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Ex-executivos da Ubisoft foram detidos durante investigação sobre abuso sexual

Muitos nomes de peso do mundo tecnológico também passam por fases menos boas. A Ubisoft, por exemplo, conhecida pelo seu importante papel na criação de jogos, passou por um momento conturbado em 2020 devido a episódios de assédio sexual. E agora, alguns dos seus ex-executivos foram detidos durante as investigações do caso.


Ubisoft: caso de assédio sexual já levou à detenção de ex-executivos

Como forma de contextualizar para este assunto, no ano de 2020, em plena pandemia da COVID-19, começou a surgir a notícia de pessoas ligadas a cargos de liderança da Ubisoft envolvidas em casos de assédio sexual. Nessa altura, várias pessoas foram demitidas da criadora de jogos francesa e a empresa começou a reorganizar a sua estrutura de gestão.

Agora, três anos após as denúncias, a investigação continua a desenrolar-se e, por conseguinte, a polícia francesa começou a deter alguns dos ex-executivos envolvidos no caso. De acordo com o jornal Libération (via Kotaku), pelo menos cinco ex-executivos da Ubisoft foram detidos e começaram a ser interrogados sobre o caso de assédio sexual.

Entre os detidos encontram-se o ex-vice-presidente Tommy Francois e Serge Hascoet, que era braço direiro do atual CEO Yves Guillemot. Os inquéritos começaram na terça-feira (3) e as suas declarações podem então ser usadas pela produradoria da justiça caso o processo criminal seja iniciado.

Assassin’s Creed é um dos jogos mais populares da Ubisoft

Hascoet, por exemplo, foi acusado de fazer comentários sexistas inapropriados com bastante frequência durante as reuniões da empresa. Já Francois terá tentado beijar uma funcionária que estava a ser agarrada por outra pessoa durante um evento festivo. Ambos os executivos foram demitidos em julho de 2020.

Quando tiveram início, em 2020, as acusações de abuso sexual na Ubisoft envolviam pelo menos 50 pessoas que trabalhavam na empresa. Foi referido que a criadora de jogos criou uma cultura baseada num “clube de rapazes” onde as mulheres eram assediadas com frequência e tinham menos oportunidades de evolução no local de trabalho.

Num comunicado oficial enviado à Kotaku, a Ubisoft disse apenas que não sabe o que aconteceu durante os interrogatórios e não pode fazer comentários sobre a situação atual.

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