…cidade volta ao Windows
Ao falarmos actualmente em Linux é quase inevitável não se falar no caso da cidade de Munique que decidiu mudar as máquinas da administração pública de Windows para Linux. No total foram cerca de 9000 máquinas, que migraram para LiMux (uma distribuição própria), e que terá levado a uma poupança na ordem dos 11 milhões de euros.
Mas agora, dez anos depois, o governo de Munique reviu os custos e a produtividade e considera que afinal a mudança foi um desastre e tenciona voltar ao Windows.
Foi em 2004 que a cidade de Munique (Alemanha) foi notícia à escala mundial por ter trocado o Windows pelo Linux. De acordo com os cálculos feitos na altura, a cidade alemã iria poupar cerca de 11 milhões de euros. A migração de Windows 2000 para LiMux e OpenOffice custou cerca de 23 milhões de euros, um valor interessante comparativamente a um plano de mudança para Windows e Office que na altura rondaria os 34 milhões de euros.
Dez anos depois, aparecem as primeiras reacções que confirmam que afinal a mudança de Windows para Linux foi um desastre. Ao que consta, apesar do custo zero teórico das distribuições Linux, o governo teve necessidade de contratar determinadas empresas para desenvolver certas funcionalidades para alguns serviços (funcionalidades essas que existem no Windows e que contribuem para a produtividade dos funcionários). Houve depois ainda a necessidade de melhorar alguns drivers… e o resultado foi uma factura elevadíssima!
No fim das contas, as despesas da migração, desenvolvimento de software, melhoria de drivers, contratos de manutenção,entre outras despesas… acabaram por ter um valor superior à manutenção (continuidade) dos contratos do Windows.
Depois o problema da produtividade, já que os funcionários tiveram de mudar a forma de trabalhar e, ao longo destes dez anos, sempre tiveram sérias dificuldades no tratamento de documentos provenientes de outras cidades (que eram produzidos com o Microsoft Office).
Em Munique é hora do Linux fazer as malas e dar novamente espaço ao Windows…
Afinal será que não se consegue poupar com a adopção do Linux?
Via Sueddeutsche.de