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Bartlow’s Dread Machine, regresso às origens dos videojogos

Mais que um mero jogo, Bartlow’s Dread Machine representa uma viagem no tempo de mais de 1 século para trás até ao momento de uma invenção pouco conhecida: o primeiro jogo interactivo.

Agora, numa parceria entre a Beep Games e os estúdios Tribetoy, este jogo vai chegar às consolas e PCs.


Há mais de um século atrás, em 1907, um inventor de nome Arthur Harrington Bartlow pôs mãos à obra e investiu parte dos seus bens na criação de uma invenção que, apesar de não ter tido o sucesso que desejava (levou Arthur à bancarrota), foi uma das primeiras abordagens aos videojogos.

Isto tudo ocorreu muito antes ainda da sociedade ter entrado numa era avançada onde a electrónica e tecnologia fazem parte do quotidiano. A avaliar pela informação disponível, tratava-se de um mecanismo mecânico e movido a electricidade que permitia controlar o personagem através de percursos pré-determinados sendo necessário disparar contra inimigos que surgiam.

Recentemente, e passados mais de 100 anos, eis que a sua infeliz criação chamou a atenção de alguém que finalmente tenta retornar-lhe o sucesso que deveria ter tido na altura.

Tal feito deve-se a uma parceria entre a Beep Games e os estúdios Tribetoy que, com base em diagramas da altura, fragmentos da maquina original e outros documentos do próprio Arthur, estão a reinventar o seu jogo mas desta vez em plataformas bem mais avançadas e… seguras.

A história por detrás de Dread Machine é simples. Um grupo de Anarquistas raptou o Presidente Teddy Roosevelt. Vestindo a pele de um Agente Secreto, o jogador terá de o salvar das mãos dos captores.

Para tal irá percorrer o continente americano, passando por várias localizações como o Central Park de Nova Iorque, as Grandes Pradarias, a cidade de San Francisco, o Canal do Panamá (recém-escavado na altura) ou pelas florestas tropicais da América do Sul.

Bartlow’s Dread Machine é apresentado como um arcade shooter extremamente intenso que poderá ser jogador tanto em singleplayer como em vários modos cooperativos.

Existem vários Agentes Secretos à escolha do jogador e alguns personagens da época poderão também ser desbloqueados, tais como Annie Oakley (eximia nas artes de disparar e que incorporou inclusive o show Buffalo Bill’s Wild West) ou o General Custer (versão zombie).

O jogo, em desenvolvimento, tenta preservar a aura de inovação e originalidade que a máquina de Arthur Harrington Bartlow tinha na altura. Como podem ver pelo trailer acima, o jogo tentará reproduzir a sensação de se tratar de um jogo mecânico, onde a acção que decorre no ecrã é articulada e controlada como em 1907.

Os cenários e efeitos visuais são também fidedignos em relação ao que Arthur apresentou dando-lhe um carisma genuinamente vintage e rudimentar. Existe um certo encanto nas imagens apresentadas.

Por outro lado a banda sonora ficou ao cargo do compositor Steve Kirk (participou na banda sonora de Star Wars: The Old Republic da Bioware), incorporando instrumentos da época, como gaita de foles e harmónica por exemplo.

Como curiosidade fica parte da descrição do “jogo” feito pelo Grain Speculator Weekly em 1907 acerca da invenção de Arthur Harrington Bartlow:

Esta máquina do Sr. Bartlow é surpreendente. Quando ganha vida, um mundo completo se desenrola diante dos olhos.

Bartlow’s Dread Machine é um dual-stick arcade shooter que chegará no próximo Verão para a Xbox One e para Windows PC (Steam e Microsoft Store).

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