Declarações recentes de Tero Virtala, CEO da RedLynx vieram colocar mais uma vez a nu, a questão da pirataria.
Em declarações recentes à comunicação social, Virtala admitiu que a empresa, responsável pelo grande hit para N-Gage: “Pathway to Glory: Ikusa Islands”, não se coíbe de usar meios de transmissão de jogos ilegais como os Torrentz para lançar versões incompletas dos seus jogos para PC.
Esta é uma estratégia que acima de tudo tenta tirar um pouco de proveito deste fenómeno cada vez mais presente no mundo dos videojogos (especialmente nas plataformas mais antigas). Ainda segundo Virtala, o objectivo final da disponibilização intencional dos títulos nestes canais alternativos, serve para aguçar o apetite dos jogadores, para que queiram comprar as versões oficiais do jogo após os testarem.
Estas declarações vêm atirar mais um pouco de lenha para a fogueira que é este assunto tão complexo – Pirataria.
A questão não é recente… Praticamente desde o aparecimento dos primeiros videojogos que este problema existe, no entanto, com o cenário económico actual (clima de recessão e de medo, quebras de vendas de videojogos atingiram os 6% no 3ª Trimestre deste ano, no Japão, Reino Unido e Estados Unidos), estamos ou estaremos prestes a presenciar um ponto de fulcral importância nesta área.
Dados dum estudo recente levado a cabo no Reino Unido indicam-nos que 50% das equipas de desenvolvimento de videojogos, tentam ou esperam encontrar novas maneiras de combater a pirataria (seja por distribuição digital, por subscrição de serviços ou mesmo pelo lançamento de jogos totalmente patrocinados por publicidade), embora apenas 10% considerem este fenómeno como um problema realmente grave.
No caso mais particular da pirataria Peer-to-Peer, 60% das produtoras ainda a vê como um risco pequeno para o seu negócio, enquanto apenas 10% a consideram como um dos grandes problemas da indústria.
A discussão está lançada…
Se por um lado as equipas de desenvolvimento tentam arranjar modos de evitar e combater a pirataria, por outro também podem tentar usá-la em seu proveito e é precisamente isso que companhias como a RedLynx tentam fazer… com sucesso?
Vamos ver…