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The Wheelman – PC, Xbox 360 e Playstation 3

Por Luís Perfeito – LusoGamer – para o Pplware A produtora Midway Studios Newcastle traz-nos um título explosivo, viciante e que vos irá colar ao ecrã durante toda a sua história.

Já anunciado para este ano, o grande ecrã de cinema traz-nos The Wheelman, um filme que irá ter como projecto paralelo um videojogo para as plataformas Xbox 360, Playstation 3 e PC. Enquanto o filme não sai, o LusoGamer apresenta-vos já uma análise detalhada sobre o videojogo protagonizado por Vin Diesel que dará corpo e voz à personagem Milo Burik.


Mas antes de falar do jogo propriamente dito, tenho obrigatoriamente que falar de Vin Diesel, uma personagem com cariz forte e uma personalidade inconfundível O seu trajecto passa por filmes como The Fast and the Furious e Triple xXx entre outros e essa mistura é totalmente direccionada para The Wheelman, ora vejamos: Triple xXx divulga o acrobata que há em Vin Diesel e o The Fast and the Furious mostra o ás ao volante em pleno asfalto. Essa mistura traz-nos este título cheio de acção explosiva. Acrobacias e manobras difíceis ao volante são o prato forte de The Wheelman.

Para colmatar todo esse esplendor, o cenário escolhido pela produtora é uma das cidades mais bonitas da Europa. Barcelona serve de palco para toda esta destruição, onde a guerra entre os gangs mais poderosos da Catalunha parece nunca ter fim. Mas garanto-vos que há, há um fim para tudo e isso cabe a Milo resolver.


Não querendo divulgar spoilers que vos deixem desesperados ao lerem esta minha análise, posso adiantar que Milo Burik é um agente especial, infiltrado para resolver todos os problemas criminais de Barcelona. E como irá os resolver?

Milo apresenta-se como um verdadeiro Wheelman e afirma que não é um assassino por natureza o que ao princípio do seu enredo é completamente falso. Para além de ser um Wheelman, garanto-vos que é um assassino qualificado matando tudo o que mexe para atingir seus objectivos. O seu primeiro é infiltrar-se em todos os gangs mais conhecidos de Barcelona como os, Chulos Canallas (Los Chulos), Los Lantos e os Romanians (Romenos) e tendo o segundo objectivo virar uns contra os outros. E é neste capítulo da história que me fascinou verdadeiramente, a sua dupla personalidade. Sabem que ao longo da história, para fazer morrer um gang, é preciso matar o cabecilha e isso vai acontecer, custe o que custar. O enredo baseia-se em limpar toda a cidade de Barcelona desta escumalha e acabar com os negócios debaixo do pano. Milo Burik está pronto e vocês?


A cidade muito bem retratada vai ser alvo de destruição massiva, tanto em estradas principais, secundárias, parques, armazéns de drogas, passando pelos metros da cidade e em todos os cantos da cidade. Onde está Milo, está a destruição.

A jogabilidade está centrada em vários focus. Podemos conduzir um variadíssimo leque de veículos motorizados de quatro e duas rodas. Fácil é, perceber qual o veículo que condiz melhor com cada missão, dependendo sempre do tipo de acção. Por exemplo, os smarts e as motas são frágeis para os confrontos e os camiões e carrinhas já são o seu forte. Por outro lado e batendo na mesma tecla, os smarts, os Opel Corsas e as motorizadas são mais rápidas no trajecto e os veículos de grande porte são mais lentos, mas nada que não descobrirão logo no primeiro minuto.

A acção e toda a jogabilidade na estranha divide-se em quatro pontos. Quando têm como objectivo acabar uma missão, os contra-tempos são evidenciados pelo inimigo e o nosso ataque passa por uma defesa implacável e como? Esses pontos variam entre disparar para o inimigo, colocando a cabeça fora da janela, empurrando o carro do inimigo pela berma fora até à sua explosão, a possibilidade de saltar de veículo para veículo e por fim executar um verdadeiro “Cyclone”, que passo já a explicar. Mas antes disso, fala-vos um pouco destes pontos detalhadamente.

Em altas velocidades e quando nos deparamos com vários carros ao nosso redor, nada mais fácil que dispararmos para o seu motor ou para as suas rodas. Temos um sistema de mira lock-on e que nos facilita e de que maneira o trabalho. Para fugir a esses veículos, aconselho a dispararem para as suas rodas dificultando ao máximo a condução do inimigo e as diferenças são notórias Podemos também disparar para o motor e esperar que o carro expluda, mas não percam tempo, no capítulo do tiro, atinjam sempre os pneus. Por outro lado temos a possibilidade de bater de lado no nosso carro inimigo. Com um puxar para o lado com o analógico, vemos o nosso carro a efectuar um “chega para lá” até o carro explodir e que desde já aviso que a animação da explosão deixa muito a desejar.

Corpos no ar e feitos de luzes precárias que me deixou triste, pois este tipo de jogo merecia tal afinação. Continuando, entre a jogabilidade na estrada, outro dos pontos fulcrais é a possibilidade de mudarmos de veículo em pleno movimento. Imaginem que o vosso carro está a ser atacado de todas as maneiras e ponto de explodir a qualquer momento; assim, basta procurar um veículo que se encontra à nossa frente e executar um salto de veículos para veículo, entrando Milo por uma das janelas laterais. Faz lembrar Triple xXx, não? Mas é uma poção muito válida, acreditem.

