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Tardes de Cinema…

ERA UMA VEZ… no reino distante de Dor – havia magia no ar, riso com fartura e litros e litros de sopa de fazer crescer água na boca. Mas um acidente partiu o coração do Rei, deixou a Princesa cheia de saudades e as pessoas da cidade sem a sua sopa.

A luz do sol desapareceu. O mundo ficou cinzento. Toda a esperança se desvaneceu nesta terra… até Despereaux Tilling nascer.

Filho de Rambow – Um Novo Herói Esta fita, que estreou em 2007 em terras do Tio Sam, foi escrita e realizada por Garth Jennings. Garth é um realizador com apenas dois filmes na sua carreira e uns quantos vídeo-clips musicais.

. Apesar de tudo, recebeu duas nomeações por este filme no British Independent Film Award, nomeadamente a de melhor realizador e melhor argumento. A história passa-se em Inglaterra nos anos 80, onde o jovem Will Proudfoot é criado em isolamento dentro de uma seita religiosa intitulada “The Brethen”, onde a música e a televisão são estritamente proibidas.

 

Quando Will vê o seu primeiro filme – uma cópia pirata de Rambo – a mente dá largas à sua imaginação. Juntamente com o seu colega de escola Lee Carter, ele decide produzir o seu próprio filme de acção, sem duplos e recheado de aventuras, ocultando-o sempre da comunidade “The Brethen”. Na escola, a sua popularidade aumenta, e as surpresas e os candidatos para entrar no filme vão-se multiplicando.

A crítica e o público mostram uma recepção positiva ao filme, dizendo que, apesar da sua previsibilidade, possui muito encanto e óptimas interpretações, apesar de não contar com nenhum actor “de peso” no elenco. Vejo algum potencial aqui. Provavelmente será direccionado para um público mais jovem, uma vez que se trata da juventude e desse período mágico em que cada nova descoberta poderia acabar numa pequena aventura. Ao que apurei, está bem filmado e bem interpretado. Uma fita a descobrir…

Mulheres Mulheres, mulheres e mais mulheres! É o que se vai encontrar neste remake de um filme de 1939 adaptado aos nossos dias. E não é só no elenco onde constam nomes como: Meg Ryan, Annette Bening, Eva Mendes e Debri Messing. Na realização também temos alguém do sexo femino: Diane English.

. Mary Haines (Meg Ryan), uma mulher bela, inteligente e moderna, acaba de descobrir que o marido a está a trair. É altura de reunir as suas amigas (Annette Bening, Jada Pinkett Smith e Debra Messing) e a sua mãe (Candice Bergen), que não hesitarão em dar conselhos, levá-la às compras e acompanhá-la em cocktails. A guerra esposa vs. “a outra” (Eva Mendes) começou. Pessoalmente, não vejo grande ponto de atracção no filme a não ser o elenco. A história parece-me ser muito do estilo daquelas histórias que aparecem nas revistas cor-de-rosa.

 

Mas como se deve sempre dar o benefício da dúvida, pesquisei alguma coisa acerca do filme e o que li não foi muito famoso. Ao que parece as interpretações não são boas, a história não tem ponto de interesse a adaptação não resulta no contexto actual.

Para finalizar o IMDB e o RT dão baixas pontuações. Não sei se será a escolha mais acertada nesta semana. Provavelmente será melhor esperar pelo dvd, e aí dar uma oportunidade, alugando-o.

O Silêncio de Lorna O silêncio de Lorna é uma co-produção entre a Alemanha, a Bélgica, a França e a Itália, sendo portanto totalmente europeu. É realizado pelos irmãos Jean Pierre e Luc Dardenne e interpretado por actores europeus de várias nacionalidades.

