Pplware

OpenSuSE 11.0

No dia 19 foi lançada a nova versão do OpenSuSE distribuição mantida pela Novell. Trata-se de uma das distribuições mais antigas, teve origem na Alemanha, o verde e um camaleão são a mascote desta distribuição e comunidade, a qual se dá o nome de OpenSuSE.

Depois de um período relativamente longo desde o lançamento do OpenSuSE 10.3, foi um pouco mais do que o comum da maioria das distribuições – os típicos 6 meses. Logo se o OpenSuSE 11.0 não for consideravelmente melhor que a versão anterior não foi por falta de tempo que não a tornaram mais capaz.

Pronto, vamos começar pelos procedimentos comuns, ir ai site do OpenSuSE, e ao fazerem o Download podem reparar que têm versão para arquitectura 32 e 64, bem como para PowerPC, logo esta distribuição pode ser corrida num vasto leque de computadores/Macs. Saquem lá o ISO que precisam, e gravem-no, no meu caso saquei o LiveCD do GNOME para me facilitar a vida no que toca à captura de Screenshots.

1. Vamos lá, duplo clique em Live Installer.

2. Primeiro leiam muito bem a EULA (End User License Agreedment) pois apesar de muito mais leve do que as que se encontravam nas versões de teste do OpenSuSE 11.0 – essas pareciam mesmo escritas pela Micro$oft – se encontrarem algo que não vos agrada, não instalem, mas de qualquer maneira esta não é do pior que já li, fica ao vosso critério.

3. Escolham a região e o país, na maioria dos vossos casos basta, Europa e Portugal.

4. Agora temos o particionamento, ora temos três escolhas: aceitar o particionamento que ele escolheu, editar o particionamento escolhido ou criar um do nada. Se o particionamento que o sistema escolheu vos agrada passem já para o ponto 5.

4.1. Se escolherem “Editar o Particionamento”, passam para o editor de partições manuais, já sabem: têm de criar pelo menos duas partições – que é o que recomendo – primeiro criem o ficheiro Swap que deve ter o dobro da vossa RAM, se têm 1 Gb de RAM um ficheiro Swap de 2 Gb deverá ser suficiente, mas se quiserem criar um maior fica ao vosso critério, se bem que não será isso que irá alterar muito a performance do sistema. Por fim a partição / (root ou raiz) com pelo menos 4 ou 5 Gb, recomendo uns 10 ou 15 Gb depende de pessoa para pessoa, e dos discos ou do espaço vazio que têm disponível.

4.2. Mas se escolheram “Criar Particionamento”, ele primeiro pede em qual dos discos querem instalar, no meu caso vou usar o meu disco de teste de 20 Gb.

4.3. Vou testar a “inteligência” do bicho, por isso vou deixá-lo usar o disco a vontade.

4.4. Decidiu usar o meu disco de 20 Gb todo como raiz e usar o Swap do Mandriva.

5. Agora vamos tratar dos utilizadores, criem um utilizador, metam-lhe uma boa palavra-passe e podem desde este momento deixar que o sistema carregue o utilizador automaticamente, no meu caso vou deixar a moda antiga e ser eu a fazer o login à mão.

6. O Sumário, se precisarem de alterar alguma coisa aproveitem, e ainda estou para ver se ele detecta como deve ser o Mandriva no boot, não vou mexer em nada para ver como é que ele se comporta, quando estiver tudo em ordem, “Install”.

6.1. Irá aparecer esta mensagem, já sabem depois de clicar em Install a operação é irreversível, por isso se não sabem o que estão a fazer convém terem uma cópia de segurança dos ficheiros importantes, não vá ir tudo a vida.

7. O fim do princípio. Está a instalar, agora é muito mais rápido do que no OpenSuSE 10.3 que levava uns bons 40 minutos a instalar, este agora leva 15, estejam atentos pois ele não vai tirar o CD da gaveta depois de instalado! Abram os olhos quando ele reiniciar e abram a gaveta.

