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Videojogos invadem Lisboa com Microsoft Game Dev Camp

Encontra-se a decorrer durante o dia de hoje, o Microsoft Game Dev Camp, em Lisboa.

O evento realiza-se nas instalações da Microsoft localizadas no Parque das Nações onde, pelo segundo ano consecutivo, a Microsoft reúne alguns dos melhores produtores de videojogos nacionais e muitos interessados no tema.

Como não poderia deixar de ser o Pplware marca presença no evento e traz aqui a primeira parte de um dia que se encontra a ser memorável.

Microsoft Game Dev Camp

O Microsoft Game Dev Camp encontra-se a decorrer em Lisboa, nas instalações da Microsoft sendo a segunda vez que este evento é realizado. Pode-se dizer que 2014 foi o ano da estreia mas este ano é certamente o da consagração.

Este evento tem como principal objectivo o acompanhamento e incentivo ao desenvolvimento de videojogos em Portugal. A iniciativa passa também pela criação das condições necessárias para que mais jogos nacionais surjam e que mais estúdios se vão conseguindo levantar e lançar as suas ideias. Trata-se, sem dúvida, de um evento de videojogos para produtores e amantes de videojogos.

Se o evento do ano passado já foi um sucesso o de 2015 maior sucesso está a ser … tanto ao nível apresentações e respectivos conteúdos, número de visitantes, de marcas e speakers convidados … a agenda de Microsoft Game Dev Camp 2015 (que pode ser acedida aqui) está recheada de muitos e bons motivos para que todos os que se desloquem a Parque das Nações saiam satisfeitos.

Com inicio às 9:30 horas da manhã o anfitrião Miguel Vicente (Microsoft) deu o pontapé de partida ao Microsoft Game Dev Camp 2015. Nesta apresentação (keynote) que demorou pouco mais de 1 hora e meia, Miguel deu a todos os presentes, uma noção daquilo que o dia de hoje terá para os visitantes e convidados.

Miguel Vicente deu assim o mote e de uma forma bastante descontraída começando por fazer uma breve análise ao evento do ano passado que, superando largamente todas as expectativas deu maior força e motivação para a realização da edição deste ano.

E, conforme foi possível verificar inloco, o número de participantes e visitantes da edição de 2015 foi claramente um sucesso … só no Keynote a sala rapidamente encheu e muitos dos espectadores teve de ficar em pé nas paredes laterais, nas escadas e ao fundo. Uma sala que deverá levar bastante mais de 300 pessoas estava repleta com pessoal ansioso pelas novidades que iriam surgir em breve.

 

35 oradores de grande qualidade

No cardápio, mais de 35 oradores (mais algumas surpresas pelo caminho) apontando para um dia inteiro de divertimento, revelações, emotividade e jogos … muitos jogos.

Miguel Vicente continuou então a sua fase inicial da apresentação, fazendo uma breve alusão às parcerias que possibilitaram a realização deste evento, mencionando marcas como a MiniClip, Gamelof, Nerd Monkeys, InDot, entre outras.

De seguida, Miguel Vicente convidou ao palco Caroline Philips, Directora para a área de Desenvolvimento e Empreendedorismo. Caroline, que entrou na Microsoft com o objectivo claro de aproximar ainda mais a companhia das dos produtores (developers, profissionais de TI, startups e estudantes) começou por revelar que Portugal está a conseguir, aos poucos, sair da letargia em que se encontrava. 

Segundo números apresentados por Caroline, nos últimos 3 anos Portugal desenvolveu mais jogos que nos últimos 30 anos. É um sinal, sem dúvida de que Portugal tem o valor e o potencial … falta por vezes, a coragem e o capital necessário.

O próximo a ser chamado ao palco foi Petri Wilhelmsen, um norueguês Program Manager da Microsoft que voltámos a encontrar mais tarde e que neste seu primeiro momento teceu algumas palavras acerca de User Interfaces dos videojogos e da forma que a plataforma Universal Windows Platform se reveste de especial importância no desenvolvimento de jogos sobre Windows.

Além de mencionar ainda algumas das vantagens do desenvolvimento com as APIs Windows 10 (que permitem desenvolvimento cross-platform) mostrou ainda algumas particularidades da mais recente versão de Visual Studio que podem ser usadas para melhorar o desenvolvimento de jogos, com esta ferramenta.

 

A cloud no desenvolvimento de videojogos

Acabou esta primeira aparição com uma demo desenvolvida em Visual Studio, no qual demonstrou alguns pedaços de código que permitem interacção com Cortana, Speech Syntesys e Speech Recognition.

De seguida foi a vez de Luís Calado surgir no palco. Calado é um Technical Evangelist da Microsoft, como gosta de ser designado e veio demonstrar o poder e as mais-valias do uso da cloud no desenvolvimento de videojogos. Como Luís Calado referiu, esta é a “parte invisível dos videojogos” mas que não deixa de ter uma importância crucial para o jogo e seu desempenho.

