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Análise Sonic Generations (Xbox 360)

Uma das marcas mais antigas do Universo dos videojogos é a SEGA, que já cá anda há mais de duas dezenas de anos e que entre outras qualidades teve o privilégio de lançar no mercado, na década de 90 uma das séries de jogos mais antigas deste mundo digital, Sonic.

Sonic será certamente mais velho que alguns de vós que lêem estas palavras e só por isso, por se ter conseguido manter vivo todos estes anos e de boa saúde, está de parabéns.

Para celebrar o vigésimo aniversário de Sonic, a SEGA lançou este Sonic Generations, um jogo com uma história algo diferente do habitual e que acima de tudo tenta ser uma homenagem à longa carreira de Sonic.

 

A história de Sonic Generations começa quando a o picnic preparado pelos amigos de Sonic para festejar o seu aniversário é interrompido por uma entidade maléfica que rapta os amigos de Sonic levando-os algures para localizações perdidas no tempo. Cabe então a Sonic resgatá-los mas … não a um só Sonic, mas a dois Sonics … o Sonic Clássico (baseados nos primeiros jogos da série) e o Sonic Moderno (baseado nos mais recentes).

Gráficos: 8,3

Havendo dois Sonics torna-se essencial que hajam diferenças entre eles e a verdade é que existem e notam-se de várias formas. O nosso Sonic mais velhinho caracteriza-se por ser mais pequeno e por ter um desenho mais antiquado, menos límpido e menos dimensional. Já o Sonic Moderno, cuja jogabilidade é em 3D encontra-se muito mais recheado de cor e de dinâmica.

Os diferentes níveis de Generations foram retirados de alguns dos títulos anteriores e apresentam-se, como seria de esperar, repletos de cor, vida e movimento.

Estão presentes em Generations 3 níveis retirados de Sonic Ultimate Genesis Collection (1, 2, Knuckles), 3 da Dreamcast (Adventure, Adventure 2, Heroes),e 3 dos jogos mais modernos (2006, Colors, Unleashed). Todos os níveis foram retocados e a sua pintura está muito boa.

É bom verificar que, durante o jogo, seja com o Sonic Moderno seja com o Clássico, não há grandes problemas de lag ou de atrofiamentos do jogo, encontrando-se o mesmo fluido como deve ser.

Sons: 8,2

Os sons de Sonic são os sons de Sonic e vice-versa. Não há muito a dizer acerca dos efeitos sonoros do jogo, uma vez que se mantém totalmente fieis à série.

Quanto à música, Generations um encontro entre o passado e o recente apresentando tanto as sonoridades dos primeiros títulos como as dos mais recentes. Generations apresenta em cada momento de jogo um enorme turbilhão de sensações desde excitação por jogar com o Sonic de Última Geração como também nostalgia quando pegamos no Sonic Clássico.

Jogabilidade: 8,3

A jogabilidade de Sonic é uma daquelas coisas que se manteve inalterada, ou pelo menos fiel às raízes do jogo. Sonic Generations não foge à regra e portanto é um jogo de plataformas em toda a dimensão da palavra.

Com poucas combos e maior simplicidade de controlo dos Sonics, Generations apresenta mesmo assim algum grau de dificuldade e uma curva de aprendizagem algo inclinada. Isto porque a jogabilidade com os dois Sonics é diferente. De qualquer forma não é muito difícil de controlar, apenas requer treino.

Grande parte de Generations, e como não poderia deixar de ser, é passado em correrias desenfreadas pelos mais variados níveis, seja numa visualização 2D (Sonic Clássico) ou em 3D (Sonic Moderno).

Após se completar cada nível, desbloqueiam-se algumas side-quests e pode-se passar ao nível seguinte.

As mecânicas de jogo, que por definição de jogo de plataformas se podem considerar algo repetitivas são bastante divertidas e além de passarmos grande parte do tempo a correr, e a apanhar anéis prateados, temos também secções em que deslizamos por rails, descemos cordas à la Indiana Jones, …. enfim … apesar da aparente repetição de dinâmicas há variedade.

