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Tardes de Cinema…

E se o seu filho fosse raptado? Não consegue imaginar? Com certeza faria tudo para o tentar recuperar. Esta semana temos este drama interpretado por Angelina Jolie. Mas o pior nem é o rapto! O pior, é quando a polícia entrega uma criança que diz ser o filho raptado, e a mãe afirma que estão a mentir. Esfreguem as mãos de contentamento, pois estamos na presença de um drama com valor de Óscar, assinado por Clint Estwood.

Sete Vidas

Tudo começa com uma lista de sete nomes: Ben Thomas, Holly Apelgren, Connie Tepos, George Ristuccia, Nicholas Adams, Ezra Turner e Emily Posa. A única coisa que eles têm em comum é que todos chegaram a um ponto de viragem na sua vida, e cada um precisa de ajuda em diferentes sentidos: finanças, espiritual, saúde. Ben escolheu cuidadosamente cada uma destas pessoas para as ajudar, de modo a redimir-se ele próprio. Mas é Emily Posa, uma paciente com problemas cardíacos, que consegue uma coisa que Ben achava impossível – mexer com ele de forma sentimental. É desta forma que Emily transforma a visão que Ben tinha do mundo..

. Sete Vidas junta novamente o realizador Gabrielle Muccino ao talentoso Will Smith. Os dois haviam trabalhado juntos no filme Em Busca da Felicidade, drama de boa qualidade. São boas indicações para a fita a estrear, mas a verdade é que tem suscitado opiniões divididas. Se por um lado muitos afirmam que se trata de algo muito tocante e absorvente, outros dizem tratar-se de um filme manipulador e com um argumento sem lógica.Pessoalmente, dou o benefício da dúvida. Gosto de Will Smith, acho um actor versátil e com carisma. A anterior parceria com o realizador resultou muito bem, pelo que, provavelmente, esta poderá trazer resultados semelhantes. O que também tenho percebido é que quem for muito cerebral, facilmente encontrará defeitos e buracos na história. Por outro lado, se o público for emocional ficará bastante satisfeito com o resultado final. São visões diferentes. Eu arrisco em dizer que se trata de bom cinema. E vocês?

 

A Onda

Um professor do ensino secundário encarrega os seus alunos de levarem a cabo uma experiência fora do comum, sobre como é viver num regime ditatorial. A experiência começa a atingir proporções inesperadas quando é formada uma unidade social com vida própria.

. A Onda é um drama originário da Alemanha. É realizado por Dennis Gansel e interpretado por actores Alemães. Trata-se portanto de cinema Europeu, e é sempre bom vermos filmes provenientes do velho continente. O público tem recebido bem o filme. A crítica divide-se, mas no entanto sobressai o destaque dado à actuação dos actores e à boa realização de Dennis Gansel. Pessoalmente, não tenho opinião formada sobre o filme.Desconheço o seu valor, e por isso não posso dizer se é recomendável a sua visualização ou não. Tirem as vossas conclusões com a ajuda deste texto, do trailer e sabendo que o filme ganhou alguns prémios em festivais europeus da especialidade.

 

Correio de Risco 3

Frank Martin é pressionado para transportar Valentina, a filha sequestrada de Leonid Vasilev, cabeça da Agência de Protecção Ambiental, para a Ucrânia desde Marselha, passando por Estugarda e Budapeste, até terminar em Odessa, no Mar Negro. Com a ajuda do Inspector Tarconi, Frank terá que enfrentar as pessoas que o forçaram a aceitar o trabalho, os agentes enviados por Vasilev para o interceptar e a total falta de cooperação de Valentina.

. Apesar da disposição cínica dela e da resistência dele para se envolver, Frank e Valentina vão apaixonar-se, enquanto escapam de uma vida insana e de recorrentes situações aterradoras.Para os amantes de acção temos esta semana o regresso de Jason Statham. Correio de Risco 3 foi escrito por Luc Besson (argumentista do fabuloso Busca Implacável), e realizado por Olivier Megaton. Trata-se de um “brainless movie”.

 

Um filme de pipoca, em que vemos uma panóplia de sequências de acção polvilhadas com bastantes efeitos especiais. E isso não tem nada de mal. Resta saber se a qualidade é boa, ou se estamos perante algo sem chama.

A crítica arrasa o filme, e o público dá-lhe uma recepção morna. Em comparação com os anteriores, estamos na presença de mais do mesmo, portanto se forem fãs dos dois antecessores, não percam. Para os restantes aconselho a quem gostar de adrenalina e muita acção. Pessoalmente, penso tratar-se da estreia mais “fraquinha” da semana.

A Troca

As orações de Christine Collins são ouvidas quando é encontrado o seu filho, que havia sido raptado. Mas, por entre o frenesim mediático da foto do reencontro, ela apercebe-se que aquela criança não é o seu filho. Enfrentando polícias corruptos e um público céptico, ela procura desesperadamente respostas, acabando por se ver confrontada com uma verdade que mudará a sua vida para sempre…

. A Troca é, para mim, a estreia da semana. Depois do Oscarizado Cartas de Iwo Jima, Clint Eastwood volta á carga com mais um drama capaz de entrar na corrida aos óscares. Não será por acaso que esta fita tem recebido várias nomeações para prémios, incluindo uma nomeação para a Palma de ouro no festival de Cannes e duas para os Globos de ouro.Angelina Jolie parece ter aqui uma performance admirável. Tem sido muito aplaudida, aliás. Valeu-lhe a tal nomeação para os Globos de ouro. No IMDB, A Troca tem uma pontuação alta, 8,1, o que é indicativo que o público gostou do drama. Já no Rotten Tomatoes, as opiniões não são tão consensuais.

 

É certo que tem um “score” positivo, mas certamente que, por exemplo, não é elevado ao ponto de ficarmos com a impressão que estamos perante algo de qualidade. Eu não tenho dúvidas em afirmar que este filme é o primeiro a ser visto nesta semana. Tenho fé na sua qualidade dramática e tenho fé no mestre Eastwood. Quem está comigo?

NOTA: Este artigo foi escrito por Ricardo Vieira para o Pplware.

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