novembro) mas a Nokia já disponibilizou o Android Oreo para este equipamento, estando a ser feita de forma faseada. A Nokia promete também atualização garantida para a próxima versão do Android, o 9.

 

As únicas aplicações da Nokia presentes neste equipamento são a da câmara e a de suporte. A aplicação de suporte funciona bastante bem, tem atendimento em tempo real e será uma grande ajuda para os utilizadores quando se depararem com algum problema técnico, podendo recorrer aos assistentes da aplicação antes de recorrer à assistência técnica.

Ao nível do desempenho, o Nokia 8 tem ao seu dispor o processador Qualcomm Snapdragon 835 e 4GB de RAM que lhe conferem uma performance de topo. Ao longo da análise sujeitei o Nokia 8 a vários níveis e estilos de utilização e o equipamento sempre foi competente e fluído em todas as tarefas propostas. Fechar aplicações em segunda plano é algo que não faz parte do vocabulário do Nokia 8, já que este lida de forma impecável com o abrir e fechar de dezenas de jogos e aplicações, ao longo de vários dias, sem comprometer a sua performance e experiência de utilização.

Foram instalados diversos jogos no Nokia 8 e todos foram executados de forma exímia, sem problemas ou atrasos. Os gráficos são muito bons e mesmo a elevada resolução do ecrã 2K não comprometeu a frequência de frames em jogos.

Um dado curioso é que o Nokia 8 tem um tubo de resfriamento de cobre coberto por grafite de modo a dissipar o calor gerado em todo o comprimento e largura do aparelho que resulta bastante bem. Ao longo de toda a utilização, os níveis de aquecimento não são notórios ou sequer incómodos para o utilizador, mesmo quando se jogam jogos bem pesados ou se usa a câmara por períodos prolongados.

anterior próxima

Para comparação, efetuámos testes de benchmark que revelam a capacidade ao nível de processamento e gráfico do Nokia 8.

Antutu: 175721 pontos.

Geekbench 4:

Multimédia: Ecrã e Som

A Nokia deu grande destaque ao ecrã no desenvolvimento do seu Nokia 8. Apesar de ter a cada vez menos usual, especialmente em dispositivos topo de gama, proporção 16:9, este Nokia 8 tem um excelente ecrã. Com uma resolução QHD/2K (2560 x 1440), painel IPS e tecnologia LCD, é um dos grandes destaques do aparelho.

A resolução e nitidez do ecrã são notáveis, que em conjugação com a temperatura de cor exibida pelo ecrã, criam um contraste muito bom e contornos bem definidos. As cores apresentadas são bastante equilibradas, não tendo aquela tonalidade fria de alguns painéis LCD nem aquela tonalidade demasiado quente e “queimada” de alguns OLED. Obviamente que os pretos não são tão profundos quanto os de um painel OLED, mas mesmo assim são bem razoáveis.

A visualização sob intensa luminosidade, quer seja solar ou artificial, é bastante boa e o utilizador nunca terá dificuldades em observar as informações do ecrã quando este estiver configurado no modo de brilho automático. Contudo, o vidro é bastante reflexivo, dificultando um pouco a visualização em amplitudes mais obtusas. Excetuando esta situação, o painel IPS efetua o seu papel e garante ângulos de visualização alargados.

Um pequeno extra que o Nokia 8 tem e que herdou de antigos modelos Nokia é o “Glance”. O Glance substitui o LED de notificações porque apresenta algumas informações úteis sem que o utilizador tenha de ativar ou desbloquear o smartphone. Apesar de ser menos configurável e limitado que antigos modelos Nokia Lumia com Glance, o Nokia 8 apresenta data e hora, carga da bateria e o número de chamadas perdidas, e-mails e mensagens recebidos.

É uma funcionalidade bastante interessante, mas que faria muito mais sentido se o Nokia 8 tivesse um ecrã OLED, visto que desta forma apenas um reduzido número de píxeis seriam ativos ao verificar as notificações com o Glance. Tendo o Nokia 8 um ecrã LCD, ao ativar esta funcionalidade, todos os píxeis do ecrã são também ativos e por isso acaba por ser mais compensatório ligar mesmo o ecrã e verificar todas as notificações existentes.

