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Tardes de Cinema

Nesta semana cinematográfica, o destaque vai para a estreia do filme “O Corvo”, um thriller negro realizado por James McTeigue, conhecido essencialmente pelo filme “V de Vingança”. Destaque também para a estreia do filme “Temos de Falar sobre Kevin”, que conta a história da mãe de um adolescente que leva a cabo um massacre no liceu, e da forma como ela lida com a frustração, o desgosto e o sentimento de culpa escrevendo cartas ao ex-marido.

Estreiam ainda os filmes “Era Uma Vez na Anatólia”, o candidato turco ao prémio de Melhor Filme Estrangeiro na última edição dos Óscares; “O Campo da Morte”, um thriller sobre um detetive de homicídios do Texas; “A Teia de Gelo”, um filme realizado por Nicolau Breyner sobre um ‘hacker’ ambicioso e de poucos escrúpulos, que é descoberto a desviar dinheiro da empresa onde trabalha; e por fim o filme francês “Descaradamente Infiéis”, onde a infidelidade masculina é apresentada nas suas numerosas variações.

O CORVO M12|MISTÉRIO, THRILLER|EUA|111m

Realizador: James McTeigue Argumento: Ben Livingston, Hannah Shakespeare Intérpretes: John Cusack, Alice Eve, Luke Evans, Brendan Gleeson, Kevin McNally, Oliver Jackson-Cohen, Sam Hazeldine, Pam Ferris, Brendan Coyle, Aidan Feore IMDB: 6,8 /10 (3 365 votos)

As macabras histórias escritas por Edgar Allan Poe servem de base a “The Raven” (em português, “O Corvo”), thriller negro realizado por James McTeigue, conhecido essencialmente pelo filme “V de Vingança”. O filme tem como protagonista John Cusack no papel de Edgar Allan Poe, num elenco que conta também com Luke Evans, Alice Eve e Brendan Gleeson, entre outros.

Quando, na Baltimore do século XIX, uma mãe e a sua filha são brutalmente assassinadas, o detective Emmett Fields (Luke Evans) faz uma descoberta surpreendente: o crime assemelha-se a um homicídio ficcional, com todos os detalhes sangrentos, publicado no jornal local como parte de uma colecção de histórias escritas pelo escritor e pária social Edgar Allan Poe (John Cusack).

Enquanto Poe é interrogado pela polícia, outro horrível assassinato tem lugar, igualmente inspirado numa das suas populares histórias.

Ao aperceber-se que um assassino em série anda à solta, usando as histórias de Poe como pano de fundo para a sua fúria sanguinária, Fields pede ajuda ao escritor para tentar parar os ataques.

Quando a apaixonada e noiva de Poe se revela poder ser a próxima vítima deste assassino, o criador dos contos terá de recorrer aos seus poderes de dedução para tentar resolver o caso, antes que seja tarde demais.

  ERA UMA VEZ NA ANATÓLIA M12|DRAMA|TURQUIA|150m

Realizador: Nuri Bilge Ceylan Argumento: Ebru Ceylan, Nuri Bilge Ceylan, Ercan Kesal Intérpretes: Muhammet Uzuner, Yilmaz Erdogan, Taner Birsel, Ahmet Mümtaz Taylan, Firat Tanis, Ercan Kesal IMDB: 8,0 /10 (8 597 votos)

O filme “Era Uma Vez na Anatólia” é o candidato turco ao prémio de Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares de 2012. Numa atmosfera de thriller, a história desenrola-se numa pequena cidade da Anatolia, a zona asiática da Turquia. Envolve um médico, um advogado, e vários polícias, depois de um homicídio. O filme estrou e foi premiado no Festival Internacional de Cannes.

Os primeiros 70 minutos do filme passam-se no escuro. Sim, é noite, um grupo composto de policias, um promotor, um médico, dois coveiros e um criminoso percorrem as colinas desertas e inóspitas da Anatólia atrás do corpo da vítima.

Só que tudo parece prosaico, tem diálogos inteligentes (embora o filme prime pelo silêncio) e não há clima de mistério, mas de rotina. Conversam sobre os seus males, família, mazelas, expectativas.

