Os objetivos definidos pelos governos e pelas empresas têm apontado para a redução das emissões de dióxido de carbono. Contudo, uma empresa do Canadá pretende capturar o CO2 que já está no ar e, a partir dele, criar combustível para alimentar automóveis, aviões e navios.
A empresa considera que esta abordagem é revolucionária.
Do Canadá surge o anúncio da Huron Clean Energy and Carbon Engineering: a empresa planeia criar um combustível revolucionário para alimentar automóveis, aviões e navios. Indo de encontro à abordagem que tem vindo a ser adotada pelos governos e pelas empresas, aquela construiu uma instalação à escala comercial capaz de produzir combustível a partir do ar.
De acordo com o CTV News, a Huron Clean Energy and Carbon Engineering utilizará uma nova tecnologia chamada Direct Air Capture & Air To Fuels, por forma a dividir a água em hidrogénio e oxigénio. Isto, utilizando uma fonte de energia limpa, como a hidroelétrica.
A partir daí, o hidrogénio combinar-se-á com o dióxido de carbono capturado do ar, para produzir hidrocarbonetos. Então, estes poderão ser utilizados no lugar dos combustíveis tradicionais à base de petróleo.
Empresa revela que combustível é quase neutro em carbono
Embora seja promissor, este novo sistema de captura de CO2 do ar não chegará tão cedo às casas, uma vez que as instalações de produção de energia 100% limpa ainda são escassas.
Ao contrário da captura de emissões das chaminés industriais, a nossa tecnologia de remoção de carbono captura o dióxido de carbono (CO2), o principal gás com efeito de estufa responsável pelas alterações climáticas, diretamente do ar à nossa volta.
Refere o website da empresa.
Assim, a Huron Clean Energy and Carbon Engineering pretende ajudar a contrariar a atual quantidade de emissões de CO2 e a eliminar as grandes quantidades de dióxido de carbono emitidas no passado, mas que permanecem na atmosfera.
A instalação desenvolvida terá uma capacidade de produção de até 100 milhões de litros de combustível por ano. Num comunicado, a empresa descreve o “combustível sintético” como “quase neutro em carbono”, e ressalva que este poderá funcionar também como um substituto ou elemento de mistura para gasolina tradicional, gasóleo e combustível de aviação.