Com assinatura do incomparável Christopher Nolan, Inception (em português, A Origem) deu aos espectadores tema para debate. Mais de 10 anos depois da sua estreia, o diretor e produtor decidiu, finalmente, explicar o final do filme.
O filme Inception acompanha Dominick Cobb (Leonardo DiCaprio), um ladrão que consegue, de forma exímia, roubar segredos, violando o inconsciente das vítimas, durante o sono. Numa jornada que se dá entre o sonho e a realidade, o protagonista recebe aquela que assume ser a sua última missão.
À medida que procura concretizá-la, Dominick vai vendo alguns dos seus segredos expostos e vai encontrando uma realidade cada vez mais turva. No final, num jogo propositado de Christopher Nolan, o estado do protagonista não é claro, ficando no ar: trata-se de um sonho ou da realidade?
Ao longo de todo o filme, é utilizado um pião, para reconhecer se alguém está a sonhar ou se a ação está a acontecer na realidade. Ora, o debate está aceso, desde há mais de 10 anos, pois, numa das últimas cenas, Dominick regressa a casa de uma missão e encontra-se com a sua família. Nesse momento e até o filme terminar, o pião não para de girar.
Em entrevista à revista Wired, Christopher Nolan, finalmente, explicou:
O fim de Inception é exatamente isso. Há uma visão niilista desse fim, certo? Mas, também, ele foi em frente e está com os seus filhos. A ambiguidade não é emocional. É intelectual para o público.
O Niilismo vem do termo latim “nihil” que significa “nada”. Trata-se de uma corrente filosófica que problematiza a falta de sentido da existência humana, que acredita no vazio e que está alicerçada no ceticismo, isento de regras e de ideias positivistas e materialistas. Resumidamente, é a negação de todo e qualquer princípio religioso, social e político.
Já viu o filme Inception? Esta explicação faz-lhe sentido?