Passatempo a decorrer: Ganhe uma cópia do jogo MotoGP 15, para PS4
O arranque da temporada de MotoGP é nas consolas de última geração e o Pplware está na linha da frente da grelha de partida.
Tal como o Pplware aqui ou aqui tem vindo a anunciar, MotoGP acabou de subir ao escalão mor das consolas. Apresentando algumas novidades em relação à versão anterior (para as consolas da geração anterior) MotoGP já acelerou na Xbox One do Pplware e… as rotações foram bem elevadas.
MotoGP 15 lança assim um ataque feroz ao título de simulador de eleição da melhor e mais frenética competição motorizada de duas rodas.
Antes de começar a análise gostaria de deixar um breve esclarecimento para quem lê estas linhas.
Apesar de ser um admirador de veículos de duas rodas e de apreciar bastante de ver as sempre emocionantes imagens dos grandes prémios de MotoGP, tenho de confessar que não passo disso mesmo, um admirador. Não tenho nenhuma moto, nunca tive e as únicas oportunidades que tive de conduzir uma, iam terminando em tragédia … mas isso são outras histórias.
Assim sendo, gostaria que encarassem esta análise como a visão de um jogador casual deste tipo de jogos e nunca como um experiente jogador de simulador de motos ou de alguém que perceba minuciosamente da realidade que é conduzir uma.
Dito isto passemos então à minha experiência com MotoGP15, para Xbox One.
Na minha experiência de jogar MotoGP 15, fiquei claramente com a ideia de que o jogo gira em redor de 3 secções distintas. O robusto Modo Carreira, o frenético Modo Real Time Events e o Online.
Existem outros Modos, conforme veremos adiante mas estes são, na minha perspectiva, os mais apelativos e que captam toda a nossa energia e vicio.
O Modo Carreira é, talvez, o mais relevante e também o mais prolongado no tempo. Basicamente temos a oportunidade de criar o nosso próprio condutor (com uma boa variedade de opções) e de o fazer singrar ao longo do asfalto.
No entanto, para atingir o topo é necessário muito trabalho… e muitas horas no asfalto virtual de MotoGP 15. Como em quase tudo na vida, começamos por baixo, assinando por uma equipa fraca (Mahindra) e pela classe menos potente da competição, MotoGP3.
A partir daí sucedem-se as corridas em redor do Mundo e permitam-me dizer que todas as grandes pistas se encontram presentes e com uma apresentação simplesmente fantástica. Antes de qualquer competição (mesmo antes dos treinos e qualificações) somos presenteados com magníficos vídeos demonstrativos das cidades onde se situam as pistas numa manobra de marketing bastante interessante.
O objectivo do Modo Carreira é de ir ganhando experiência, Grande Prémio após Grande Prémio e de ir assim, captando a atenção das grandes equipas do panorama mundial.
No entanto a evolução não é assim tão linear, especialmente se optarmos por algum atrevimento nas ajudas e modos de assistência que o jogo tem para nos oferecer. Mas já lá vamos.
À medida que vamos evoluindo nas sucessivas corridas vamos ganhando experiência (que nos permite desbloquear equipamentos, por exemplo) mas também vamos adquirindo créditos (por via dos nossos sponsors contratados) extremamente úteis para aquisição de novas e mais potentes motos.
Aliás, a ideia dos créditos está intimamente relacionada com a mecânica que o Modo Carreira possui de conceito de Sponsorship. Ao longo da carreira vamos recebendo variadas propostas de patrocínios. De acordo com as nossas prestações nas diferentes corridas, vamos sendo contractados por marcas mais ricas ou mais pobres a oferecerem.
Cada contrato de patrocínio, além dos créditos que nos proporcionam apresenta também outra vertente, objectivos. Cada corrida passa a apresentar objectivos dos nossos Sponsors e a obtenção desses mesmos objectivos traz mais alguns fundos que são importantes para a aquisição de novas motos. Contudo fica a sensação de que toda esta mecânica poderia ter sido melhor explorada e que se encontra demasiadamente simplificada.
