Como é sabido, nos sistema Unix/Linux existe a directoria /dev é por omissão o local onde se encontram todos os ficheiros virtuais que representam dispositivos. Esses ficheiro virtuais podem posteriormente ser associados a dispositivos físicos reais.
O comando mount é utilizado para montar um dispositivo na hierarquia do sistema de ficheiro do Linux. No entanto este processo de mapeamento (via linha de comandos), nem sempre é simples e gera sempre algumas dúvidas a alguns utilizadores menos experientes.
E que tal um aplicação que apresente um interface gráfico para realizar o mount, onde facilmente pudéssemos definir a origem/destino, tipo de sistema de ficheiro a usar e até definir parâmetros de segurança?
e-Mount é uma ferramenta gratuita para Linux que permite montar, cifrar e gerir facilmente imagens em disco e outros dispositivos físicos. O sistema de cifra baseia-se em cryptsetup que implementa a criptografia de disco LUKS.
Principais características
- Criar imagens de disco normais ou cifradas usando um dos seguintes sistemas de ficheiros: ext2, ext3, ext4, FAT-16, FAT-32, HFS, HFS+, NTFS, ReiserFS e XFS.
- Criar volumes cifrados a partir de discos físicos.
- Montar as partições do sistema e discos virtuais através de um interface (GUI) intuitivo.
- Suporte para imagens .iso
- Suporte para imagens de grande dimensão (ext2, ext3, ReiserFS e XFS)
- Suporte para todas as cifras e algoritmos de HASH fornecidos pelo sistema operativo
Depois de instalado, o eMount está disponível em System Tools->eMount
O eMount permite criar um uma imagem, um novo volume cifrado ou simplesmente montar uma imagem/dispositivo físico no sistema.
Depois todo o processo de mapeamento quase intuitivo para o utilizador. Definir a Source, escolher o Mount point, definir o tipo de sistema de ficheiro e no caso de pretendemos cifrar o mapeamento, podemos usar a opção Encrypted device.
As imagens montadas aparecem no menu inicial da aplicação, permitindo ao utilizador activar/desactivar as mesmas de forma muito simples.
Esta é uma aplicação que me cativou pela sua simplicidade e utilidade. É certo que o processo de montar dispositivos físicos tem evoluído, sendo automaticamente reconhecidos pelo sistema. No entanto, para um utilizador com menos experiência no mundo linux e que por exemplo pretenda montar um imagem .iso, o mount via terminal pode não ser a melhor opção (numa fase inicial).