A outra metade do filme passa-se na cidade, no necrotério onde é feita a autópsia do corpo, onde a esposa reconhece o defunto, onde os procedimentos de registo, documentação e causa da morte são feitos sem rigor, assim como se faz qualquer outra coisa que se tenha escolha.

Sem grandes efeitos e recorrendo muitas vezes a planos estáticos, bastante longos e com poucos diálogos “Once Upon A Time In Anatolia” procura mostrar a essência do ser humano, o lado mais obscuro, sobretudo depois de um homicídio e quando se está perdido nas profundezas da Anatólia.

  TEMOS DE FALAR SOBRE KEVIN M12|DRAMA, THRILLER|EUA|112m

Realizador: Lynne Ramsay Argumento: Lynne Ramsay, Rory Kinnear, Lionel Shriver Intérpretes: Tilda Swinton, John C. Reilly, Ezra Miller, Jasper Newell, Rock Duer, Ashley Gerasimovich, Siobhan Fallon, Alex Manette, Paul Diomede, Jamal Mallory-McCree, James Chen, Lauren Fox IMDB: 7,7 /10 (19 861 votos)

O filme “Temos de Falar sobre Kevin”, de Lynne Ramsay, foi o grande vencedor da 55.ª edição do Festival de Cinema de Londres. O filme, protagonizado por Tilda Swinton, John C. Reilly e Ezra Miller, conta a história da mãe de um adolescente que leva a cabo um massacre no liceu, e da forma como ela lida com a frustração, o desgosto e o sentimento de culpa escrevendo cartas ao ex-marido.

Eva (Tilda Swinton) era uma bem-sucedida jornalista de viagens quando descobriu estar grávida de Kevin (Ezra Miller). Por causa disso, abandona todas as suas ambições e dedica-se quase exclusivamente à vida familiar. Infelizmente, a sua vida enquanto mãe torna-se, a todos os níveis, um inesperado pesadelo. Desde muito cedo que a criança demonstra possuir um carácter difícil e estranhamente propenso à violência.

Hoje, quase 17 anos volvidos, Kevin está preso, condenado pela autoria de um violento massacre na escola onde estudava, que resultou na morte de vários alunos e professores. E Eva sente que nada mais é do que a amargurada mãe de um sociopata.

Através de várias cartas dirigidas a Franklin (John C. Reilly), o seu marido, a mulher desvenda o passado, dando a conhecer a terrível luta interior contra os sentimentos de dor e responsabilidade: até que ponto a fúria assassina do filho se deveu às suas fraquezas enquanto mãe ou à própria relutância em enfrentar a maternidade. De que maneira a natureza de Kevin foi moldada por cada um dos pais?

Realizado por Lynne Ramsay, um thriller psicológico baseado no romance homónimo escrito, em 2003, pelo jornalista Lionel Shriver.

  THE KILLING FIELDS – O CAMPO DA MORTE M12|CRIME, DRAMA, THRILLER|EUA|105m

Realizador: Ami Canaan Mann Argumento: Don Ferrarone Intérpretes: Sam Worthington, Jeffrey Dean Morgan, Chloë Grace Moretz, Corie Berkemeyer, Trenton Perez, Tony Bentley, Sheryl Lee, James Hébert, Stephen Graham, Annabeth Gish, Samantha Beaulieu IMDB: 5,6 /10 (4 615 votos)

“O Campo da Morte” é um thriller sobre um dectetive de homicídios do Texas, que se junta a um nova-iorquino para investigar uma série de assassinatos não resolvidos que sucederam no Texas. O elenco conta com Sam Worthington (“Avatar”) e Jeffrey Dean Morgan (“Perigo à Espreita”) nos principais papéis.

A polícia de uma pequena cidade do Texas depara-se com uma série de homicídios sem resolução. A única coisa que os comprova são os corpos femininos mutilados, consecutivamente abandonados num pântano, por esse motivo denominado Campo da Morte.

Ao mesmo tempo, na cidade vizinha, os inspectores Mike Souder (Sam Worthington) e Brian Heigh (Jeffrey Dean Morgan) debatem-se com a falta de pistas na investigação de mais um desaparecimento.

Até que Anne (Chloë Grace Moretz), uma adolescente conturbada por quem Brian sente uma ligação especial, também desaparece sem deixar rasto. Apesar dos crimes no Campo da Morte se encontrarem fora da sua jurisdição, para Brian a investigação passa a ter contornos pessoais e os dois não vão parar até encontrarem algo que os leve ao sádico assassino.

Realizado por Ami Canaan Mann, “O Campo da Morte” baseia-se numa série de crimes ocorridos, entre 1983 e 1991, no Texas.

  A TEIA DE GELO M12|COMÉDIA, DRAMA|PORTUGAL

Realizador: Nicolau Breyner Argumento: Nicolau Breyner Intérpretes: Diogo Morgado, Margarida Marinho, Paula Lobo Antunes, Nicolau Breyner, Elisa Lisboa, Nuno Melo, Patrícia Tavares, Sandra Cóias, Vítor Gonçalves IMDB: (ainda sem votação)

“A Teia de Gelo” é um filme realizado por Nicolau Breyner, conta com a participação de Diogo Morgado, Margarida Marinho, Nuno Melo, Patrícia Tavares, Sandra Cóias, Paula Lobo Antunes, entre outros. A película foi totalmente rodada em português e inglês, numa iniciativa inédita no mundo, e com o objetivo de promover noutros países este thriller de terror. O filme conta a história de Jorge (Diogo Morgado), um ‘hacker’ ambicioso e de poucos escrúpulos, que é descoberto a desviar dinheiro da empresa onde trabalha, pelo que decide fugir.

Jorge, um jovem ambicioso, tenta enriquecer rapidamente desviando dinheiro da empresa para a sua conta pessoal. Descoberto pelo chefe, sente que a sua vida corre perigo e refugia-se na montanha, onde um forte nevão lhe causa um acidente de carro.

Perseguido, gelado e perdido no meio da neve, Jorge entra nas profundezas da Serra onde, ao avistar uma casa antiga, pensa estar finalmente a salvo.

Mas nesta casa não há telefones, aparecem misteriosos cadáveres, há sombras de facas nas paredes dos corredores, as portas trancam-se sozinhas e estranhas mulheres visitam os quartos sem serem convidadas.

Quando o Diabo anda à solta, tudo pode acontecer.

  DESCARADAMENTE INFIÉIS M12|COMÉDIA|FRANÇA|109m

Realizador: Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Alexandre Courtès, Jean Dujardin Argumento: Jean Dujardin, Stéphane Joly Intérpretes: Jean Dujardin, Gilles Lellouche, Lionel Abelanski, Fabrice Agoguet, Pierre Benoist, Violette Blanckaert, Vincent Bonnasseau, Bastien Bouillon, Guillaume Canet, Aina Clotet IMDB: 6,3 /10 (566 votos)

Jean Dujardin, vencedor do Óscar 2012 para Melhor Actor, regressa ao grande ecrã a 3 de Maio, data da estreia nas salas de cinema portuguesas do filme “Descaradamente Infiéis”, acumulando o papel de actor e realizador. Nesta comédia, a infidelidade masculina é apresentada nas suas numerosas variações e na perspectiva de sete realizadores – Jean Dujardin, Gilles Lellouche, Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Eric Lartigau, Alexandre Courtès e Michel Hazanavicius.

Apesar de acreditarem no amor verdadeiro, Fred, Olivier, François, Laurent, James (todos protagonizados por Jean Dujardin) e Greg, Nicolas, Bernard, Antoine e Eric (Gilles Lellouche) são incapazes de acreditar na fidelidade. Para eles, o homem é um animal polígamo e isso é uma fatalidade do género a que pertencem.

Com esta ideia como ponto de partida, sete realizadores juntam-se para filmar várias curtas-metragens sobre o tema da infidelidade masculina e as suas múltiplas variações.

Com argumento e realização de Jean Dujardin, Michel Hazanavicius, Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Alexandre Courtès, Eric Lartigau e Gilles Lellouche, “Descaradamente Infiéis” marca o regresso a um género de filme construído em “sketches”, muito em voga no passado, em especial nas comédias italianas dos anos 1970.

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