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Análise Professor Layton and The Miracle Mask (Nintendo 3DS)

Sempre gostei de jogos de puzzles, quebra-cabeças e desafios de lógica. Ainda me lembro dos antiguinhos The Incredible Machine, ou dos Lemminges, do Pushover ou do Sokoban. Creio que este tipo de jogos são a melhor confirmação da sua versatilidade e abrangência e de que tanto podem ser usados apenas como divertimento, como também como forma de aprender ou puxar pelas nossas capacidades lógicas.

Professor Layton and the Miracle Machine é um bom exemplo disso. Trata-se dum jogo simples o suficiente e com um enredo bastante acessível mas que tenta levar até aos jogadores toda essa dinâmica recheada de, tanto aventura e divertimento, como também de disciplina e raciocínio.

O Pplware meteu mãos na massa e aceitou os desafios de Professor Layton and the Miracle Mask.

Conforme mencionei acima, Professor Layton and the Miracle Mask é um jogo com um enredo simples mas que se encaixa perfeitamente na dinâmica do jogo. Depois de receber uma carta enigmática de uma antiga amiga de infância, o Professor Layton é chamado à cidade Monte DÓr, que se encontra engalanada e em festa, para investigar um vilão misterioso conhecido como o Masked Man (Homem Mascarado). Com a sua auxiliar, Emmy e o seu aprendiz, Luke a equipa chega à cidade com um festejo a decorrer e acabam por presenciar um ataque do Homem Mascarado, e no qual diversas pessoas são transformadas em pedra! Vamos então encetar as nossas investigações que incluem uma viagem pelo tempo. Nessa viagem pelo tempo e vestindo a pele do Professor Layton enquanto jovem vamos investigar a descoberta dum artefacto misterioso, e o desaparecimento do seu amigo Randall Ascot há 18 anos atrás. Aí reside a resposta para o caos que está a acontecer agora.

 

Gráficos: 8,6

Os gráficos de Professor Layton and the Miracle Mask estão muito acima da média, ou pelo menos daquilo que se poderia numa primeira ideia, esperar. A história vai-nos sendo contada através dum grafismo muito ao estilo da banda desenhada, na sua maior parte assentando em imagens estáticas.

Basicamente temos um mapa estratégico, chamemos-lhe assim, com uma visão de cima, onde decidimos qual o caminho a tomar na cidade e quando avançamos para um local especifico da cidade, é-nos apresentado esse local numa perspectiva do chão e onde podemos interagir com as personagens aí presentes ou com os próprios objectos.

Em todas essas localizações da cidade de Monte D’Or existem sempre coisas a fazer. Seja a descobrir Hint Coins que se encontram escondidas por detrás duma árvore, ou num caixote do lixo, seja por haverem personagens com as quais podemos interagir e nos dão puzzles ou quebra-cabeças a resolver há sempre algo a fazer.

Uma palavra final para o 3D que ajuda a criar uma história ainda mais envolvente. A aventura faz-se também em 2D, mas ganha realmente outra dimensão com o botão deslizante do 3D ligado ao máximo.

 

Som: 8,0

Esta nota, tenho de reconhecer, que foi bastante penalizada por um único aspecto: a ausência da língua portuguesa, seja falada, seja escrita. Um jogo deste tipo e com esta temática, ser vendido em Portugal sem  a localização para o português, é o mesmo que lançarem um novo modelo de automóvel, sem direcção.

De resto, tenho de admitir o som está uma delicia. A Banda Sonora é simplista mas nunca intrusiva, quase não se dando por ela, sendo isso que se pretende. Mas está lá e ajuda dessa forma discreta a que aventura se passe duma forma tranquila e serena.

As vozes estão muito boas, sendo pena estarem em inglês. A entoação nos diálogos estão fluídos e com dinâmica que vemos por exemplo nos desenhos animados que passam em alguns canais de televisão.

 

Jogabilidade: 8,6

Uma mecânica muito simples é quase sempre sinónimo de sucesso neste tipo de jogos. Professor Layton and the Miracle Mask é um jogo simples e sem grandes complexidades nas suas dinâmicas.