Por outro lado, temos os variados equipamentos do condutor (capacetes, boas, luvas,…) que são desbloqueados automaticamente quando o nosso piloto atinge determinado nível.
Basicamente o Modo Carreira passa-se entre as pistas e a nossa autocaravana. Antes de passar para o asfalto, a autocaravana surge como uma espécie de hud central da nossa carreira onde podemos interagir com a equipa, customizar o nosso condutor ou ver oportunidades de novos Sponsors e convites de outras equipas.
Finalmente, o fim-de-semana da corrida é o ponto alto do jogo. MotoP 15 tenta dentro dos possíveis trazer ao jogador o ambiente frenético e empolgante dos momentos que antecedem o ataque ao alcatrão.
No entanto, não pensem que basta apenas começar a correr. Não, nada disso. Apesar de no modo mais fácil, com todas as ajudas isso ser possível, extrai-se muito mais sumo se optarmos por jogar como deve ser pois existe toda uma preparação prévia a ser feita, tais como ajustes técnicos à moto.
E com isto digo… treinos livres, afinações e qualificações. Sim, tudo isto é possível e digo mais… é imprescindível para quem queira jogar com maior sensação de realismo (ou seja com cada vez menos ajudas).
MotoGP 15 permite-nos calibrar, enquanto estamos na box (estranho ser apenas na box, pois poderia ser interessante proceder a testes quando não estamos em competição), dezenas de opções nas nossas motorizadas, como por exemplo, aumentar ou reduzir a rigidez da suspensão… Gostei particularmente de, aliado ao facto de podermos proceder a essas alterações livres na configuração da moto, também termos um apoio mais objectivo e mais fácil de perceber que o jogo disponibiliza. Explicando melhor… quando estamos nas boxes, e durante os treinos ou qualificações, podemos interagir com o nosso mecânico de forma a que ele nos possa ajudar nessas configurações de acordo com a nossa sensibilidade em relação ao comportamento da moto.
É uma dinâmica que se assemelha a um Wizard, na qual o mecânico nos coloca questões e consoante as nossas respostas vai apertando a malha de opções até atingirmos exactamente o ponto correcto a configurar. É uma forma inteligente de permitir ao jogador que perceba pouco de motos, executar correcções utilizando uma linguagem mais comum.
Falta-nos portanto o principal… o asfalto. E o asfalto em MotoGP 15 encontra-se fantástico mas… apresenta alguns buracos aqui ou acolá.
Devo confessar que fiquei positivamente surpreendido pela fluidez e pela credibilidade dos movimentos das motos e condutores no decorrer das corridas. É verdade que não jogava um MotoGP há algum tempo mas não esperava tamanha fluidez.
No entanto, alguns pontos negros se apercebem também. Um desses aspectos menos positivos prende-se com as colisões ou alguma artificialidade delas. Explicando melhor, acontecem com alguma frequência contactos entre as motos (especialmente nas travagens para as curvas) que, na minha opinião, deveriam desencadear quedas aparatosas que, mesmo com o nível de realismo e dificuldade maior, não ocorrem. No entanto, quando uma colisão origina uma queda, as animações encontram-se bastante boas e a beleza de ver o condutor e moto a deslizarem pela pista (gravilha ou relva) acaba por ser duma beleza ímpar.
E aproveito para referir precisamente um outro aspecto extremamente importante, as parametrizações e personalizações que o jogo nos permite.
E uma dessas parametrizações é precisamente a Física do jogo. Este é uma propriedade customizável em MotoGP 15. Podemos manter um nível standard, semi-pro ou Pro o que quer dizer que no nível Pro é preciso mesmo ter muito cuidado com todos os aspectos mais insignificantes. Por exemplo, é extremamente fácil espalharmo-nos no chão num arranque da grelha de partida demasiado acelerado.
De volta estão as ajudas tradicionais como o controlo de direcção ou de travagem ou a trajectória perfeita mas existem muitos mais que nos deixam com os cabelos em pé só de pensar neles. É aqui que reside a grande diferença entre o tipo de jogador casual e um jogador mais experiente que precisa de sentir o pulsar da moto e o respirar do asfalto.
