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Análise Tennis World Tour 2 (Playstation 4)

A NACON e os Big Ant Studios (responsáveis por AO Tennis 2) lançaram recentemente no mercado, Tennis World Tour 2, o segundo round de um jogo que foi lançado em 2018.

Tennis World Tour 2, surge numa altura em que o ténis já recuperou bastante dos tempos de confinamento e, ao longo dos tempos que antecederam o seu lançamento, as notícias deixavam a ideia de que viriam novidades bem interessantes a caminho.

O Pplware já experimentou Tennis World Tour 2.


Tal como tínhamos aqui revelado, Tennis World Tour 2 encontrava-se em desenvolvimento pela Big Ant Studios e prometia trazer o melhor jogo de ténis até à data.

Tal como indicámos no mesmo artigo, a Big Ant recolheu informações e sugestões de milhares de jogadores espalhados pelo Mundo com o objetivo de determinar os pontos-chave a serem melhorados ou mesmo novas funcionalidades a introduzir no jogo.

Muitas dessas sugestões foram ouvidas e o jogo encontra-se com algumas diferenças determinantes para com o seu antecessor. Por exemplo, o próprio motor de jogo foi construído de raiz.


Várias formas de jogar Tennis World Tour 2

Existem vários modos de jogo em Tennis World Tour 2. O principal, para singleplayer, será o Modo Carreira que nesta edição apresenta algumas novidades interessantes.

Tal como noutros Modos Carreira de outros jogos, em Tennis World Tour 2, temos o papel de um jogador de ténis profissional que pretende ascender ao estrelato.

Após uma personalização do nosso personagem, somos lançados no mundo internacional do ténis profissional. É claro, que no início somos um principiante de escalão mais baixo, pelo que os nossos resultados não serão certamente os melhores. Uma das melhores estratégias será talvez a de participar em torneios mais fáceis ou jogos de treino para ganhar XP e evoluir o nosso jogador.

É apresentado ao jogador um ecrã inicial que funciona tanto como calendário, como ecrã de escolha de atividades.

Nesse ecrã, o jogador pode, diariamente, escolher uma atividade para o dia. Há sempre 5 atividades diárias disponíveis e que podem tanto ir de um Torneio internacional, como a um treino, contratar um novo agente ou um novo treinador, participar numa ação de marketing ou mesmo um dia de descanso para recuperar energias.

Desta forma, o jogo não segue uma linha orientadora única e o jogador tem liberdade para participar nos torneios ou desafios que pretender, gerindo a sua vida a seu bel-prazer.

Conforme referi mais acima, no Modo Carreira, existe uma opção de descanso. Isto, pois a componente física é bastante importante, uma vez que é dela que dependem os movimentos e ataques à bola.

A Big Ant voltou a implementar em Tennis world Tour 2, o sistema de cartas, as Skill Cards, que aumentam bastante a componente estratégia do jogo. À semelhança do que se vê noutros jogos de desporto (FIFA, PES, NBA,…) é possível aplicar ao nosso jogador Skill Cards, cada qual com diferentes propósitos.

As Skill Cards acabam por tornar o jogo muito mais interessante e tático. Podemos equipar um número limitado de cartas (5) antes de cada partida. Enquanto algumas duram o jogo todo (as Cartas de Suporte), existem outras (Carta Dinâmicas) que apenas duram o ponto em disputa no momento em que for invocada.

Por exemplo, uma carta aumenta a resistência durante todo o jogo, mas existem outras que aumentam a eficácia do serviço, que convém aplicar antes de servir.

Ao se ganharem jogos e torneios, o jogador vai adquirindo moedas de jogo que podem ser usadas para personalizar o nosso personagem, o seu equipamento e adquirir novas cartas.

Uma das coisas que mais me desagradou foi a forma como o jogo torna mais acessíveis, alguns oponentes. Em vez de a IA desses jogadores ser mais aberta a ataques bem elaborados pelo jogador, o que acontece é que o jogo os torna quase inaptos para a modalidade. São vários os exemplos de jogos em torneios mais simples que venci quase sem tocar na bola. Apenas pelos serviços da IA terminarem todos na rede, ou fora do retângulo.