Parece uma contradição … um jogo de quebra-cabeças e puzzles ser simples, mas a realidade é que tal se verifica. Os diversos puzzles que nos vão sendo apresentados ao longo da aventura são na sua grande maioria, puzzles intuitivos e de relativa simplicidade de percepção. Agora a sua resolução é que por vezes é mais complicada.

A mecânica do jogo é então bastante simples. Basicamente vamos avançando de zona em zona da cidade e vamos encontrando personagens, pistas ou puzzles que nos vão direccionando para outras zonas novas, tendo ocasionalmente de voltar a zonas por onde já passámos.

Enquanto que certas personagens nos dão dicas úteis, o que se passa na grande maior parte das vezes é que nos dão puzzles ou quebra-cabeças para resolver. Os puzzles podem ser de vários tipos. Podem ser simples desafios de lógica. Podem ser problemas de matemática. Podem ser problemas percepção.

Com tantos estilos distintos de desafios, existem compreensivelmente alguns mais exigentes que outros e é precisamente neste ponto que entram as Hint Coins que referi mais acima. Como indiquei, vamos descobrindo essas Hint Coins ao longo das várias zonas da cidade mas, também as recebemos e duma forma bastante generosa por cada puzzle ou quebra-cabeças resolvido.

As Hint Coins podem então, ser usadas para comprar pistas na resolução de determinado puzzle. Por exemplo, estamos a procurar diferenças entre 4 sombras da mesma imagem. Podemos comprar pistas que nos vão revelando dicas úteis que nos vão possibilitando excluir uma imagem da questão, por exemplo. Uma coisa que é extremamente interessante e muito útil é que essas pistas são-nos dadas tendo em conta a altura da resolução do puzzle que já atingimos.

Um outro aspecto engraçado do jogo, é o facto de ao longo do jogo irmos desbloqueando alguns mini-jogos, que trazem alguma outra dinâmica ao jogo e que, apesar de fugir um pouco à história propriamente dita, acabam por trazer alguma diversidade. Por exemplo, num dos mini-jogos controlamos um robot numa arena dividida em quadrados e que com movimentos de 3 em 3 quadrados temos de descortinar a saída da arena, com um número exacto de movimentos.

Outro exemplo, é a existência dum mini-jogo no qual temos um animal de estimação (coelho) o qual pode ser ensinado a fazer truques, como por exemplo, saltar, rebolar, deslizar….

Como já tive oportunidade de referir é pena que tudo isto esteja em inglês e assim, excluindo grande parte do publico-alvo mais juvenil.

Algo que reparei e que achei um pouco estranho foi o facto de por vezes ficarmos sem a mínima ideia do que fazer, obrigando-nos a avançar quase às escuras. É claro que o jogo não nos deixar perder o norte mas, deveria haver algum modo de nos informar com maior exactidão do que fazer.

À medida que vamos avançando na história vamos também adquirindo itens sobre a nossa história e temos também uma espécie de Enciclopédia com as principais informações sobre o jogo e personagens.

 

Longevidade: 8,3

Mais de 5 horas para terminar e alguns bons motivos para refazer os puzzles. A tentação para fazer melhor acaba por ser maior que nós.

 

Nota Final- 8,4

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Professor Layton and the Miracle Mask foi uma boa surpresa. Quando peguei no jogo esperava meia dúzia de puzzles desafiantes e uma história facilmente esquecida. Ok, que para os mais jovens o enredo do jogo nem chega a ser conhecido se não tiverem alguém que saiba inglês por perto mas, para os restantes acaba por ser uma história divertida quanto baste. Creio que o maior elogio que se pode fazer a Miracle Mask será que se trata dum simples jogo de desafios e quebra-cabeças que se encontra recheado de bons puzzles, quebras-cabeças e desafios que se revelam bastante empolgantes e divertidos, e fazendo com que quem os jogue, se divirta enquanto puxa pela cabeça.

 

Género: Puzzles Plataforma Analisada: Nintendo 3DS Homepage: Professor Layton and the Miracle Mask

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