O quesito som no Nokia 8 tem várias nuances. A qualidade de chamada é irrepreensível: tanto o locutor como o interlocutor ouvem-se mutuamente com uma qualidade extrema. Isto é algo que, por mais incrível que pareça, não é constatado em todos os smartphones atuais.

 

No que toca ao altifalante presente na face inferior do aparelho, tal já não é de tamanha qualidade… Apesar de a amplitude do volume ser bem razoável, a distorção em volumes mais altos está quase sempre presente e a localização do altifalante não é a melhor, sendo facilmente obstruído pelo utilizador quando usa o Nokia 8 em modo horizontal. Para além disso, e tendo em conta a relevância da captura de som OZO neste dispositivo, teria sido interessante colocar reprodução estéreo neste aparelho.

Câmara: Fotografia e Vídeo

Se há parâmetro onde os Nokia sempre foram a referência do segmento, sem dúvida que esse parâmetro é a câmara fotográfica.

A HMD Global embutiu uma câmara dupla na traseira do Nokia 8, sendo uma característica cada vez mais presente em dispositivos topo de gama. Neste caso do Nokia 8, um dos sensores captura a cor enquanto outro capta a preto e branco (monocromático). Isto resulta em fotografias mais nítidas, com contornos e pormenores mais definidos e melhor contraste. Ambas as câmaras contam com um sensor de 13MP, abertura de f/2.0 e lentes ZEISS. O sensor a cores conta também com Estabilizador Ótico de Imagem.

As imagens capturadas pela câmara do Nokia 8 são bastante boas, especialmente em boa luminosidade. A definição e nitidez das fotografias está num nível muito bom e o equilíbrio de cores, mesmo com o modo HDR ativo, segue pelo mesmo caminho. Em certos equipamentos o modo HDR acaba por dar um acabamento e coloração demasiado saturado às fotografias, neste caso do Nokia 8, tal não sucede. Um aspeto em condições de boa luminosidade que deixou um pouco a desejar foi o contraste. Esperava um pouco mais da câmara neste parâmetro, tendo em conta a presença de dois sensores para a captura de fotografias, sendo até um deles “especializado” para aprimorar o contraste.

Todos estes sintomas são amplificados em condições de baixa luminosidade. Nestas situações, o défice no contraste é ainda mais notório e a câmara perde nitidez e definição. Um dos motivos para isto ocorrer será, sem dúvida, a pouca abertura do sensor (f/2.0) que é algo difícil de entender num dispositivo deste segmento.

Por outro lado, a câmara frontal do Nokia 8 deverá ser das melhores do mercado. Com características e especificações muito idênticas às câmaras traseiras, conta também com 13MP, abertura de f/2.0 e lente ZEISS. A amplitude angular da câmara frontal deverá ser o seu ponto menos forte, sendo algo difícil registar selfie com várias pessoas sem ter de recorrer a um selfie stick ou algo do género. Fora disso, a câmara frontal é absolutamente fantástica; o melhor elogio que lhe posso conceder é que até parece um espelho, tal é a definição e realismo que apresenta.

O Nokia 8 conta também com o famoso modo retrato, neste caso designado “Live Bokeh”. Funciona decentemente, permite capturar fotos com o fundo desfocado com resultados interessantes. Uma queixa típica neste tipo de fotografias tem sido a discrepância no foco do objeto principal e do que o rodeia, o Nokia 8 nesse aspeto vai ao encontro do que outros dispositivos apresentam, sendo mais uma evidência de que esta tecnologia ainda tem de evoluir no futuro.