8. Depois de instalado irá reiniciar, tirem o CD ou caso o CD tenha já arrancado seleccionem a opção arrancar do Disco, que deverá ser a 2ª do LiveCD, agora podem ir fumar um cigarrinho – fora de casa não vá a ASAE fazer-vos uma visita -, fazer um pipizinho à João Baião, mesmo ir ler o jornal ou tomar um café.

9. Está instalado, pronto agora vão deixar-me mudar isto por aqui e já vamos tratar de coisas mesmo importantes. Note-se que ele detectou perfeitamente a minha instalação de Mandriva, sem que lhe apagasse o GRUB, ou seja abro a entrada do Mandriva no GRUB verde do OpenSuSE e sou levado para o GRUB azul do Mandriva, por isso acredito que ele consiga detectar perfeitamente qualquer partição de Windows.

9.1. “Perálá! Mas o que vem a ser isto?” – Digamos que o sistema quer ter as actualizações configuradas, se não têm ligação à Internet ignorem, se tiverem vamos lá configurar isto.

9.2. Como não é a minha instalação final, vou configurar a treta com a Novell mais tarde. “Next”.

9.3. Agora vai procurar nos repositórios para ver se encontra algo, no meu caso instalei os seguintes repositórios (alguns sem necessidade, como o da Ati, mas é para testar):

9.4. Por vezes irá aparecer uma imagem como a que se encontra acima, onde concordam com a EULA e instalam o repositório ou onde não concordam e não instalam o repositório, também há licenças GNU-GPL que não fazem mal a ninguém.

10. Como podem ver dei-lhe um tom azul. Já tem alguns programas extra, como o Opera que se encontra no repositório Packman. Aqui podem ver o Menu do OpenSuSE, bastante original.

11. Se clicarem em More Applications, aparece esta janela que me faz lembrar ao longe o Finder do MacOS. Os principais programas incluídos são:

Primeiro não vou fazer a típica análise a todos os programas porque já o fiz milhentas vezes, por isso hoje só exploro as novidades. Antes de começar não apresento aqui o Tasque porque honestamente não percebi para que serve aquilo, no meu caso não faz nada, mas pelos vistos é uma espécie de gestor de “ToDo”s, ou seja gere tarefas, notas, coisas para fazer, e afins. No entanto não o consegui pôr a funcionar.

12. Vamos então começar pelo Liferea. Como podem ver ainda não mexi no programa, e de origem deu com o Feed do PlanetGeek (http://planetgeek.org/).

12.1. Para testar adicionei o Feed do Pplware e funcionou sem problemas. Cliquei no “+” na barra de ferramentas e escrevi: https://pplware.sapo.pt/ ou seja o endereço do Pplware, e em alguns segundos já funcionava, por isso o Liferea está aprovado, se bem que eu não use Feeds.

13. Agora vou tentar o Monsoon, que é um cliente BitTorrent, prefiro sacar ficheiros via FTP – a moda antiga estão a ver? – Mas tenho de testar e tenho, por isso vou ao YouTorrent – um dos poucos sites de torrents que conheço a par do The Pirate Bay. Note-se que vou com o Firefox pois se usar o Opera ele iria sacar o ficheiro por si próprio.

13.1. Vou ver se saco algo que não seja ilegal. Como podem ver tentei meter Linux, não percebo muito do assunto, mas vou tentar este primeiro ficheiro que diz “Windows Vista Aero VS Linux Ubuntu Beryl”, salvo erro deve ser um vídeo do YouTube.

13.2. Hum… Quando carrego em Download pede-me para instalar o Azureus… Deve ser “Torrent File”…

13.3. Pronto é isso. Como podem ver ele detecta automaticamente o Monsoon; vamos ver se o facto de ter uma janela do Monsoon já aberta traz problemas.

