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O Futuro dos esports  estará em debate em Portugal

Chegamos a uma época em que até na televisão aberta são emitidos torneios de esports e, em outros países tomam já uma dimensão inesperada com estádios cheios e prémios, já de vários milhões, contando já com uma audiência de 308 milhões de pessoas.

Sendo já um mercado de 906 milhões de dólares (dados de 2018), estima-se que em 2021, os esports movimentem 1,7 mil milhões de dólares, transformando o gaming numa indústria maior que muitos desportos profissionais tradicionais.


Estas afirmações parecem até absurdas, ainda mais num mundo dominado pelo futebol — muitos nem consideram o gaming um desporto. No entanto, seria fundamentalismo não considerar esports um desporto, quando, por exemplo, estão oficializados como desporto modalidades como o xadrez, golfe e atividades olímpicas como o tiro. O único consenso é que um desporto envolve um desafio e algum tipo de resultado.

Há 10 anos, era ainda um problema encontrar uma marca com interesse em patrocinar eSports. Em Portugal, a realidade é ainda um pouco tímida, mas já desperta grandes interesses. Foi com grande surpresa que em 2016 se viu o Sporting a ser o primeiro clube nacional a apostar nos eSports enquanto modalidade.

Hoje, temos eventos anuais como a Lisbon Games Week com mais de 55 mil visitantes e a televisão pública criou o canal RTP Arena  – uma plataforma online dedicada à transmissão e divulgação de campeonatos nacionais e internacionais de jogos eletrónicos, tendo até tempo de antena regular na RTP1.

 

O que faz um bom jogo de eSports? Como se cria a comunidade e entusiasmo à volta do mesmo? Como se colocam 200 milhões de pessoas a assistir ao campeonato mundial de League of Legends ou mais de 140 mil pessoas a assistir diariamente a “streamings” de Fortnite?

Muito se evoluiu desde os tempos do Doom nas casas de Arcade. Com o surgimento dos computadores pessoais e, posteriormente, com a adaptação da internet banda larga a partir dos anos 2000, veio também o aumento do número de jogadores.

Curiosamente, acredita-se que esse aumento foi influenciado pela crise financeira da Ásia em 1997 — onde a taxa de desemprego elevada levou a que muitas pessoas procurassem outras formas de ocupar o tempo (tendo a Ásia ainda hoje uma fatia maioritária no número de jogadores e entusiastas). Ao ocupar o tempo desta forma, acabou por ser bem mais do que um hábito — já não era só um hobbie pessoal, mas sim um modo de criar relações com terceiros e interagir com heróis de jogos que nos apaixonam.

Um ambiente mais próximo no mundo dos eSports

Ao contrário dos desportos profissionais onde as estrelas geralmente são inalcançáveis, nos eaports os jogadores são mais acessíveis — é fácil interagir com os mesmos, através dos streaming, redes sociais ou mesmo no jogo. E isto permite criar uma relação interpessoal, por afinidade e semelhança, pois, afinal estes heróis são pessoas como nós.

Estes fatores, acompanhados por vários aspetos de um jogo que desperta o nosso imaginário, é entretenimento puro, onde todos somos iguais. Mão existe fórmula mágica para criar um jogo esports, e há muitos aspetos deste ecossistema em constante evolução que são muito discutíveis.

Todas estas e outras circunstâncias despertaram o interesse da indústria que não se importa se é ou não desporto — é um negócio.

À semelhança de outros meios, os desportos eletrónicos agora também movimentam elevadas quantias de dinheiro — basta olhar para os prémios dos últimos torneios, em que o Dota 2 teve um prémio de 25 milhões de dólares.

E, tal como a sociedade de economias capitalistas já nos habituou, onde há dinheiro, há sempre a tentativa de criar monopólios — desde organizações com equipas profissionais em vários jogos até às empresas que detêm os jogos.

Qual o Futuro dos eSports?

Para responder a estas e a outras questões, no dia 7 de dezembro, véspera do Devfest’18 Lisboa, irá acontecer um debate sobre o Futuro dos esports, moderado por Pedro Pinto (Pplware). Este evento é gratuito e aberto a todos, não sendo necessário bilhete. O evento realiza-se às 19 horas no Fórum Telecom — Picoas (Edifício Altice) – ver aqui ou através da página do Facebook.

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