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Depois de 84 anos, Olympus vende segmento de máquinas fotográficas

Se é um entusiasta da fotografia, já se cruzou certamente com uma máquina fotográfica da marca Olympus. Apesar de não vender tanto quanto as suas concorrentes diretas, como a Sony, a Nikon ou a Canon, sempre se prezou por ser uma marca de renome, com modelos inovadores, distintos e compactos.

Depois de 84 anos na produção de máquinas fotográficas, a Olympus anunciou que vai parar de produzir material neste segmento, já no final deste ano.


A hora da despedida

Para os fotógrafos, a Olympus sempre foi uma marca muito forte. Contudo, de acordo com o CEO da empresa, Yasuo Takeuchi, o segmento da fotografia estava em queda, desde há três anos. Assim, representava um fardo financeiro para a empresa, correspondendo a apenas 5% da atividade.

A empresa japonesa, além da fotografia, possui um segmento associado a equipamentos médicos que, aliás, representa grande parte da sua receita. A fim de ficar apenas ligada à tecnologia médica – quer para a produção de equipamento para cirurgias e exames, como para investigação -, vai vender a vertente fotográfica à Japan Industrial Partners (JIP), a mesma que adquiriu a VAIO da Sony, em 2014.

É esperado que a JIP continue a explorar a marca Olympus, mas é possível que se foque no mercado japonês, como aconteceu com a VAIO.

 

84 anos no mundo fotográfico

A sua história começa em 1919, pelas mãos de Takeshi Yamashita e Shintaro Terada, um advogado e um empresário, respetivamente. Inicialmente, começaram por ser produzidos e vendidos microscópios, pela marca Takachiho, uma montanha e área natural considerada sagrada. Dois anos depois, foi-lhe dada o nome de uma outra montanha sagrada Olympus, a fim de abrir portas no mercado internacional.

A primeira tentativa no mercado fotográfico aconteceu em 1936. Contudo, não tiveram sucesso, uma vez que tentaram replicar as famosas Leica e Rollei.

Abaixo, deixamos-lhe alguns marcos da Olympus, no mundo das máquinas fotográficas.

Com a evolução da qualidade das câmaras dos smartphones, as máquinas fotográficas tornaram-se cada vez mais dispensáveis para um grande grupo de consumidores, acabando por afetar a indústria e por prejudicar as empresas ligadas a ela.

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