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Rede de Sensores sem fios – Conhece esta tecnologia?

As redes de sensores sem fios (RSSFs) ou em inglês Wireless Sensor Networks, são formadas por um grande número de sensores pequenos e plantados numa base ad hoc que detectam e transmitem características físicas do ambiente. Podem ser vistas como um tipo especial de rede ad-hoc (MANET – Mobile ad-hoc Network) e como uma das vertentes da computação ubíqua.

Este tipo de redes difere das redes de computadores tradicionais em vários aspectos. São normalmente constituídas por um grande número de nós distribuídos, que cooperam entre eles, trocando informações. As RSSFs têm restrições relativamente a energia e devem possuir mecanismos de auto-configuração para que se adaptem ao ambiente onde actuam. Relativamente aos protocolos de comunicação das redes tradicionais, estes devem também sofrer alterações de forma a que se adaptem às características das RSSFs.

As redes de sensores podem ser homogéneas ou heterogéneas em relação aos tipos, dimensões e funcionalidades dos nós sensores. Durante o tempo de actuação da rede, os nós podem sofrer alterações quanto às suas funcionalidades, forma de actuar ou estados. Neste sentido é importante que existe sempre uma relação peer-to-peer entre os nós sensores.

Este tipo de redes é adequado para situações onde não se pode implementar uma solução com fios e onde se pretende um acesso instantâneo à informação. Os nós sensores podem mover-se juntamente com o fenómeno observado. Como exemplo disso temos os sensores que são colocados em animais para observar o seu comportamento.

As redes de sensores podem ser utilizadas nas mais diferentes áreas:

Na área militar onde por exemplo podem detectar movimentos dos inimigos, a presença de materiais perigosos ou minas escondidas.

Na medicina/biologia onde podem sensoriar o funcionamento dos diversos órgãos existentes no corpo humano, detectar a presença de substâncias que poderão causar problemas no organismo;

Na área do turismo, da educação, na descoberta de desastres ecológicos.

Actualmente já existem aplicações práticas das RSSfs como por exemplo na produção industrial (na monitorização de fluxos, pressão, temperatura, etc), na indústria da aviação, etc.

As RSSFs têm como tarefas típicas: determinar valores de um determinado parâmetro num dado local, detectar a ocorrência de eventos, classificar objectos detectados, rastrear um determinado objecto, entre outros.


As RSSFs são actualmente um grande desafio e podem ser bastante úteis na obtenção de informações em ambientes perigosos ou de difícil acesso. As características que dotam este tipo de redes como a auto-configuração, localização, mecanismos de gestão de energia entre outras, são também desafios e novas oportunidades na área da investigação. Actualmente os nós sensores suportam sistemas operativos com o TinyOS ou Contiki assim como a pilha protocolar IPv4 e IPv6.

Relativamente a projectos portugueses nesta área, podem consultar o site da Envispot, e ler sobre o projecto “Pastoreio Virtual“. Se alguém conhecer mais algum projecto nesta área aqui está uma boa oportunidade para o divulgar.

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