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The Last of Us para PS3 – Análise exclusiva Pplware

Por Joel Caetano para o Pplware

Provavelmente o melhor jogo para PS3…

Quando o jogo foi anunciado, foi grande o entusiasmo ainda para mais vindo de uma grande produtora que é a Naughty Dog, criadora da série Uncharted. Mas ao contrário do que fez com Uncharted, a Naughty Dog quis criar um jogo de sobrevivência.

O jogo passa-se numa era pós-apocalíptica 20 anos após um fungo conhecido como Cordycep se ter propagado e transformado a maior parte das pessoas em monstros, que são denominados de Clickers. Aqui as personagens são: Joel, um sobrevivente e contrabandista; e Ellie, uma menina de 14 anos que nunca conheceu outro mundo a não ser este do pós-apocalipse, porque ela sempre viveu em zonas de quarentena.

Depois de ser infectado, a vítima começa logo a ter sintomas de violência e cerca de dois dias depois transforma-se. Completa a transformação, perde completamente a visão mas a audição fica bem apurada, o que dificulta a vida a Joel, quando se quer aproximar dela para a matar silenciosamente. Não vou contar muito da história mas só de frisar que o prólogo é muito forte e emotivo, é o que marca o início da infestação.

O cenário é de destruição! A população está praticamente extinta e as pessoas que ainda existem ou estão infectados ou estão em quarentena. Os mantimentos são muito escassos e a moeda de troca são senhas para refeição. Estas senhas vão servir também para subornar os guardas logo no início para sairmos da zona de quarentena.

Quando via imagens do jogo pensava que ia ser mais um jogo parecido com o Resident Evil, onde andamos a matar monstros. Mas não, claro que há monstros e que se nos mordem uma vez morremos logo, mas os maiores inimigos são os sobreviventes, que nos querem matar a todo o custo, ou porque estamos no território deles e não nos querem deixar passar ou, principalmente para nos sacar os mantimentos. Mas quando lhes apontamos uma arma eles mudam de atitude, começando a dizer para termos calma e para não fazermos nada estúpido.

A jogabilidade é muito parecida à de Uncharted, mas aqui Joel é mais pesado e mais lento, não consegue saltar como fazia Drake, aliás, para passar nalguns sítios onde a distância é maior (por exemplo, de um telhado para outro), temos que procurar um tábua para fazer de ponte para conseguirmos atravessar. O mesmo acontece quando precisamos de subir, temos que procurar uma escada. Aqui Joel pode carregar várias armas, mas não é exagero, porque ele tem uma mochila onde guarda as outras armas, tendo apenas no bolso uma arma pequena (pistola), uma arma grande (Caçadeira…) e algumas bombas. Quando falharem as munições na pistola que estamos a usar, é só ir a mochila e tirar a outra (se a tiver).

Como já disse, aqui os mantimentos são muito escassos, por isso temos que andar a explorar cada canto do cenário para tentar encontrar medicamentos, peças para melhorar as armas, ingredientes para fazer armas improvisadas e munições. Um exemplo disso é que para fazer uma faca improvisada é preciso procurar lâminas e fita-cola.

As armas improvisadas têm utilizações limitadas, cada faca só dá para ser utilizada uma vez e as armas para combate corpo-a-corpo (tacos, ferros, etc.) partem depois de serem utilizados algumas vezes. Existem também armas de arremesso espalhadas pelo cenário (tijolos, garrafas, etc.) que podem ser usadas para atirar aos inimigos para os atordoar e assim ser mais fácil de os apanhar. Mas a principal função dessas armas não é atacar, mas sim distrair a atenção dos Clickers para podermos atravessar sem sermos vistos. Umas das coisas que também gostei bastante foi que, para nos curarmos, o jogo não para, por isso temos que escolher bem o momento para o fazer senão corremos o risco de sermos atacados.

Os gráficos estão deslumbrantes. Os cenários estão muito bem feitos, cada casa tem detalhes impressionantes. Os detalhes dos personagens são do melhor. As expressões faciais condizem bem com o que estão a dizer e a fazer. Fiquei muitas vezes parado em casas a olhar para a destruição e a pensar como aquilo está de tal forma tão detalhado para passar por lá 5 ou 10 segundos.

Aqui interagimos com os objectos que existem que caem quando lhes tocamos. Por exemplo, quando eu estava dentro de uma casa e tinha que matar os infectados silenciosamente, aconteceu que bati num candeeiro que estava na sala, ele caiu e o infectado viu-me e matou-me.

Por fim, o som. Desde o carregamento das armas, aos passos e ao barulho da água quando passamos por ela, está tudo espectacular. A banda sonora é impressionante, tanto nos momentos de tensão, como naqueles momentos de maior tristeza ou solidão. O jogo está totalmente traduzido em português com as vozes muito bem sincronizadas com as expressões. Mas claro para ter uma experiência mais real nas falas é preciso jogá-lo em inglês.

O jogo é mito intenso, com muitas reviravoltas e com cenas muito sangrentas e muitos palavrões. Eu joguei com vozes em português, que é como sempre faço e digo-vos que nunca gostei tanto de uma dobragem como a deste jogo. Não é só por conter palavrões (que não são poucos) mas também porque os actores conseguiram passar para as personagens os sentimentos e quando assim acontece fica muito bom.

Para acabar, aconselho vivamente para que tem uma PS3 a comprá-lo. Se há jogo que vale o dinheiro que pedem por ele, esse jogo é este. O jogo ainda é grande, passa-se numa média de 16/17 horas, dependendo também se exploram muito as áreas ou não. Gosto muito destas histórias pós-apocalípticas. Posso afirmar com toda a certeza que este foi o melhor jogo que já joguei na PS3 e espero que haja mais assim agora com a PS4 aí a porta.

De referir que o jogo estará disponível para todos a partir de amanha!


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