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Blackbox – O lado colorido do negro…

Como todos sabem ou deviam saber, em Linux, felizmente não somos obrigados a usar uma dada interface, essa interface é na realidade um gestor de janelas, e neste campo temos imensas alternativas e escolhas, hoje o artigo é sobre o Blackbox, um dos mais leves e rápidos gestores de janelas para Linux e Unix, funciona também em MacOS e tem uma versão para Windows, mas não vamos entrar por aí. Para começar e para também aliciar, deixo um bonito screenshot:

A ideia deste guia, é a de especialmente meter o Blackbox a funcionar sem grandes problemas, o mais facilmente possível, prontos para começar?

1. Primeiro, vamos instalar o Blackbox, procurem o pacote do mesmo nos repositórios da vossa distribuição, mas verifiquem que estão de facto a instalar o gestor de janelas e não o jogo, também chamado Blackbox. Caso usem Ubuntu é mais rápido irem ao terminal e escrever:

“sudo apt-get install blackbox”

Nota: Verifiquem se o pacote XTerm está instalado, até recomendo a sua reinstalação, em algumas distribuições, recomendo que tenham também o Konqueror instalado, e se possível, tenham o KDE com o tema de ícones Tango.

2. Terminem a sessão, iniciem-na agora no Blackbox. O quê não gostam? Azar, fim do artigo… A gozar, claro, ainda temos muito pela frente. E menu de aplicações? Não há, só têm um menu que aparece quando clicam com o botão direito na área de trabalho, mas não tem nada! Na realidade têm o suficiente para começar.

3. Vamos começar por algo inútil, vamos coloca a barra no topo, como? Olhem para a imagem, botão direito sobre a mesma, Placement > Top Center.

4. Agora vamos a coisas mais sérias, vão ao menu do botão direito e seleccionem Xterm, vai abrir um terminal,como aparece na imagem e escrevam exactamente o que lá se encontra, e nada de “sus” e “sudos”, não estamos a trabalhar com a conta root, agora vamos criar as pastas que serão muito úteis, escrevam simplesmente:”mkdir ./.blackbox && mkdir ./.blackbox/backgrounds && mkdir ./.blackbox/styles”

5. A seguir vamos abrir a pasta que acabamos de fazer, neste caso vou usar o Konqueror, escrevemos agora:

“konqueror ./.blackbox/”

6. Vamos criar um ficheiro de texto chamado “menu”, sem qualquer extensão, só “menu”, mais nada.

7. Agora abram o ficheiro de texto e escrevam o que meti na imagem, onde está escrito Mandriva podem meter o que quiserem, desde o vosso nome a Blackbox tudo o que quiserem, se não têm a Konsole instalada, podem escrever XTerm. O que se quer é que escrevam mais ou menos que se encontra aqui, está bem?

8. Editar o ficheiro de configuração, podemos usar o Kwrite para tal ou outro programa qualquer de edição simples, pode ser o Gedit, ou mesmo o Emacs, se quiserem um destes últimos, limitem-se a escrever o nome do programa que querem em vez de “kwrite”.

9. Com o programa de texto aberto vamos lá a entrada que diz “session.menuFile:” e escrevam a localização do ficheiro “menu” anteriormente criado, no nosso caso:

“/home/[nome de utilizador]/.blackbox/menu”

A partir deste momento o menu que existe foi aquele que escrevemos.

10. Estão a ver, eu bem vos disse… Agora deixo aqui a cópia do ficheiro que usei, no meu menu, modifiquem a vontade mas a ideia é que vocês percebam como funciona, e acreditem não é difícil:

[begin] (Mandriva)

[exec] (Home) {konqueror /home/miguel/} [exec] (Computador) {konqueror devices:///}

[submenu] (Aplicações) [exec] (Fille-Roller) {fille-roller} [exec] (Gedit) {gedit} [end]

[submenu] (Internet) [exec] (Opera) {opera} [exec] (Epiphany) {opera} [exec] (Evolution) {evolution} [end]

[submenu] (OpenOffice) [exec] (OpenOffice Texto) {oowriter2.2} [exec] (OpenOffice Cálculo) {oocalc2.2} [exec] (OpenOffice Apresentação) {ooimpress2.2} [exec] (OpenOffice Desenho) {oodraw2.2} [exec] (OpenOffice Base) {oobase2.2} [end]

[submenu] (Imagem) [exec] (The GIMP) {gimp-remote-2.4} [end]

[submenu] (Multimédia) [exec] (Banshee) {banshee} [exec] (Totem) {totem} [end]

[submenu] (Sistema) [exec] (Centro de Controlo) {/usr/sbin/drakconf} [exec] (Gestor de Programas) {rpmdrake} [exec] (Konsole) {konsole} [exec] (Gestor de Processos) {gnome-system-monitor} [exec] (Aparência GTK) {gnome-appearance-properties} [end]

[submenu] (Temas) {Choose a style…} [stylesdir] (~/.blackbox/styles) [end]

[exec] (Comando) {bbrun -a -w} [restart] (Reiniciar) {} [exit] (Sair) [end]

Nota: a não ser que usem Mandriva, alguns destes atalhos não iram funcionar no vosso PC, nomeadamente o Centro de Controlo e o Gestor de Programas.

11. Agora podem sacar os ficheiros .zip que estão no fundo do artigo, que são algumas imagens e alguns temas para o Blackbox, extraiam nos nas pastas com os respectivos nomes, e seleccionem um tema qualquer para assim poderem ver o Blackbox com nova cara.

12. Aqui está a maneira mais fácil de mudar o fundo da área de trabalho, usando o comando:

bsetbg /home/[Nome de Utilizador]/.blackbox/background/[nome do ficheiro].[extensão do ficheiro].

Esta é uma das imagens que se encontram no ficheiro .zip, que se encontra no fundo do artigo, e eis o resultado entre um tema “novo” e a imagem:

Experimentem, desfrutem vão descobrindo, porque este é de facto um gestor de janelas com muito para dar, apesar de morto, tem descendentes que traem cada vez mais utilizadores, e por alguma coisa é…

NOTA: Este artigo foi elaborado por Miguel Guerreiro para o Pplware.

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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

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