Com as ajudas o jogo torna-se acessível, mas sem elas, pode-se dizer que é quase como aprender a andar de moto. Mas, acredito que isso acaba por ser bom… a quantidade e diversidade das ajudas consegue a pequena vitória de permitir aos novos jogadores uma evolução gradual das suas aptidões.
Pormenores como fazer as curvas demasiado deitados, acelerar cedo demais à saída de uma curva, encararmos as curvas no momento certo, travar com o travão traseiro no momento certo, travar com o dianteiro na medida correcta, encurvar o corpo (tecla Y) para ganhar velocidade… passam de repente para um nível bastante real.
É precisamente neste capítulo que o jogo consegue ostentar uma grande dose de exigência e realismo (na minha perspectiva). As voltas de treino e de qualificação ganham aqui uma particular importância pois apenas com treino e repetição das pistas conseguimos dominá-las.
De referir ainda a existência de Data Packs que são adquiridos com o avanço da Carreira, e que nos permitem fazer upgrades a vários aspectos das nossas motorizadas, tais como Suspensão, Chassis, Motor ou Travões.
Algo de bastante negativo que detectei em MotoGP 15, foi o facto de quando se termina as voltas de qualificação e se segue para a corrida propriamente dita, o jogo crasha. Felizmente os tempos conseguidos na qualificação e a posição na grelha de partida obtida são guardados mas, é algo mesmo muito lamentável.
A segunda componente principal de MotoGP15, no meu entender, corresponde aos Real Time Events. Trata-se de simulações de situações reais ocorridas durante a edição 2014 do campeonato MotoGP. Bastante útil, o facto de todos os Real Time Events apresentam um vídeo inicial que identifica a situação que vamos ter de completar.
O jogador enfrenta assim o desafio de reescrever ou de confirmar a história. Gostei bastante deste modo de desafios proposto que acrescenta muitos bons momentos e emotividade ao jogo, servindo como que um conhaque para relaxar do modo carreira.
Por fim, o modo Multiplayer é, como não poderia deixar de ser, uma presença obrigatória, e pode ser jogado com outro jogador na mesma consola, em ecrã partilhado ou então online. Os principais modos encontram-se presentes no online e fiquei extremamente satisfeito com a facilidade de encontrar servidores e na fluidez nas corridas em que participo.
Existe ainda um modo Sprint Season na qual começamos novamente pelas motos de MotoGP3 e, de corrida em corrida nos permite ir acumulando pontos para ir subindo de escalão. Isto até ao topo e às grandes bombas de 500Cc. Os restantes modos como Beat the Time (contra-relógios), Campeonato ou simples corridas encontram-se de volta também em MotoGP 15.
De referir que tanto no online como no offline, as nossas prestações nos vão granjeando pontos de experiência que permitem a evolução do nosso Avatar. Contudo essa evolução é algo vã e sem um grande propósito.
Graficamente o jogo apresenta-se com uma certa dualidade. Se por um lado, as motos apresentam-se fantásticas e com uma beleza quase palpável, o mesmo não de pode dizer do ambiente circundante onde as bancadas e espectadores não tiveram grande atenção pela parte da equipa de desenvolvimento. Também em alguns casos o próprio asfalto das próprias pistas se encontra fracamente texturado e demasiado artificial.
Uma palavra final para os comentadores de serviço e para o excelente trabalho de ligação entre o que se passa no ecrã e os comentários feitos.
Nota Final- 7.8
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Na pele de um jogador casual e pouco conhecedor da realidade motorizada, fiquei com a clara opinião que MotoGP 15 é um jogo robusto, empolgante e extremamente desafiante. Com as várias camadas de ajudas e parametrizáveis disponibilizadas pelo jogo, MotoGP 15 consegue ajudar o jogador a evoluir e a aprender a jogar. No entanto alguns pormenores menos bem explorados, bem com a presença de alguns bugs irritantes, acabam por evitar que o jogo tenha uma nota ainda maior. Seja como for, MotoGP 15 está aí para as curvas… e rectas!
Passatempo a decorrer:
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