Bothie

Uma das características que diferenciam o Nokia 8 é o modo Bothie, inaugurado neste modelo. Basicamente o que o modo Bothie permite é registar momentos também na ótica do fotógrafo. Ou seja, o ecrã é dividido ao meio, metade com a câmara frontal e a outra metade com as câmaras traseiras. É uma funcionalidade interessante, mas ao longo de toda a análise, nunca tive nenhuma ocasião onde se justificasse usar este modo Bothie. Contudo, a minha realidade não é universal e por isso acaba por ser uma boa adição ao Nokia 8. Funciona bem e permite a partilha em tempo real no Facebook e YouTube.

No que toca ao vídeo, o Nokia 8 grava em Ultra HD 4K, tanto na câmara traseira como na frontal. A estabilização de imagem é boa graças ao OIS e as características de filmagem em termos de imagem são idênticas ao descrito em cima referente à fotografia.

O grande destaque do Nokia 8 em vídeo é, sem dúvida, o seu sistema de som OZO. Baseado num algoritmo acústico que permite capturar som espacial 360º imersivo através dos 3 microfones embutidos no Nokia 8. A captura de som é absolutamente extraordinária. Vai muito para além da típica captura Stereo presente em grande parte dos smartphones. O som é capturado de forma límpida e existe de facto uma “absorção espacial” do som, que pode ser constatada quando é reproduzida a gravação. Em termos de gravação sonora estamos perante um dos melhores do mercado, muito provavelmente o melhor.

Bateria e Autonomia

O Nokia 8 vem com uma bateria integrada e não removível de 3090 mAh, com Qualcomm Quick Charge 3.0 que carrega totalmente em cerca de 115 minutos. Não são valores incríveis, mas os primeiros 50% são carregados de forma célere, como poderá constatar no gráfico abaixo.

Em termos de autonomia, o Nokia 8 situa-se dentro nos padrões atuais, não se destacando da concorrência. Com um uso mais intensivo do smartphone, a bateria durará cerca de um dia fora da tomada, desde manhã à noite. Com um uso mais leve ou moderado, a bateria dura sem dificuldades mais de 24 horas, podendo mesmo chegar às 48 horas se lhe for aplicado um uso leve e com muito tempo de inatividade.

Um ponto a registar é a excelente gestão de bateria do Nokia 8, que em inatividade tem gastos de bateria bastante reduzidos e controlados.

Efetuámos o teste de autonomia da PC Mark, com o brilho regulado a 50%, e o Nokia 8 consumiu 60% da bateria (80% aos 20%) em 7 horas e 20 minutos.

Veredicto

Não há dúvidas de que a Nokia, agora sobre a alçada da HMD Global, quer voltar a ser uma referência no mercado dos telemóveis como já foi no passado.

As atualizações sempre pontuais e garantidas durante um largo período de tempo e o “Android puro” que equipa os seus equipamentos são, sem dúvida, grandes vantagens, mas ainda há muito trabalho a realizar para conseguir ser um peso pesado da indústria como são a Samsung, Apple e Huawei, por exemplo.

O Nokia 8 é um telemóvel que se insere na categoria dos topo de gama mas não tem muitos trunfos nem características únicas que o distingam da oferta das outras marcas. Tem uma performance exímia e uma qualidade de construção digna do nome inscrito na sua traseira, mas a autonomia mediana e a qualidade fotográfica aquém das expectativas deixam um pouco a desejar. O ecrã e o design merecem também menção pelo seu equilíbrio e elegância, apesar de que o design podia ser um pouco mais distinto e único, para honrar a colossal herança da Nokia de outros tempos.

Não obstante, não será um aparelho que desiludirá quem o adquirir. Basicamente é um telemóvel que cumpre com regularidade e eficácia as tarefas a que é sujeito, mas sem surpreender ou encantar o utilizador. Se tivesse de atribuir uma nacionalidade ao Nokia 8, confirmaria que é um telemóvel cuja personalidade provém do país onde foi concebido, a Finlândia.

O preço do Nokia 8 está fixado nos 599€, que é um preço bastante convidativo para um topo de gama e para a experiência geral que o Nokia 8 consegue oferecer ao utilizador.

O Pplware agradece à HMD Global a cedência do Nokia 8 para análise.

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