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Vamos aprender Windows PowerShell? – Parte I

Por Rui Machado Engenheiro Software para o Pplware

Muitos serão certamente os nossos leitores, que usam Windows, mas que desconhecem a presença de uma ferramenta super poderosa que dá pelo nome de PowerShell.

O Windows PowerShell apresenta-se à comunidade como uma extensão de nós próprios ao invés de uma extensão de um Sistema Operativo ou máquina, ao permitir automatizar diversas tarefas até aqui rotineiras e maçadoras que nos faziam perder, como programadores, o focos na nossa principal tarefa, produzir Software.

É claro que pela descrição acima podem constatar que se trata de uma linguagem direcionada para gestão de máquinas e sistemas e as suas principais operações remetem-nos para atividades de administradores de sistemas. Apesar deste facto as potencialidades desta linguagem de scripting são enormes ao permitir interagir com classes WMI, XML, Active Directory, C# e para mim a mais poderosa de todas, a plataforma .NET.

O PowerShell está orientada a pipelines que permitem encadear lógicas de programação utilizando o output de um comando como input de outro, conseguindo assim ir muito longe em termos de cobertura de operações e eficiência de código. Desde scripts de configuração do IIS, a instalação de Software, passando por gestão de redes, a projetos de integração de sistemas e de bulk copy de dados o PowerShell automatiza tudo aquilo que possam imaginar. Importante é salientar que não se fica por execuções locais, é possível com PowerShell correr scripts remotamente e até criar sessões remotas para gerir máquinas e executar scripts.

A forma mais simples de criar estes scripts de PowerShell é utilizando a consola que vem nativamente instalada a partir do Windows 7, Windows 8 e Windows Server 2008 R2 ou recorrendo a um editor de scripts como PowerGui (http://powergui.org/index.jspa) ou o Windows PowerShell Integrated Scripting Environment (ISE), igualmente nativo com as versões do Windows acima referidas. As vantagens em utilizar um editor de scripts passam por capacidade de melhor visualização do código com cores diferentes para cada artefacto (variáveis, funções, cmdlets e comentários), rápida visualização das cmdlets PowerShell disponíveis para além da rápida capacidade de abrir, gravar e fechar scripts.

Para aceder ao PowerShell (No windows 7 e 8) basta carregar na tecla Windows + R,  e depois escrever powershell

Alerto ainda para o facto de que estes editores apesar de disponibilizarem inúmeras otimizações de escrita de código, continuam a chamar a consola de PowerShell para correr os scripts.

Alerto ainda para dois aspetos antes de passarmos a um exemplo prático, o PowerShell é orientado a objetos e não a texto como a linha de comandos convencional do Windows, prova disso é correr um comando do género:

“Rui Machado”.Length

O resultado deste comando é 11, o que significa que o PowerShell interpretou o conteúdo do que está entre aspas como um objeto do tipo System.String o que permite assim invocar os comandos desta classe. Se tentarmos correr o mesmo na linha de comandos (cmd.exe), o resultado é diferente:

Num próximo artigo iremos ensinar a programar alguns scripts, com o objectivo de tirar o melhor partido desta super e poderosa ferramenta. Estamos abertos a sugestões  e ideias para próximos tutoriais.

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