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Análise Nintendo Land (Nintendo Wii U)

Conforme o Pplware aqui anunciou, foi no final do mês passado que a Wii U recebeu a sua cerimónia de lançamento em Portugal, e o Pplware esteve presente.

Nesse evento tivemos algum contacto com quatro dos títulos mais emblemáticos das capacidades de nova consola da Nintendo. Estou a referir-me a FIFA 13, a Call of Duty: Black Ops 2, Nintendo Land e New Super Mario Bros U.

Conforme é tradição da marca nipónica, a cada lançamento duma nova consola, chega também um (ou mais) títulos que se esforçam por explorar da melhor maneira as suas capacidades e com a Wii U, um desses títulos foi precisamente este Nintendo Land.

O Pplware já andou por Nintendo Land e gostou …

Nintendo Land é uma espécie de Parque de Diversões com a forma duma praça circular e uma Torre especial no meio do recinto. Em redor dessa praça existem variados portões, que correspondem aos diferentes jogos que incluem o jogo e a Torre é um local especial onde se pode, por exemplo, ganhar prendas, presentes e diversões para enfeitar a nossa praça.

As novas funcionalidades possíveis com a Wii U são Reis e Rainhas em Nintendo Land, e isso pode-se comprovar logo na própria praça. Apesar da forma de nos deslocarmos ser com o analógico esquerdo, o Gamepad possibilita-nos olhar em redor como se nos encontrássemos mesmo no meio da acção.

Além disso estamos sempre acompanhados pela Monita, um robot feminino que nos aconselha e ajuda quando temos dúvidas ou algo de novo nos surge em plena praça.

Uma das características inovadoras e que trazem um pouco de divertimento extra de Nintendo Land, é o facto de poder receber dezenas de visitantes de todo o globo. Ao longo de cada sessão, a Praça de Nintendo Land pode rapidamente encher-se de variados utilizadores um pouco de todo o lado e é interessante interagirmos com eles, ver os seus comentários acerca de jogos, ver a colecção de Crachats que possuem e por aí fora.

No entanto, os jogos, ou melhor, os mini-jogos de Nintendo Land são as estrelas principais do jogo e aliados às inovadoras capacidades da Wii U e seu Gamepad transformam facilmente uma simples noite calma e serena, numa sessão de jogatana divertida e animada.

Um dos jogos que cedo salta à vista é o imprescindível Mario, que surge em Mario Chase num jogo divertido e empolgante. E que nos faz proteger o Gamepad entre os braços como se todos nos quisessem roubar. Basicamente trata-se dum jogo de até 5 jogadores, onde o jogador que tem o Gamepad tenta evitar ser apanhado pelos restantes, fugindo por um labirinto do qual os restantes jogadores apenas vêm o seu caminho ao invés do Gampead que mostra num radar a posição de todos.

The Legend of Zelda é um dos títulos mais emblemáticos da Nintendo e portanto, não poderia faltar. Apresenta dois modos principais, Demanda Bélica onde até 4 jogadores (4 com comandos Wii e 1 com o Gamepad) podem avançar contra hordas de inimigos armados de espadas (comandos Wii) e arco e flecha (Gamepad), e Contra-Relógio apenas para 1 jogador. É um jogo relativamente simples e interessante para se jogar com amigos mas não foi o que me fascinou mais.

Um jogo que se encontra bastante bem implementado e que vicia bastante, é Luigi’s Ghost Mansion que se joga com até 5 jogadores (quatro com comandos Wii e um com o Gampad) e que aproveita bastante bem as capacidades da Wii U. Em Ghost Mansion o jogador que possui o Gamepad veste a pele do fantasma que assombra a mansão e que tenta assustar os seus caçadores (comandos Wii). O que torna mais emocionante o jogo é que na televisão não se vê o mesmo que no Gamepad e portanto os caçadores de fantasmas apenas têm de se apoiar na sorte e intuição. Apenas quando o fantasma está por perto é que os comandos Wii dão sinal de vida e assim os caçadores podem ter a sua oportunidade de lhe apontar as lanternas e … zás.

Um outro jogo que se encontra bastante bem implementado e que se apresenta como um desafio mais exigente é Donkey Kong’s Crash Course. Em Crash Course temos de percorrer um labirinto de repleto de armadilhas, roldanas, rolamentos, portinholas, alavancas até ao final e isto tudo usando o giroscópio do Gamepad. É claro que, tal como o nome indica temos de tentar evitar que o veiculo se estoure durante o percurso, coisa que em algumas alturas é bastante difícil evitar. É um jogo a solo exigente, talvez o mais exigente de todos e, por vezes chato, especialmente quando temos de repetir várias vezes a mesma secção do percurso por nos estourarmos em determinada plataforma ou curva.

Metroid Blast será eventualmente um dos jogos mais apreciados por alguns jogadores em Nintendo Land, provavelmente pelos que preferem outros tipos de jogos. Trata-se dum shooter no qual o jogador que tem o Gamepad conduz uma nave que dispara raios laser e bombas contra hordas de robots inimigos enquanto que os restantes jogadores, com os comandos Wii, personificam soldados de infantaria, em cenários variados e repletos de esconderijos e recantos. É um jogo que requer o uso de quase todas as potencialidades do Gamepad e que incluí algumas particularidades interessantes, tais como por exemplo, a nave controlada pelo Gamepad poder transportar os soldados e estes poderem continuar a disparar.