. Este filme obteve duas nomeações no conceituado festival de Cannes; melhor argumento, categoria que ganhou, e também foi nomeado para a Palma de Ouro. O Instituto Europeu de Filmes brindou a actriz Arta Dobroshi, uma das principais intérpretes da história, com uma nomeação para melhor actriz. Para além do mais a opinião geral da fita é muito positiva. Os famosos IMDb e Rotten Tomatoes, dão alta pontuação à história de Lorna. Se calhar é um filme destinado a um certo tipo de público. Penso que passará ao lado de muita gente, por não ter aquele aspecto moderno, leve, ou simplesmente por ser europeu. Não se trata de um blockbuster, mas com certeza que se tratará de bom cinema proveniente do velho continente.

 

A sinopse é a que se segue: Para se tornar proprietária de um bar com o namorado Sokol, Lorna, uma jovem albanesa a viver na Bélgica, deixa-se envolver nos planos de Fabio, que lhe propõe um casamento falso com Claudy para conseguir nacionalidade belga. Mas Fabio quer mais do que isso: quer que Lorna volte a casar com um mafioso russo disposto a pagar uma grande quantia de dinheiro para obter nacionalidade belga. E, para que este segundo casamento se concretize, planeia matar Claudy. Conseguirá Lorna permanecer em silêncio?

A Lenda de Despereaux Este será provavelmente o filme que terá mais sucesso esta semana. Longe vai o tempo em que as animações eram destinadas apenas às crianças, ou que eram dominadas e exclusivas da Disney.

. Actualmente existem vários estúdios que se dedicam a este tipo de filmes, entre os quais a grandiosa Disney, a irrepreensível Pixar, os Humanistas e maravilhosos Estúdios Ghibli, etc. Um filme animado, acompanhado de uma boa propaganda, resulta sempre num grande sucesso para os seus investidores. Obviamente que existem falhanços e por vezes somos brindados com filmes de fraca qualidade, mas os caso de sucesso são em larga escala superiores.

 

A Lenda de Despereaux é uma fábula moderna e conta a história de um ratinho corajoso que é grande demais para o pequeno mundo em que vive. Despereaux (Matthew Broderick na voz), é banido para as masmorras por falar com um humano; Roscuro (Dustin Hoffman na voz), uma ratazana com bom coração que adora a luz e a sopa mas se vê exilado na escuridão; Pea (Emma Watson na voz), uma princesa num castelo sombrio, prisioneira do desgosto de seu pai; e Mig (Tracey Ullman no voz), uma criada que sonha ser princesa, mas se vê forçada a servir o carcereiro (Robbie Coltrane na voz).

Estas personagens, eventualmente, acabam por se cruzar. O nosso herói torna-se amigo da princesa, e é salvo por Roscuro. Mas a princesa recusa a amizade de Roscuro. Roscuro torna-se então num vilão e juntamente com Mig planeia a vingança.

À medida que aprende a ler, Despereaux descobre um mundo de Dragões, cavaleiros e princesas. Quando a princesa e a sua amiga Pea é raptada, o ratinho das grandes orelhas, descobre ser o único que pode salvá-la… e que mesmo o mais pequeno dos ratos pode ter a coragem de um cavaleiro numa armadura reluzente. Nesta história de bravura, perdão e redenção, uma pequena criatura irá mostrar a um reino que é necessário apenas uma pequena luz para revelar a verdade.

Como é apanágio deste tipo de filmes, existe sempre uma moralidade presente, e lições de vida e amizade a reter. Este não será excepção, pelo que pela sinopse pode-se concluir que a nossa aparência não equivale ao que realmente somos e, que com força de vontade, coragem e bravura conseguimos mover montanhas.

O estúdio responsável pela animação em CGI é a Universal Pictures e o elenco que dá voz às personagens tem nomes bastante conhecidos do mundo da sétima arte. Tinha tudo para dar certo, portanto. Mas, a opinião não é consensual e as críticas não tem sido muito boas. No entanto, penso que será um filme indicado para se ver em família esta semana.

Por isso, pais, vão ao cinema com os vossos filhos e deixem-se levar pela fantasia de Despereaux.

NOTA: Este artigo foi escrito por Ricardo Vieira para o Pplware.

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