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E se… de cada vez que visse um filme ele se desenrolasse de forma diferente?

A Inteligência Artificial (IA) não tem sido a melhor amiga dos artistas, especialmente dos argumentistas e atores. Contudo, a tecnologia poderá transformar a forma como vemos filmes, numa mudança que pode não ser necessariamente má.


Seja entusiasta de cinema, ou não, é possível que tenha na sua lista pelo menos um filme que gostaria de nunca ter visto, para que pudesse vê-lo novamente com a expectativa e o entusiasmo da primeira vez.

À modernidade do cinema é possível que chegue, em breve, um género de filme chamado “filme generativo”. Por via da IA, a ideia é misturar cenas e criar versões completamente diferentes do mesmo filme de cada vez que este é visto. O curioso é que ninguém verá o mesmo, exceto se estiver a vê-lo ao mesmo tempo, no mesmo espaço.

Hoje em dia, já conhecemos algumas séries, por exemplo, cujo fluxo pode ser definido pelas escolhas do próprio espetador.

Contudo, até agora, apenas foi criado um filme generativo – pelo menos, de que se saiba. Chama-se Eno e é, na verdade, um documentário generativo, concebido para mergulhar o público na carreira do ícone da indústria musical Brian Eno.

Dirigido por Gary Hustwit, o filme generativo deverá ser lançado ainda este ano, com 52 triliões de variações. Todas elas vão ser criadas pela IA sempre que o filme começar.

Apesar de impressionante, este género de filme reúne implicações, não sendo, para já, adaptável a qualquer história, pela dinâmica que exige. Contudo, é curioso pensar que, no futuro, podemos ter acesso a uma versão única de um, entretanto, clássico.

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