Embora se mantenham ambos fiéis ao código genético da série, existe uma certa diferenciação entre ambos os Sonics na sua jogabilidade.

Por exemplo o Sonic Moderno tem uma velocidade brutal, que tanto nos pode levar a dizer “UAUUUU” como “UIIII”, e consegue também fazer algumas manobras aéreas mais elaboradas e que lhe atribuem pontos.

Por outro lado o Sonic Clássico apresenta-se mais humilde e sem grande aparato, fiel ao antigo que tinha uma existência pacata, embora tendo mais vilões no seu caminho do que os que veio a encontrar em Generations. Sonic Generations traz no entanto consigo um sentimento de nostalgia, de saudade quando se joga com ele que nos faz recordar…. e … recordar é viver (não me canso desta expressão).

A velocidade do Sonic Moderno é algo que tanto tem de bom, como de mau, e isto porquê? Porque embora seja fantástico percorrer os níveis na bisga torna-se ao mesmo tempo bastante difícil controlar o Sonic, e como muitos apresentam as tradicionais secções de saltos entre plataformas, torna-se assim também mais fácil falhá-los e vermos o ecrã de Load. De qualquer forma é extremamente gratificante descer um rail asempre a acelerar e depois dar um salto brutal, fazer umas combos no ar e aterrar apanhando 5 anéis dourados logo a seguir.

Por outro lado é extremamente desolador falhar a aterragem e perder uma vida e os anéis amealhados até então… mas enfim … é assim mesmo.

Em cada nível de jogo, que pode ser jogado por um ou por outro Sonic alternando-se a perspectiva sob a qual os controlamos, existe quase sempre associado um certo ponto de competitividade pois temos sempre a impressão de que tanto fomos lentos em demasia, ou que recolhemos poucos aneis e isso torna o jogo viciante, na tentativa de melhorar as nossas performances.

Um problema que se encontra novamente em Generations é precisamente o facto de em determinadas situações não sabermos quando é que podemos ou não podemos cair por entre duas plataformas, pois não se sabe se é um GameOver ou se há uma nova plataforma por baixo.

Outro problema é quando pretendemos recuar com o Sonic Moderno e algo que poderia ser melhor, pois em vez de a câmara se reposicionar atrás do Sonic, não, é o Sonic que se vira para a câmara e vem na nossa direcção.

Longevidade: 7,9

A ausência dum Multiplayer puro, especialmente no modo Cooperativo é algo que deixa alguma sensação de frustração, e a ser revisto pois, a concorrência tem lançado alguns títulos fortes neste capitulo. De qualquer forma as mais de 6 horas para completar a campanha a solo são e a forte influência para voltar a jogar, são mais que motivos para quase nos fazer esquecer isso.

Conforme já tive oportunidade de afirmar, por cada nível que terminamos desbloqueiam-se variados cenários (Missões) que mantém a longevidade do jogo ainda mais além e que são basicamente missões que temos de completar, como por exemplo, atingir determinado número de combos aéreas.

Escondidos pelos diversos cenários existem inúmeros anéis prateados e alguns anéis Vermelhos para recolher que possibilitam o desbloqueio e aquisição de novas capacidades para ambos os Sonics.

Nota Final- 8,2

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Sonic Generations é um jogo de plataformas, disso ninguém tem dúvidas. No entanto não é um jogo de plataformas como os outros, ou mesmo como alguns do próprio Sonic. É um jogo com múltipla personalidade, mas que em vez de ser uma maleita, se torna numa bênção. É altamente viciante jogar Generations, seja em velocidades alucinantes do Sonic Moderno ou com a maior objectividade do Sonic Clássico. Generations consegue juntar duas gerações de Sonics, mas faz mais que isso .. consegue reunir também várias gerações de gamers … e essa é a mais-valia deste jogo.

Género: Plataformas Plataforma Analisada: Xbox 360 Outras Plataformas: Playstation 3, Nintendo 3DS, PC Homepage: Sonic Generations

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