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Telescópio Solar Europeu vai ter colaboração de Portugal

O novo Telescópio Solar Europeu (EST, na sigla em inglês), que será instalado nas Ilhas Canárias, em Espanha, foi apresentado a cientistas e empresas de Portugal esta quinta-feira, dia 25 de junho.

O evento com o nome Portugal EST Day, em formato webinar, foi organizado pela Universidade de Coimbra, através do Observatório Geofísico e Astronómico e do Centro de Investigação da Terra e do Espaço.


Portugal assegura 1,5 a 2% do investimento Telescópio Solar Europeu

O novo Telescópio Solar Europeu, um telescópio de 4 metros otimizado para estudos do magnetismo solar e das camadas solares mais exteriores, como a fotosfera (que aos nossos olhos parece ser a sua superfície) e a cromosfera (que apenas vemos durante os eclipses), deverá estar operacional em 2027.

O Telescópio Solar Europeu (EST) é a…

Resposta da comunidade científica a esta necessidade de compreender e prever o comportamento solar e suas consequências aqui na Terra, principalmente as consequências na tecnologia que hoje desenvolvemos e usamos. A construção do EST, nas Ilhas Canárias, garantirá o acesso da Física Solar Europeia a uma ferramenta essencial para essa investigação que necessitamos…

As variações da atividade magnética solar induzem alterações terrestres que podem afetar milhões de humanos num breve espaço de tempo. Os fenómenos solares podem ser muito belos quando vistos por um telescópio solar, fascinantes quando parecem novelos de campos magnéticos, espantosos quando criam intensas auroras boreais… Mas também devastadores quando dependemos de uma tecnologia que estes perturbam. Essas alterações são hoje o foco do estudo da meteorologia espacial, do inglês space weather, essa jovem área científica que nasceu da física solar

Nuno Peixinho, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC)

O projeto será coordenado por uma equipa de cientistas das Canárias e “é um investimento do governo espanhol e de instituições de outros países” da União Europeia, referiu à agência Lusa Ricardo Gafeira, investigador do Observatório.

“Cabe a Portugal assegurar 1,5 a 2% do investimento. Esperamos que outros centros científicos portugueses façam parte do projeto”, adiantou.

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