Por Luís Carvalho para o PPLWARE
Para muitos utilizadores, com vários anos de utilização de um único sistema operativo, pensar em tentar utilizar Linux pode ser assustador e difícil. É compreensível, afinal, passaram anos a ouvir histórias de terror acerca de como o Linux é complexo, totalmente diferente e só trabalha bem para quem já o conhece a fundo.
Mas, isso é nas histórias…. Na vida real há centenas de distribuições de Linux que jamais existiriam se realmente fosse assim. De entre elas, algumas atingiram níveis elevadíssimos de simplicidade de uso, como a que vos quero apresentar hoje.
O PinguyOS, tendo originado da forma que foi, teve sempre como foco principal a obtenção de um sistema estável e completamente pronto no final da instalação. Isto é conhecido como funcionalidade “Out-Of-The-Box” e apesar de muitas distribuições de Linux reclamarem essa funcionalidade, nenhuma a atinge tão profundamente como o PinguyOS. Ao terminar a instalação, demora aproximadamente 15 minutos (dependendo obviamente da velocidade do sistema), a maior parte dos usos mais comuns de um computador estão disponíveis de imediato. E-mail, Internet Browser, Media Player, Media Center, Partilha de Ficheiros, Produção de Documentos, Edição e Conversão de Vídeos e muitas mais. Mas mais importante ainda, raramente é necessário procurar drivers de vídeo, audio, rede, impressoras, etc.
A escolha de aplicações instaladas por defeito foi feita, inicialmente, perguntando a muitos e muitos utilizadores quais eram as suas aplicações favoritas para cada tarefa. Dessas, foram escolhidas as que apresentavam maior estabilidade e funcionalidade para a versão do OS, à data da criação da release. Mas, mais importante ainda, foram escolhidas as que mais garantias davam de continuidade de desenvolvimento. Durante o processo de criação da release todas as aplicações que necessitem de configuração são configuradas de forma a tornar possível o seu uso imediato. Ou seja, tudo o que está instalado, vai funcionar logo no primeiro arranque sem necessidade de configuração. O que não implica que qualquer utilizador não possa em qualquer momento alterar essas configurações. Para além disso, todos os tipos de ficheiros estão correctamente ligados aos programas adequados.
O PinguyOS inicia a sua vida como um Ubuntu Minimal CD, ao qual é depois adicionado o ambiente gráfico Gnome 2.32.1 e toda a panóplia de aplicações, repositórios, centenas de correcções e patches, aplicações, temas e personalização do desktop. Isto faz com que o lançamento de uma nova release se faça sempre algum tempo depois do lançamento de uma release final do Ubuntu.
De entre as inúmeras vantagens, realço, o Java pré-instalado e configurado, Flash, toda a panóplia de codecs necessários, Samba pré-configurado de forma que basta fazer click-direito em qualquer pasta para a partilhar na sua rede, PMS-Linus um UPnP / DLNA que permite a partilha de vídeos, músicas, etc, com a sua PS3, XBox360, Smart-Phone e outros equipamentos com funcionalidade DLNA (como várias televisões).
Destaco também a substituição do Nautilus (gestor de ficheiros do Ubuntu) pelo Nautilus-Elementary com vários plugins instalados que permitem entre outras coisas, a obtenção de capas de cd’s e de filmes da Internet. Existem actualmente uma série de aplicações que permitem dar um ar mais polido e agradável a um Desktop Linux, como Cover Gloobus, Gloobus Preview, Gnome DO e Docky, estas aplicações não dão apenas um aspecto bonito, oferecem grande utilidade e facilidade de uso, todas elas estão pré-instaladas e prontas a usar no PinguyOS.
Por omissão o PinguyOS utiliza o tema Elementary e a fonte Droid.
Como gestor de upgrades, utiliza o Mint Upgrade e como Menu Principal o Mint Menu, com todas as óbvias vantagens que isso implica. Traz também por omissão instalado e aplicado no painel, a Global menu, e um System Monitor que lhe permitem manter debaixo de olho a utilização de recursos da sua máquina.
Para quem nunca experimentou esta distribuição, aqui está uma oportunidade!