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Tardes de Cinema…

Por Ricardo Vieira para o Pplware. Abram alas para Randy “The Raaaaaaaaaaaam” Robinson! E, perante um dos melhores filmes dos últimos anos, testemunhem o renascer de Mickey Rourke neste filme do genial Aronofsky!

Histórias Para Adormecer (bedtime stories) comédia|EUA|99 min

Realização: Adam Shankman Argumento: Matt Lopez, Tim Herlihy Intérpretes: Adam Sandler, Guy Pearce, Keri Russel, Courteney Cox IMDB: 6.3/10 (5703 votos) RT: 23% /93 críticas

“Every day is a new adventure.” Skeeter Bronson (Adam Sandler) é um vulgar empregado de um hotel cuja vida sofre uma total reviravolta quando as histórias que ele conta aos sobrinhos para adormecerem começam misteriosamente a acontecer. Ele tenta aproveitar-se do fenómeno, incorporando as suas próprias aspirações em contos estranhos, um a seguir ao outro, mas são as contribuições inesperadas dos seus sobrinhos que viram a vida de Skeeter de pernas para o ar!

 

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Um filme bem ao jeito de Adam Sandler e com o toque característico da Disney. No entanto não esperem uma grande produção, nem tão pouco uma fita imaculada. O que temos aqui é uma história para toda a família. Leve, divertida e com a habitual moralidade dos filmes da Disney. O que surpreende neste filme é o elenco: temos o Adam Sandler, actor típico deste tipo de filmes; Guy Pearce, actor do filme sensação de Nolan e de L.A. Confidential, Courteney Cox, mais conhecida pela sua participação na série televisiva Friends e na trilogia Gritos, e Carmen Electra, conhecida mais pelos seus… atributos. É uma aventura cheia de efeitos especiais, especialmente indicada para os fãs de Sandler e para se ver em família.

O Wrestler (the wrestler) Drama|EUA|115 min

Realização: Darren Aronofsky Argumento: Robert D. Siegel Intérpretes: Mickey Rourke, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood IMDB: 8.5/10 (34 480 votos) imdp top 250 #60 RT: 97%/191 críticas

Love. Pain. Glory. No final dos anos 80, Randy “The Ram” Robinson (Mickey Rourke) era um dos principais lutadores de wrestling profissional. Agora, vinte anos mais tarde, ele ganha a vida com as suas representações estimulantes para um punhado de fãs conservadores de wrestling em ginásios de escolas secundárias e centros comunitários perto de Nova Jersey.

De relações cortadas com a filha (Evan Rachel Wood) e incapaz de manter relações reais, Randy vive para a emoção do espectáculo e para a adoração dos fãs. Mas um ataque de coração vai atirá-lo para a reforma.

 

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À medida que o seu sentido de identidade começa a desvanecer-se, Randy começa a reavaliar a vida – tentando uma reconciliação com a sua própria filha e iniciando um promissor romance com uma velha stripper (Marisa Tomei). Mas nada se compara com a sedução do ringue e a paixão pelo wrestling, o que ameaça arrastar Randy “The Ram” de volta a este mundo.Darren Aronofsky é um dos melhores realizadores da actualidade. Mas, certamente que muitos desconhecerão este nome. Aliás, quase que aposto que muitos nem sabem que filmes este visionário já fez. A verdade é que Aronofsky tem um estilo muito pessoal e peculiar.

Os filmes dele não são comerciais, são filmes claramente pessoais. Desde PI, passando pelo agonizante e marcante Requiem For A Dream e terminado em The Fountain com uma experiência transcendental que é só um dos melhores filmes de sempre.

Poderão concordar comigo ou não. A verdade é que este realizador já tem uma legião de fãs e, com este The Wrestler arrisca-se a angariar mais uns quantos seguidores. A realização neste filme é muito segura.

Com planos bem idealizados, como a câmara a perseguir Mickey Rourke por trás dele, a escolha certa dos momentos em que entra a banda sonora, um apostar em pormenores e na construção de uma narrativa tão simples quanto real.

Uma nota muito especial para o final do filme. Para além de ser um plano simplesmente espectacular, um clímax intenso e arrasador, foge dos clichés habituais, e certamente irá deixar muita gente de boca aberta.

Quanto ás interpretações, tudo o que se diz por aí é verdade: Mickey Rourke tem uma actuação brilhante, é realmente o seu renascer. O vencedor do Globo de Ouro, dá-nos uma interpretação muito versátil e poderosa. Tanto nos consegue transmitir muito bem a solidão em que se encontra, como mostra uma vontade em refazer a sua vida de uma maneira incrivelmente credível. Até consegue arrancar sorrisos à plateia, e aposto que… lágrimas. O elenco secundário também ajuda, e muito. Temos uma Marisa Tomei intensa e convincente que lhe valeu, e diga-se que foi justa, uma nomeação ao òscar, para além do Globo de Ouro e o BAFTA.

Para além da realização genial, os filmes de Aronofsky fazem-se sempre acompanhar por uma banda sonora de luxo, composta por Clint Mansell. E, como não podia deixar de ser, Mansell coloca mais uma vez o seu dedinho mágico a trabalhar.

Para além do compositor, temos sons típicos do Rock dos anos 80, com Guns N’ Roses no topo da lista e uma música escrita por Bruce Springsteen. Música essa, que acabou por ganhar o Globo de Ouro e, incompreensivelmente, foi esquecida pela academia. Portanto, descansem que a parte sonora desta fita é de grande qualidade. Inesquecível a entrada de Randy no ringue ao som de Sweet Child O’ Mine.

Terminando esta pequena crítica ao filme, resta-me concluir dizendo: vão ver este filme. È um filme independente, muito pessoal, com um orçamento 10 vezes mais pequeno que outros similares, mas que ainda assim consegue ser dos melhores dos últimos anos. Merecia a nomeação para melhor filme e para melhor realização. E Rourke merecia o Óscar!

Sugestão da semana: Braveheart – O Desafio do Guerreiro (Braveheart) Pontuação pessoal : Tagline: Every man dies, not every man really lives.

A história épica e romântica de William Wallace. Um dos melhores filmes já feitos. Uma história intensa e inesquecível, interpretada por um Mel Gibson fabuloso.

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