Mostrou ainda na sua intervenção um trailer de um jogo que muitos de vós já devem ter visto na Gamescom ou na E3, CrackDown 3 (a sair em 2016) e que é o exemplo mais visível deste paradigma de desenvolvimento de videojogos. O lema de Calado, pode ser descrito como “power the cloud to enhance games“.

Luís Calado referiu ainda todo o conjunto de mais-valias que os serviços cloud da Microsoft possibilitam aos developers, tanto a nível de comunicações (TCP, UDP, …), interoperabilidade (Twilio, Sendgrid, …), métricas, Game Services (Facebook, Twiter, …).

 

ID@Xbox

Entretanto, uma breve subida a palco para Agostino Simonetta, responsável europeu pelo ID@Xbox, o programa que permite a criadores independentes de videojogos publicarem jogos na consola Xbox One e para o novo Windows 10.

A ideia é a de se criarem mais e melhores condições para que os developers (indies) possam rapidamente e facilmente ter todas as ferramentas à sua disposição para o desenvolvimento de jogos. Mas para todas as fases de desenvolvimento de um videojogo e estamos a referir-nos a, programação, storage, media, marketing, … ou seja, um apoio continuo e transversal a todo o processo de desenvolvimento de um videojogo, tanto para Xbox One como para Windows 10.

Resumidamente Simonetta, referiu ainda algumas mais valias de se registar um ID@Xbox:

Alguns números que Simonetta revelou apontam ainda para mais de 1000 developers já registados no programa ID@Xbox, com mais de 150 jogos lançados desde a Gamescom 2015 …

 

What happens Home?

Miguel Vicente voltou ao palco novamente para abrir caminho para um outro tema … “What happens Home?” e para este capitulo, Ivan Barroso foi o orador que se seguiu.

Ivan Barroso, professor do curso Multimedia Applications & Videogames”  da Lusófona e historiador de videojogos fez, no seu “tempo de antena” uma clara alusão à forma como o panorama nacional de desenvolvimento de jogos se encontra a mudar … para melhor. Voltou a referir números semelhantes aos que Caroline Philips mencionou e adiantou ainda em termos de curiosidade que, em 2010 haviam 13 estúdios de desenvolvimento em Portugal e que actualmente existem mais de 80.

De referir que Ivan Barroso é o autor de 3 livros na área de videojogos, “História dos videojogos – A génese da indústria“, de “Service Games: The rise and fall of Sega” e de “(R)Evolução Interactiva – Enciclopédia visual de videojogos“.

Por fim, e como um teaser para a sua apresentação da parte da tarde, deixou no ar algumas palavras sobre os jogos em desenvolvimento actualmente em Portugal …

E por falar em jogos novos … Miguel Vicente voltou ao palco e, desta feita, para apresentar alguns jogos que estão em desenvolvimento (ou que já saíram para o mercado) dando à audiência alguns momentos altos de euforia e satisfação.

 

O que se vai fazendo por cá

Smash Time” da Bica Studios, “Greedy Guns” dos Tio Atum Studios, “Drawn to Light” da B5 Studios, “Quest of Dungeons da Upfall Studios … foram alguns dos títulos em destaque.

Tiago Loureiro (Raindance LX Studios) também fez a sua subida ao palco para falar um pouco de “Between me and the Night“, jogo que acabou de ser lançado e que já pode ser adquirido no Steam. Tiago ainda mencionou uma outra iniciativa na qual está envolvido de apoio a crianças que vivem em zonas de conflito (Palestina, Chipre, …) através dos videojogos.

Por fim, os Nerd Monkeys, na pessoa de Filipe Pina subiram ao palco deixaram no ar a ideia de um regresso de “Murder in Hotel Lisbon“.

Por fim, Luís António acabado de chegar do Canadá falou um pouco sobre a sua experiência na Rockstar, na Ubisoft e sobre o seu projecto actual, “The Witness“.

O tempo corria e o Keynote avançava a largas passadas para o seu final mas não sem antes um especial agradecimento ao parceiro do evento, Miniclip que através de Ricardo Vladimiro revelaram algumas novidades do mundo Miniclip, e onde ficámos a saber que os jogos da marca atingiram recentemente os fantásticos 10 milhões de daily users … ou seja, ter quase a população de Portugal a jogar ao mesmo tempo.

O tempo chegou ao fim … e o Keynote terminou sob uma forte salva de palmas que deixava antever um resto de dia magnificamente bem passado.

A Microsoft está de parabéns, o panorama nacional de produção de videojogos está de parabéns!

Os nossos agradecimentos à Microsoft!


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