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Far Cry 2 – Análise

Far Cry está de volta com uma nova aventura. Desta vez viajamos até ao continente africano, onde por de trás das belas e vastas paisagens, se esconde uma terrível realidade.

Ao contrário do primeiro título, a Crytek não esteve por trás do desenvolvimento de Far Cry 2, essa responsabilidade coube antes à Ubisoft Montreal, que teve perante mãos um verdadeiro desafio de trazer aos jogadores um título capaz de fazer o mesmo feito que o Far Cry original.

Far Cry 2 é totalmente diferente do seu predecessor, pois não há qualquer ligação na história, bem como a inexistência de monstros, virando-se agora para um mundo real. Para tal a Ubisoft desenvolveu um novo motor gráfico especificamente para Far Cry 2, capaz de reproduzir com um realismo impressionante toda uma paisagem africana, bem como as suas variações climatéricas.

O principal objectivo é encontrar e matar um poderoso traficante de armas conhecido por Jackal, responsável por fornecer armamento a duas facções rivais que surgiram após o colapso do governo local. Para isso iremos explorar florestas, savanas, aldeias e vilas, completando diversas missões da forma como bem entendermos, criando amizades ou rivalidades com outros mercenários. De salientar é o facto de que cada acção que tomarmos ao longo do jogo, irá afectar de alguma maneira os acontecimentos futuros, havendo assim um grande dinamismo à volta de toda experiência.

No que toca a armas, temos as do costume deste tipo de jogos, juntando ainda cocktails molotov, machetes, e o belo do lança chamas! Uma particularidade interessante é o facto das armas se degradarem com o tempo, encravando por vezes nos momentos menos oportunos e podendo mesmo explodir.

Numa vasta área de 50 Km² é essencial a existência de veículos para nos deslocarmos facilmente, por isso podem contar com carros, jipes, barcos, e até a clássica asa delta, existente também no primeiro Far Cry. Porém podem apanhar o autocarro que nos leva directamente à paragem escolhida. Tal como as armas, os veículos também se avariam, porém podemos dar uso às nossas skills de mecânico, e repara-los no momento.

Cabe ao jogador decidir a forma como as missões são feitas. Tanto pode optar por entrar a matar contra tudo o que se mexe, como optar por uma aproximação mais táctica esperando pelo cair da noite (podemos avançar no tempo), infiltrando-se silenciosamente no local do objectivo.

O multiplayer é um grande extra a juntar à vasta experiência singleplayer. Nele iremos encontrar 4 modos de jogo (Deathmatch, Team Deathmatch, Capture The Diamond e Uprising) bem como 6 classes diferentes e 14 mapas de origem. Para não bastar ainda nos brindam com um editor de mapas em tempo real, bastante intuitivo de forma a que pessoas que nunca criaram mapas anteriormente possam dar asas à imaginação e criar verdadeiros campos de batalha, enriquecendo ainda mais o modo multiplayer.

Graficamente Far Cry 2 é absolutamente espantoso! A equipa da Ubisoft viajou de propósito até África para recolher variadíssimas informações à cerca do ambiente que se vive por lá, bem como de toda a flora e fauna, conseguindo tornar o jogo realmente credível. Os personagens esses estão super detalhados, bem como as armas, veículos e todo o ambiente envolvente.

Impressionante é também a recriação de diversos elementos naturais, tais como o fogo que se propaga de forma realista, o vento que se manifesta em toda a vegetação, e o ciclo noite/dia, onde 1 minuto na vida real corresponde a 5 minutos no jogo.

No que diz respeito ao som, esse está muito bom e detalhado. No entanto os diálogos podiam estar muito melhores. Alguns personagens não parecem suficientemente convincentes a falar, e abordam-nos duma maneira que por vezes, apesar de ser a primeira vez que nos vêem, parece que já nos conhecem há muito, e acaba por ser um pouco estranho.

Far Cry 2 proporciona-nos muitas e longas horas de divertimento, tanto a seguir a história como simplesmente a fazer o que nos der na cabeça. As vastas paisagens africanas dão uma enorme sensação de liberdade, por onde nos podemos deslocar sem restrições.

Os diálogos dos personagens poderiam estar mais elaborados, no entanto isso não faz com que a diversão se perca. Os modos multiplayer e o editor de mapas vêm dar uma enorme longevidade à já longa experiência singleplayer. _________________________________________________________________________

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Sem dúvida que este ambicioso projecto da Ubisoft Montreal foi cumprido com êxito. Far Cry 2 é uma óptima escolha para este Natal.Classificação: 8.5 / 10 Plataformas: PC (Windows), Playstation 3 e Xbox 360.

NOTA: Este artigo foi escrito pelo Ricardo Afonso para Pplware.

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