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Estarão as lojas de CDs perto do seu fim?

Há cada vez mais pessoas a optarem por música digital; Discos de Vinil são ainda muito utilizados.

Ouvir música é, talvez, a actividade que mais faz pare do quatidiano lúdico da vida das pessoas. Todos nós, no geral, gostamos de ouvir um bom CD com músicas que despertem em nós as mais diversas emoções.

O mercado, e a própria forma de ouvir música, têm vindo a sofrer alterações ao longo dos tempos e, se há poucos anos as nossas canções preferidas tocavam em grafonolas, actualmente são os computadores e dispositivos móveis que fazem esse papel.

Assim sendo estarão as lojas de CDs, e os próprios CDs físicos em risco?

Do vinil passámos para a Cassete. Da Cassete passámos para o CD. E agora há cada vez mais pessoas a ‘migrarem’ de CD para a música digital.

A internet trouxe uma forma mais rápida e simples para que todos pudéssemos te acesso à informação e aos conteúdos do nosso interesse. Assim, é ela (Internet) que hoje tem um papel fundamental  quando o tema é música.

Cada vez são mais os utilizadores que utilizam a internet para acederem às suas músicas preferidas e até mesmo comprarem os seus albums de eleição. Serviços como o Youtube trouxeram uma nova forma de ouvir música, onde podem também visualizar os video clips do album.

Os smartphones são também uma tecnologia que promoveu o fácil acesso à música, permitindo, através de determinadas aplicações, que os utilizadores possam levar os seus sons para onde desejarem e terem música de forma completamente gratuita.

Relativamente aos estudos existentes, se em 2009 o Telegraph noticiava que os fãs de música continuavam a preferir comprar CDs a fazer download, no ano de 2011 o The Wall Street Journal indicava que em 2016 as lojas de música terão um decréscimo de 77.4% e que as grandes lojas de CDs assim como pequenas lojas locais, não apresentam um futuro risonho.

No ano de 2011, a música digital cresceu 8% em todo o mundo, revertendo-se em 5.2 mil milhões de dólares em downloads legais. São cada vez mais as pessoas que ouvem música, no entanto a venda de CDs físicos continua a diminuir.

Já neste ano, 2012, a venda de música digital supera, pela primeira vez, a venda de música em formato físico em 50%, indica o Gizmodo.

De forma a mostrar como se encontra actualmente o ‘estado de arte’ da venda de CDs, o site Total Bankruptcy desenvolveu um infográfico com mais promenores.

Segundo os dados do infográfico, entre o ano 2000 e 2012, as lojas de venda de música atingiram um descréscimo de 76%, esperando-se os 77.4% de queda até 2016. Especificamente a venda nas lojas de CDs cairam em 50% entre 2000 e 2009.

As lojas de referência também mostram sinais da nova tendência dos ouvintes. Em 2004 fecha a HMV, em 2006 a Tower Records encerra 89 lojas nos Estados Unidos, entrando em bancarrota em 2009. Em 2006 também a Sam Goody’s fecha portas, e em 2009 a última loja da Virgin também encerra actividade.

Por sua vez, já em Janeiro de 2012 as vendas de música digital superam, pela primeira vez as vendas de música em formato físico, em mais de 50% de vendas. Em 2011, os números indicavam que a venda de CDs físicos havia descido 5%, enquanto em a música digital continuava a ganhar terreno com um aumento de 8% de vendas.

Se no início a música digital estava limitada, e somente era acedida por um computador, actualmente com os dispositivos móveis e leitores de mp3 modernos, a mobilidade é outra.

Sites de partilha de ficheiros como Morpheus e Audiogalaxy tornaram-se populares para o download de música MP3 e, com o aparecimento do leitor digital RIO (e outros mais conhecidos), a música tornou-se portátil, mais acessível e onde o utilizador poderia trazer uma vasta quantidade de músicas.

O iTunes, em 2001, foi também um importante marco na mudança da forma como actualmente ouvimos música, e hoje os utilizadores de um iPod podem facilmente ter as suas músicas preferidas por apenas 0.99 dólares.

As aplicações para smartphone, como Spotify são hoje bastante populares e também um indicador de que a forma como ouvimos música está a alterar-se, sendo necessário, cada vez mais, dar respostas com o desenvimento de novas ferramentas.

Uma compra de 0.99$ dólares no iTunes, corresponde a 64 ouvintes pela Spotify.

O aparecimento de players MP3 e streaming de músicas permitiu que as pessoas ouçam/façam downloas apenas das músicas que lhes interessam, invés do album completo.

Trocado por números, esta tendência demonstra que de 1999 a 2009 a venda de CDs completos desceu 55% para menos de 400 milhões; enquanto isso, a venda de músicas individuais passou de 0 para 1.2 mil milhões.

No entanto ainda há, dentro da música, quem não se reveja nesta tandência. Desta forma, o infográfico indica que cerca de 2.000 lojas de música Indie continuam a resistir, e muitos atribuem este cenário à lembrança do antigo, mas ainda bastante utilizado, disco de Vinil.

No ano de 2011 a venda de discos de Vinil apresentaram uma subida de 39%, continuando a aumentar neste ano, já com 10%.

Este panorâma tem algumas explicações, uma vez que os discos de Vinil causam uma sensação de nostalgia, o som tem uma melhor qualidade e, actualmente é tangível.

Veja o infográfico completo aqui.

Podemos, assim, constatar que a música digital é uma realidade e mais cedo ou mais tarde (actualmente até!) os mais novos irão achar ridículo a forma como ‘antigamente’ se ouvia música, onde teriamos que trazer os CDs, leitores, pilhas, etc, para conseguirmos estar a ouvir aquelas músicas que nos animam a alma.

Qual a vossa opinião? Os CDs físicos irão fazer parte do futuro ou será a música digital a liderar este segmento?


Homepage: Total Bankruptcy

 

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