Um outro jogo que gostei bastante foi Balloon Trip: Breeze. Breeze é um que, apesar de ser bastante simples, consegue ser bastante viciante e frustrante em simultâneo. Usa e abusa do toouch screen da Wii U mas, duma forma bastante divertida e lógica. Em Balloon Trip o nosso personagem vem apetrechado de dois balões nas costas o que lhe possibilita voar. Contudo para voar é necessário haver vento e aí entramos nós, com o Stylus e Gamepad. Temos assim de fazer deslizar o Stylus no ecrã do Gamepad na direcção que pretendermos para que o vento sopre nessa direcção e leve o nosso personagem pelos ares. O objectivo é, além de chegar ao final de cada nível  passar por vários desafios (bombas, baleias, ventanias, …) apanhar o máximo número de outros balões espalhados estrategicamente pelo ecrã. Balloon Trip está interessante mas obriga-nos a usar a televisão, pois o que nos é mostrado no Gamepad tem um zoom demasiado grande não nos permitindo ter uma perspectiva adequada do cenário onde estamos.

Para os apreciadores de dança existe ainda o jogo Octopus Dance, no qual temos de repetir os movimentos efectuados no ecrã pelo jogo de forma a completar uma dança. Para os movimentos, temos de usar os analógicos para mexer os braços e apesar de começarmos por ver os personagens no ecrã, de costas, torna-se mais divertido quando eles se viram e ficamos com uma perspectiva oposta… isto para não falar de certos jactos de tinta e outras manobras de diversão que o jogo nos vai atirando para os olhos. No entanto, é um jogo que consiste apenas em memorizar os movimentos que o jogo nos mostra para os repetirmos.

Gostei muito de Pikmin Adventure. Um jogo cooperativo (até cinco jogadores, quatro com comandos Wii e um com o Gamepad) que coloca o jogador que possuí o Gamepad como Olimar e os restantes como Pikmins que o têm de ajudar a encontrar o seu foguetão e a fugir dum planeta alienígena, no qual a nossa anfitriã de Nintendo Land, Monita é a nossa grande adversária e que nos vai lançando hordas de inimigos ao nosso caminho. A jogabilidade de Pikmin Adventure é fluída e simples, e Olimar vai combatendo os inimigos com o lançamentos de Pikmins (que vão aumentando de número) ou lançando pedras ou bombas, enquanto que o jogador com o comando Wii vai combatendo com a folha que lhe cresce na cabeça (que vai aumentando de força também). É um jogo que, como manda a tradição se encontra brutalmente viciante, mesmo quando temos de repetir os combates com alguns dos diversos bosses que vamos encontrando.

Talvez um dos jogos que mais me fascinou foi Yoshi’s Fruit Cart. Realmente este jogo conseguiu fazer uma combinação deveras inteligente das capacidades da Wii U, com um jogo simples. O jogo consiste em levarmos o Carro das Frutas do ponto A ao ponto B, mas apanhando todas as frutas existentes no ecrã (algumas por determinada ordem) pelo meio. Parece simples, certo? Mas não é. O que vem trazer a pitada de extra interesse a Yoshi’s Fruit Cart é o facto de o que se encontra visível no ecrã da TV ser diferente do que aparece no ecrã do Gamepad. Explicando melhor, na televisão aparecem o ponto de partida, de chegada e as frutas e no Gamepad apenas aparecem o ponto de partida e ponto final. É a nossa missão desenhar, com recurso ao Stylus, um trajecto que leve o carro das frutas até ao ponto destino mas apanhando as frutas todas. É um jogo que apela à percepção de distâncias, de orientação e que se encontra muito bem implementado. Um dos melhores de Nintendo Land.

Resta dizer que, de tempos a tempos, e consoante as nossas prestações nos diferentes mini-jogos vamos sendo presenteados com carimbos que servem como as nossas provas em como conseguimos atingir determinada pontuação ou certo recorde. É algo de simples mas que aumenta e bastante a competitividade inerente a um jogo que acaba por também ser competitivo pois temos Leaderboards para cada jogo e onde podemos comparar as nossas performances com os nossos amigos.

O jogo apresenta, como seria de esperar um grafismo algo cartoon mas sem se tornar num ambiente infantil. É Nintendo e para os possuidores de Wii ou DS sabem bem com o que podem contar. Com uma banda sonora a encaixar perfeitamente no cenário, Nintendo Land é um autêntico Parque de Diversões na nossa sala de estar.

 

Nota Final- 8,7

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Resumidamente Nintendo Land é um jogo diferente e ao mesmo tempo igual, ao passado genético da Nintendo. Apesar de conseguir levar-nos a utilizar as novas capacidades da Wii U duma forma bastante diferente das demais consolas (realmente é uma nova forma de jogar), por outro lado consegue manter aquela sensação de que se trata efectivamente de Nintendo. É difícil explicar mas, Nintendo Land encaixa muito bem como um dos jogos porta-estandartes da nova consola da Nintendo.


Homepage Nintendo Land


Género: Party Game

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