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Análise Yakuza Kiwami (Playstation 4)

A série Yakuza foi lançada em 2005 em exclusivo para a Playstation 2, com o Japão moderno como cenário e os meandros da máfia japonesa como enredo principal.

Yakuza Kiwami é um remake do jogo original e pretende ser uma espécie de sequela para Yakuza 0. Com um visual mais polido e com alguns melhoramentos no gameplay, Yakuza Kiwami leva-nos de regresso à primeira aventura de Kazuma Kiryu e mostra-nos o quanto a série tem evoluído ao longo dos anos.


Dez anos após o lançamento original em exclusivo para a Playstation 2, chega-nos às mãos o remake de um grande jogo. Com o nome de Yakuza Kiwami, este jogo transporta-nos às origens da série, mais uma vez na pele de um dos grandes personagens dos videojogos – Kazuma Kiryu -, um gangster que acaba de ser libertado da prisão. O primeiro capítulo do jogo situa-se nas horas anteriores à prisão de Kiryu e serve, não só de introdução à história, mas também de tutorial para o resto do jogo. Há desde logo a perceção de que estamos perante um jogo extremamente agradável de se jogar e com uma história cativante que continuamente nos motiva a avançar e a tentar perceber o enredo na sua totalidade.

Uma boa parte da ação ocorre nas ruas de Kamurocho e é interessante observar a forma como o design do jogo e a atenção dada ao pormenor nos transportam até ao Japão moderno. É um prazer percorrer as ruas e sentir a atmosfera que nos rodeia. Os neons, as pessoas, a mistura entre a tradição e a modernidade estão extremamente bem conseguidos, sendo evidente uma grande preocupação em atingir um elevado grau de verosimilhança.

As vozes dos personagens também contribuem – e de que maneira – para a atmosfera geral do jogo. Não se ouve uma única palavra que não seja em japonês, quer de todos os NPC’s com os quais interagimos, quer em conversas soltas que vamos ouvindo nas ruas enquanto nos deslocamos.

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Outro aspeto bastante presente em Yakuza Kiwami são os combates corpo-a-corpo, que se revelam extremamente dinâmicos e desafiantes. São inúmeros os golpes que podemos utilizar e várias as técnicas que podemos adotar, mais defensivas ou até mesmo mais brutais. E é bom que dominemos o máximo de técnicas e movimentos de luta: as oportunidades para entrar num combate são mais do que muitas e, por norma, poucos são os confrontos apenas contra um adversário isolado.

Um dos principais golpes – e bastante útil também – é o Heat Attack. Assim que acumulamos a quantidade certa de energia, podemos fazer uso deste ataque brutal aos nossos adversários, suficiente, muitas vezes, para os deixar K.O.. Com apenas um botão podemos golpear o opositor de forma decisiva: é um movimento muito fácil de utilizar e que, ao fim de algum tempo de jogo, é usado quase sem pensar.

Um dos maiores adversários que vamos ter ao longo do jogo é Goro ‘Mad Dog’ Majima, mais conhecido como Majima Everywere, um personagem jogável em Yakuza 0 e que, neste jogo, se encontra obcecado em lutar contra Kiryu.

Apesar de encontrarmos Majima sempre em circunstâncias distintas e de os diálogos que mantemos com ele serem sempre diferentes e conferirem algum humor ao jogo, ao fim de algum tempo acabamos por sentir que Majima é mais um empecilho do que um desafio.

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Yakuza Kiwami é muito mais do que a história principal; existem inúmeras side quests que podemos jogar e nas quais podemos adquirir pontos de experiência. Estas side quests acabam por ser uma adição interessante ao jogo e que complementam o fio condutor da história principal.

Esta é, sem dúvida, uma remasterização bastante bem conseguida. Porém, o motor de jogo é o mesmo que é utilizado para as consolas da geração anterior e isso retira-lhe o brilho que teria se estivesse totalmente adaptado para a capacidade de processamento da Playstation 4 ou até da Playstation 4 Pro. Não deixa, contudo, de ser um jogo fantástico que dá vontade de jogar.

Veredicto:

Yakuza Kiwami é um excelente jogo, com um enredo cativante e com muitas e boas side-quests. O gameplay é ótimo e isso vê-se bem nos combates corpo-a-corpo. O ambiente onde a ação se desenrola remete-nos para uma qualquer cidade no Japão atual, com uma fantástica conjugação entre o moderno e o tradicional. Joga-se bem e dá vontade de continuar a jogar. O ponto menos positivo reside no facto de ainda utilizar tecnologia das consolas da geração anterior o que, em certas situações, deixa no ar a sensação de que se trata de um jogo já com algum tempo. Ainda assim, Yakuza Kiwami cumpre de forma fantástica.

Yakuza Kiwami

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