13.4. Maravilha, além de estar a ser rápido funciona automaticamente, estou a gostar disto.

13.5. Acho que acabou, bem agora tenho ver se consigo ver o dito vídeo.

13.6. Vem num formato estranho .mvk , não me lembro de ter visto isto. Antes que se apressem, no OpenSuSE não há Codeina para ninguém! Nem nos repositórios. Por isso temos duas opções: ou instalamos o VLC Player – mas como eu quero ver isto no Totem, vamos instalar os codecs, abram o Instalador de Pacotes, e instalem os seguintes pacotes (se não encontrarem algum, procurem um que tenha um nome muito parecido):

gstreamer-o_10-ffmpeg gstreamer-o_10-fluendo-mp3 gstreamer-o_10-fluendo-mpegdemux gstreamer-o_10-fluendo-mpegmux gstreamer-o_10-plugins-bad gstreamer-o_10-plugins-farsight gstreamer-o_10-plugins-good-extra gstreamer-o_10-plugins-ugly gstreamer-utils

Note-se que tentei primeiro um pacote YMP (YaST Meta Package) fornecido pela OpenSuSE mas sem sucesso, por isso recorri ao Packman, agora já percebem porque dá jeito te-lo instalado?

13.7. Seleccionem os ditos pacotes: primeiro metam-nos na lista de instalação e por fim carreguem a aplicar, depois de instalado basta dizerem que não querem instalar mais Software.

13.8. Eu sei que infelizmente não podem ver nada, mas está a funcionar!

13.9. Só para experimentar, fui ver se o dito vídeo dava no Banshee, mas sem sucesso, os MP3 depois da colecção de codecs anteriormente instalados dão sem problemas.

14. Uma novidade no OpenSuSE 11.0 é o Simple CompizConfig Settings Manager, que de uma forma muito mais simples que o CCSM original permite personalizar o Compiz.

15. Apresento-vos o YaST: O painel de controlo do OpenSuSE, faz quase tudo além de profissional é muito completo e capaz, sem dúvida um ponto forte do OpenSuSE.

Existem muitas mais novidades, eis uma lista das restantes (algumas delas não posso mesmo apresentar, devido a incapacidade do meu Hardware):

  1. Novos efeitos no Compiz Fusion: distorção do cubo num cilindro ou numa esfera.
  2. Quatro gestores de janelas que podem ser instalados com o DVD: GNOME 2.22, KDE 3.5.9, KDE 4.0.4 e XFCE 4.42
  3. Novos bootscreens, wallpapers e afins.
  4. Gestão de pacotes optimizada.
  5. Cheese – Programa gravação de imagens/vídeos a partir de uma Webcam.
  6. Instalador redesenhado na versão DVD.

Veredicto: O OpenSuSE 11.0 sofreu uma mudança significativa, se bem que alguns aspectos continuam na mesma, especialmente as fonts/letras não andam muito famosas. Por razões que me ultrapassam a zona numérica do meu teclado (aquelas teclas que se activam com o NumLock) não funcionam. Os programas ainda continuam “buguentos” apesar do sistema se encontrar muito mais estável.

A velocidade da instalação e da gestão de programas está muito, mas mesmo muito mais rápido, nem parece o mesmo Linux. O GIMP devia vir instalado, se bem que por outro lado a instalação de alguns programas inovadores também compensa, penso que o GIMP vem instalado na versão DVD. Dava jeito na próxima versão o Codeia ou algo parecido vir instalado.

O KDE 3.5.9 está velho, só o consigo usar no Mandriva, está na hora de arrumar com ele. O KDE 4.0.4 é uma boa aposta se bem que não se encontra pronto para uma utilização diária, mas está a evoluir. O XFCE no OpenSuSE está muito aquém de outras distribuições, como o Fedora, Mandriva e Ubuntu, deve ser mais explorado e devem investir mais tempo nele.

Bem, gostei, está funcional e o Compiz-Fusion está muito optimizado nesta distribuição, arrisco-me a dizer que de todas as distribuições que experimentei nesta parece que não o sinto a correr. O OpenSuSE adapta-se as necessidades da maioria dos utilizadores de Internet actuais, por isso recomendo-o bastante, se bem que tem algumas lacunas que não tem razão para tal.

Avaliação: 4/5

NOTA: Este artigo foi elaborado por Miguel Guerreiro para o Pplware.

Licença: GNU Sistemas Operativos: Linux Download: OpenSuSE 11.0 CD [611.72MB] Download: OpenSuSE 11.0 DVD [4.28GB] Homepage: OpenSuSE

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