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Netflix: o bom e o mau da partilha de contas

Os serviços de streaming de vídeo são hoje amplamente aceites pelos consumidores. Assistir a grandes títulos do cinema e das séries de TV, a grandes documentários, está à distância de uma app no PC, na TV, no smartphone ou no tablet.

Evidentemente, que a mensalidade associada tende a afastar utilizadores ou a gerar grupos de partilha (ou roubo) de contas. Este último é um cenário que poderá estar a prejudicar a empresa… mas será mesmo assim tão mau?


Estará a Netflix a perder 192 milhões de dólares por mês?

Um recente estudo da CordCutting.com revela que, atualmente, 1 em cada 5 pessoas que assiste a Netflix, Hulu ou Amazon, recorre à conta de outra pessoa para o fazer. Neste caso, é o serviço da Netflix que mais tempo tem estado a reter este tipo de utilizadores. São pessoas que, em média, permanecem 26 meses a utilizar a conta de outra pessoa.

No estudo feito, a maioria utiliza contas de familiares, as associadas aos pais ou irmãos, mesmo já não partilhando o mesmo teto.

Caso estas pessoas pagassem pelo serviço, a Netflix poderia estar a receber perto de 192 milhões de dólares por mês a mais, segundo as contas avançadas pelo estudo. No caso da Hulu os valores ascenderiam aos 40 milhões de dólares e da Amazon aos 45 milhões de dólares.

De notar que estes cálculos foram feitos com base nos preços praticados nos Estados Unidos, para contas individuais e não para pacotes familiares.

O fantasma da pirataria

Se, por um lado, a pirataria de filmes e séries, como a conhecemos através de torrents, começou a diminuir graças aos serviços de streaming, fala-se agora numa nova forma de pirataria. A pirataria de contas destes serviços.

Há contas à venda na Web, há grupos de partilha de contas, há utilizadores que descobrem o acesso de um amigo ou de um familiar e utilizam o serviço sem o seu consentimento. Depois existem as pessoas que saem de casa dos pais, os pais continuam a pagar pelo serviço e elas continuam a usufruir dele.

Para estes serviços, esta forma de utilização não é obviamente encarada de forma positiva. São de facto milhares de dólares que ficam por ser pagos… mas seria preferível estas pessoas optarem por fazer download ilegal das séries e dos filmes? Provavelmente, esse seria o cenário.

É evidente que a usurpação de contas e a venda de contas a baixo preço na Web, tem que ser combatida. O controlo está a aumentar e as empresas estão já a desenvolver software capaz de detetar com maior eficácia estes cenários que em nada contribuem para a oferta de melhor conteúdo, aos utilizadores que pagam efetivamente pelo serviço.

É dos utilizadores que partilha conta com os seus amigos, ou utiliza o registo de terceiros?


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