Por último e como vos referi, existe uma manobra completamente fictícia e que só é possível neste tipo de videojogos (ou filmes). Reparem só: Milo Burik consegue fazer com o carro uma manobra de 180º ficando frente a frente com o carro que nos estava a perseguir, andando de marcha-atrás e ainda com a possibilidade de disparar para o carro ou para o inimigo em slow motion, tipo bullet time, simplesmente brutal e que dá sem dúvida uma vida ao jogo fora do normal. Agora, imaginem executar todas estas manobras em alta velocidade…

Já no que toca à acção fora de rodas, Milo Burik vai poder contar com todo o tipo de armas, desde pistolas com munição infinitas, metralhadoras até às caçadeiras, muito úteis em curto alcance e de single shot. Desde invasão a armazéns controlados pela droga, passando por casinos, acabando em igrejas, a acção vai ser frenética, viciante a completamente penetrante. Podem contar com um sistema lock-on, útil para matarmos inimigos a longo alcance como a possibilidade de nos protegermos, pois em todos os cenários, essa é uma das possibilidades. Não se armem em “Rambos”, pois assim a morte é inevitável, principalmente rodeados de agentes de autoridade ou de dezenas de inimigos à nossa volta.

Durante os pontos que descrevi, as missões dividem-se em vários objectivos propostos por cada gang. Milo irá infiltrar-se em todos eles, trabalhando para todos, até que dada altura, todos lutam contra todos. Para terem uma noção, vamos poder enfrentar 31 missões e com 105 missões secundárias. Para seguirem o enredo muito linear, executando todas as principais missões esperem por umas oito, dez horas de jogo, mas optando por missões secundárias então a longevidade aponta para umas 30 horas de jogo.


Interessante e que vos irá deixar agarrado é a maneira que como “ela” foi escrita, parecendo um verdadeiro filme de Hollywood, ou não será esse o verdadeiro objectivo? Milo Burik apresenta-se em todos os gangs como um “chauffeur” pronto para ajudar nos negócios mais sujos de Barcelona e é a partir desse momento que irá ganhar confiança entre os membros de cada gang. Trabalhando para os “Los Chulos” ou para os “Los Santos” para o agente é igual. Milo tem um objectivo e acreditem que o irá cumprir, custe o que custar.

A cidade bela como é Barcelona está retratada até ao último pormenor. É certo que não está um mimo, existem falhas de sombras ou até de iluminação em alguns locais mais escuros. Nas grandes explosões nota-se uma ligeira quebra de frame rate mas nada que incomode o jogador em qualquer tipo de acção. Para quem conhece Barcelona, irão reparar que cada monumento presente está um espectáculo Vários locais foram construídos para levar a acção ao extremo. Contem com monumentos como Plaça de Catalunya, Sagrada Família, Museu Nacional d’Art de Catalunya, Casino Marina e Arc de Triomf entre outros, muito outros. Marginais e marinas estão um luxo e em algumas missões vamos ter que passar por esses locais deslumbrantes.

Outro aspecto menos positivo são as colisões com os peões, as quais são inexistentes. Bem que tentei atropelar ou disparar contra alguém e não tive qualquer resposta por parte do jogo. É como se não existissem… Postes de electricidade, contentores ou outros objectos mais relevantes, nada contribuem para uma realidade mais próxima. Deparei-me em várias situações ao comando de uma mota e bater contra um poste de iluminação e nem um arranhão, nem tombo, nada. É como se não se tivesse passado nada. Realmente de “The Wheelman” perde pontos e de que maneira neste capítulo.


Já as vozes estão excelentes. Certo é que a voz de Milo (Vin Diesel) está um pouco exagerada no que toca aos graves, mas as restantes estão bem trabalhadas. O sotaque dos Romenos está sublime e que dá outra vida à animação. As explosões e o som das armas estão realistas, já as colisões de veículos mereciam melhor afinação. Enquanto estamos ao volante de diversos veículos, podemos sintonizar algumas rádios locais, onde a música é variada, passando sempre pela escolha da música local, a Espanhola. De resto, tudo cumpre para um jogo viciante e cheio de acção.

As palavras são poucas para The Wheelman. Tentei ao máximo não criar spoilers, mas existem situações que vocês próprios irão descobrir e verificar este meu sentimento. Sempre fui fã de Vin Diesel e este jogo tem tudo para dar certo e tornar-se um sucesso para a editora Midway. Pena é que jogos da mesma editora como Stranglehold tenha caído facilmente no esquecimento, que para mim, foi mais um jogão que passou ao lado de muita boa gente.

Conclusão:

The Wheelman foi o jogo que me deixou completamente fiel à sua história e dos melhores jogos de acção jogados nos últimos tempos. Será escusado dizer que para os fãs de Vin Diesel este é um “must have”, mas para os verdadeiros jogadores fãs de acção, este título é compra obrigatória, por muitos defeitos que lhe quiserem colocar.


Homepage: The Wheelman

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