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Análise: Umbrella Corps (PC)

Umbrella Corps marca o regresso da popular série Resident Evil aos shooters tácticos em terceira pessoa, com o intuito de criar um jogo frenético, centrado na componente multiplayer.

Será que a Capcom aprendeu com os erros do passado, ou estamos perante mais um “Operation Raccoon City”?

Umbrella Corps é um shooter baseado no universo Resident Evil com mapas, personagens e inimigos baseados na popular série.

Foi desenvolvido pelos estúdios da Capcom com o intuito de criar um jogo rápido, centrado numa componente multiplayer, capaz de competir com as ofertas do mercado dos eSports.

 

História

Embora seja mais direccionado para a componente multiplayer, existe uma pequena campanha onde deambulamos por sete pequenos mapas, coleccionando objectivos e evitando mortos-vivos. O pequeno enredo serve apenas de introdução aos mecanismos do jogo.

Em Umbrella Corps fazemos parte de uma equipa de soldados de elite no exercito privado da Umbrella Corporation, onde nos é incumbida a tarefa de recolher os dados das pesquisas desenvolvidas na empresa e que ficaram espalhados pelo seu enceramento.

 

Apresentação

A apresentação do jogo em geral não é má, mas também não tem nenhum elemento que o destaque de tantos outros jogos do género. Aliás, todo o ambiente aparenta ser sempre igual, com poucas cores e onde muitas vezes os objectos e inimigos confundem-se com o fundo.

Algumas das animações são pouco fluídas, com os movimentos das pessoas a aparentarem robôs. Por vezes as armas parecem fracas ou com pouca potência.

Apesar de tudo, sendo um jogo baseado na série Resident Evil, é sempre bom poder revisitar algumas áreas de outros jogos da série, como a vila de Resident Evil 4.

 

Mecanismo de jogo

Apesar do pequeno modo de história, o foco principal de Umbrella Corps é o multiplayer, onde existem 5 modos de jogo:

Cada tipo de jogo é rápido com cerca de três minutos por ronda, embora grande parte das vezes nem é necessário todo esse tempo para terminar uma partida.

Embora pareça bastante genérico (que o é) existe um elemento Resident Evil neste jogo: espalhados pelos mapas estão zombies, que acabam por parecer mais armadilhas do próprio mapa, que inimigos por si.

As personagens aparentam correr demasiado rápido (parece que têm motores nos pés), o que faz aumentar outro problema do jogo: os mapas são demasiado pequenos, sendo fácil percorre-los de uma ponta à outra em pouco tempo.

Parece que a intenção foi criar uma atmosfera de constante movimento (talvez como Doom 2016), apenas obrigando o jogador a dar voltas ao mapa.

Ao participar em partidas recebemos pontos que nos permite aumentar o nosso nível, que por sua vez abre a possibilidade de adquirir novas armas, modificar as já existentes e alterar a nossa aparência.

É aqui que o jogo mostra uma boa implementação de um sistema de upgrades com um bom nível de combinações, e onde todas as modificações parecem estar acessíveis a todos, se o jogador investir tempo para as desbloquear.

Infelizmente, Umbrella Corps é assombrado por demasiados problemas (glitches), com inimigos a ficarem presos no mapa, paredes que são atravessadas, cair através do chão… enfim, tudo parece mostrar pouco cuidado e pouca atenção nos pormenores.

Depois também há o problema do equilíbrio, com algumas armas a serem demasiado eficazes e também com alguns inimigos a serem capazes de nos eliminar apenas com um golpe (que muitas vezes nem nos toca…).

Por vezes depois de morrer, voltamos ao jogo demasiado perto do inimigo, o que resulta em mortes sucessivas e irritantes.  

Veredicto

Parece que a Capcom teve um pensamento ao fazer Umbrella Corps: vamos fazer um jogo multiplayer (tal como todos estão a fazer), para “ser diferente” vamos usar um franchise de sucesso, e vamos “despachar” este jogo e pô-lo cá fora o mais rapidamente possível…

Bem o resultado está à vista, um jogo pouco inovador, pouco cuidado, aborrecido, e que não faz jus ao nome Resident Evil. É um título difícil de recomendar, mesmo com o seu preço mais reduzido.

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