Relativamente a outros modos de jogo, além de competições online a solo ou em duplas, existe ainda a hipótese de se participar apenas num determinado torneio. Destes, é claro que o grande destaque vai para Roland Garros, com toda a sua exuberância e glamour.

Conforme referi, em Tennis World Tour 2 é possível jogar em doubles, tanto em partidas online como offline, funcionando bem na maior parte das vezes e sendo uma ótima forma de diversão para a família ou amigos.


Vamos bater umas bolas?

Bem, mas no court é que a magia se passa e Tennis World Tour 2 apresenta alguns bons momentos.

Apesar de a entrada dos tenistas em campo ser semelhante, acaba por ser um momento empolgante.

O jogo decorre de uma forma simples. No que respeita a movimentos, o nosso jogador pode fazer pequenos sprints durante o jogo e no ataque à bola, existem 3 movimentos principais ao nosso dispor, o Slice, o Golpe Sem Efeito e o Top Spin.

Algo que deixa boa impressão em Tennis World Tour 2 é a simulação de contactos. Cada diferente tipo de pancada na bola, provoca efeitos distintos na forma como ela sai da raquete e na forma como ela contacta com o piso. E, claro está, cada piso também afeta e de que maneira o comportamento da bola.

O decorrer do jogo é normal. Pressiona-se o botão desejado uma única vez para um Golpe de Precisão, ou pressiona-se um pouco mais para dar um Golpe Forte. A direção da bola é controlada pelo analógico esquerdo. Nada de novo, mas funcional.

Consoante o nível do jogador (modo Carreira) ou do tenista profissional nos outros modos, o Golpe Forte poderá ter uma duração na pressão do botão variável e a mestria consiste em descobrir precisamente esse ponto.


O Serviço

No entanto, a existe um pormenor que demora bastante a dominar: o Serviço.

O serviço é um dos poucos aspetos do jogo que parece não estar completamente bem identificado em Tennis World Tour 2. Segundo o Tennis School (tutorial do jogo) é necessária uma sintonia perfeita de, posicionamento do jogador, timing de pressionar o botão e direção com o analógico esquerdo. Enquanto o Golpe de Precisão é 100% fiável, o Golpe Forte é um caso aparte.

Isto, pois, mesmo fazendo tudo “by the book”, devem haver mais algumas variáveis (escondidas) que não dominamos, terminando em serviços desastrosos.

Tal como no serviço, também no ataque às bolas durante o jogo, podemos usar os Golpes Fortes, ou seja, pressionar o botão respetivo um pouco mais para dar mais força. Na maior parte das vezes funciona, mas há ocasiões em que parece se perder o input e o jogo pensa que queremos movimentar o jogador, perdendo-se assim uma jogada.

Um pormenor que gostei foi o impacto do desgaste do jogador na sua performance, no decorrer dos jogos.


Conforme já referi, graficamente o jogo está bastante atrativo. Os jogadores e os seus movimentos em court apresentam diversidade nas animações consoante o desenrolar das jogadas. No entanto, ainda sofrem um pouco de demasiada rigidez, ou de falta de maior flexibilidade corporal.

Os recintos estão também bastante bem “pintados” no jogo, também eles com detalhe, especialmente com tudo o que se passa no solo). O público encontra-se bastante interativo, acompanhando as jogadas com o entusiasmo normal, mas ainda assim, necessita de uma plástica, pois as suas texturas estão bastante simplificadas.

E por falar em recintos, os principais encontram-se presentes, desde o Estádio Manolo Santana do Mutua Madrid Open, a OWL ARENA de Halle ou os 3 courts de Roland-Garros: Philippe-Chatrier, Suzanne-Lenglen e Simonne-Mathieu.

Para finalizar, convém referir que um dos pontos mais importantes para os principiantes: Tutorial. Sob a forma de uma Escola de Ténis, o jogo apresenta um forte Tutorial que se encontra extremamente abrangente em relação a quase todos os aspetos do jogo. É bastante importante para os primeiros passos (e não só) no jogo.

Veredicto: Tennis World Tour 2

Com o novo motor de jogo, Tennis World Tour 2 sai claramente vencedor face ao jogo anterior. Apesar de alguns grãos de areia na jogabilidade, é bastante divertido de se jogar, a solo, ou em doubles.

Para apreciadores de ténis, é um jogo a ter em conta.

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