Foi nesta sexta dia 13 de Março, que o Linux na forma do seu kernel, fez 15 anos. Recordamos aqui alguns dos momentos importantes na história deste sistema operativo, de referência no Software Livre.
1987: O sistema operativo Minix, nasce pelas mãos de Andrew S.Tanenbaum, na universidade de Vrije, na Holanda. O Minix era um sistema baseado em Unix proprietário, mas considerado acessível para a altura custando apenas 69 dólares.
1991: Linus Torvalds um estudante Finlandês nascido em Helsínquia, e aluno da universidade nesta cidade, fica irritado quando verifica que não consegue aceder aos servidores Unix da sua universidade de uma forma prática. Decide portanto, meter mãos à obra baseando-se no trabalho feito no Minix, do qual era grande admirador, e construir de raiz o kernel de LINUX (Linux is not Unix), demarcando a sua criação à partida, de alguns princípios enraizados de Unix. O seu trabalho valeu o reconhecimento da comunidade Minix tendo esta, contribuído com ideias e código fonte para o kernel do Linux.
1992: A rotura do Linux com a comunidade Minix acontece, quando Tanenbaum se envolve numa discussão com Linus num workgroup, insinuando que a arquitectura de micro kernel, é superior ao Kernel monolítico implementado no Linux, fazendo deste um sistema operativo obsoleto. Linus respondeu, afirmando que o Minix tinha herdado falhas de concepção da arquitectura Unix, como falta de suporte multithread. Apesar de Linus admitir que em teoria os microkernels poderiam ser superiores, e mais leves, afirmou que de qualquer das formas estava a desenvolver nos seus tempos livres o Linux e a disponibilizá-lo gratuitamente.
1994: É lançada a primeira versão do kernel de Linux, a versão 1.0. No mesmo ano é criada aquela que é considerada, a mãe de todas as distribuições, o Red Hat Linux.
1996: A necessidade de criar uma imagem associada ao Linux, levou a que fosse aberto um concurso para eleger um logotipo da Linux. Deste concurso, nasceu o TUX diminutivo de (T)orvalds (U)ni(X). A título de curiosidade, esta criação é da autoria de Larry Ewing que usou para o seu trabalho a versão 0.54 do GIMP.
1999: Linux 2.2.0 foi lançado, com cerca de 1.800.847 linhas de código. Neste mesmo ano a IBM contribui activamente para o kernel de Linux, submetendo patches que permitiam com que o Linux corresse em máquinas de grandes portes (mainframes). Este passo, juntamente com uma aposta forte da IBM no sistema operativo do Pinguim, acabam por abrir a este, as portas do mercado de servidores.
2000: O primeiro telemóvel a correr Linux é lançado, estabelecendo um marco, na portabilidade e modularidade do Linux
2001: o Linux 2.4.0 é lançado com 3.377.902 linhas de código (reparem que quase duplicou)
2003: O Linux 2.6.0 é lançado com cerca de 5.929.913 linhas de código
2004: Linus Torvalds é nomeado uma das pessoas mais influentes do Mundo pela revista TIME, no seu artigo “Linus Torvalds: The Free-Software Champion”.
2008: Marca um patamar de grande importância para o Linux, a versão 2.6.28 é lançada contendo, nada mais nada menos do que, 10.195.402 linhas de código. Quase 10 vezes mais que a versão 2.2.0. Neste mesmo ano a Linux Foundation, estimou que levaria cerca de 10,8 biliões de dólares para construir a distribuição de Linux Fedora 9 e cerca de 1.4 biliões de dólares só para desenvolver o kernel do Linux de raiz. Pela primeira vez, algumas distribuições de Linux, tentam penetrar no mercado de computadores pessoais, através dos mini portáteis ou netbooks. A Asus e a Acer foram os grandes percursores, com a inclusão de respectivamente o Xandros, e o Linpus Linus Lite.
Odiado por uns, adorado por outros, o Linux é um fenómeno de popularidade na história do Software, tal como nós o conhecemos. O que o futuro reserva para o Linux e até onde pode ir, é a grande questão que se coloca neste momento.
Tem na minha opinião, o mérito de ter colocado alguma pressão do lado a Microsoft e isto é saudável num mercado que há competição, proliferam melhores produtos, como parece que o Seven poderá ser em relação ao Vista. Por isso, hoje quer sejamos utilizadores de Windows, Linux ou Mac OS X, devemos ter uma visão serena quanto a esta competição em que somos nós (utilizadores de sistemas informáticos) que beneficiaremos.
Fontes: