Nada como um noite de trovoada para jogar InFamous e assim sendo, ontem joguei Festival of Blood, o recente jogo (stand alone, não precisando nem de InFamous nem de InFamous 2 para correr). Embora os relâmpagos à janela deixem a sua marca, em Festival of Blood nem foram os raios que me fascinaram mais, mas sim …. o sangue.
O sangue?? podem perguntar vocês… sim, isso mesmo … mas eu explico.
InFamous: Festival of Blood começa com o nosso camarada Zeke num bar. De volta da sua cervejinha, apercebe-se duma morena toda portentosa que se aproxima. Numa óbvia tentativa de engate Zeke começa a contar à moçoila a história de quando Cole McGrath foi mordido por uma vampira, a própria Bloody Mary e, se tinha transformado num vampiro. A acção passa-se em New Marais e durante as festividades do Haloween local, que supostamente celebram a morte de Bloody Mary por um padre, muitos anos atrás. A nossa demanda começa então com a mordidela da Maria Sangrenta e consiste em tentar derrotar todos os vampiros à solta na cidade enquanto nos tentamos livrar duma eternidade sanguinária. Temos até ao amanhecer para nos salvarmos.
Gráficos: 8,7
Os gráficos, tal como seriam de esperar estão um assombro. No entanto é um assombro bastante gore, muito em especial por se estarem a realizar as festas do Haloween local, como também e, principalmente, por passarmos a ver a cidade através dos olhos dum vampiro!
As ruas, os personagens, os vampiros, o céu, a lua, as festividades, as danças de rua … tudo isto apresenta imensos detalhes e consegue criar e bem a sensação de que a cidade se encontra em festejos mas que algo mais sombrio se passa.
New Marais por sua vez, encontra-se a uma escala de que Infamous já nos habituou e apresenta-se bastante grrrraaaannnndddddeeeeeee.
O nosso Cole McGrath pode-se afirmar que continua atlético como sempre e, com alguns novos movimentos, entre eles o voo do vampiro, que nos é permitido apenas quando já bebemos sangue suficiente. Sim, vocês vão beber sangue … e vão gostar! Quanto ao voo, é simplesmente fenomenal e o seu efeito é brutal tendo sido inúmeras as vezes que apenas levantei voo no meu enxame de morcegos para ver a cidade lá do alto pelo olho dum vamipro. De resto, os amantes de parkour decerto gostariam de fazer metade do que Cole faz sem pestanejar.
Som: 8,4
Do crepitar do lume das diversas fogueiras espalhadas pela cidade, ao ruído dos carros, ou Às variadas cut-scenes, passando pelos ocasionais “Cabrão” dum vampiro que acabámos de encurralar não é pelo som que se vai encontrar grandes falhas. A música acompanha a acção com equilíbrio.
Aliás, o facto de estar em português (como habitual) é uma mais valia, sem dúvida.
Jogabilidade: 7,9
Creio que é a primeira vez na história dum videojogo que se junta, electricidade e vampiros, e Festival of Blood fá-lo muito bem. Com a jogabilidade a que já nos habituou InFamous: Festival of Blood é um assombro de dinâmica, movimento, decisão, acção …. e se adicionarmos a isto as capacidades vampirescas … ui … melhor ainda.
Já mencionei o Voo do Vampiro mas há muito mais por descobrir … e muito mais para desbloquear ao longo da aventura. Cole McGrath começa com os poderes em serviço mínimo, e à medida que vamos aniquilando vampiros vamos desbloqueando novos poderes e upgrades para os actuais. Nada de novo mas funciona bem.
Há também bastantes objectos e relíquias a descobrir pelos cenários atribuindo-lhe também algo mais para fazer, mas que contudo não consegue disfarçar o que de menos bom este jogo tem para oferecer, que é uma história pobre e sem grande profundidade. Ok, somos mordidos e agora temos de nos salvar e para tal vamos matar montes e montes de vampiros e fazer autênticos cocktails com o sangue dos festivaleiros. Soa a divertido, e é divertido … mas falta-lhe alguma profundidade extra.
Os vampiros que se encontram imiscuídos no meio da população em festa, são difíceis de abater mas nada de demasiado exigente mas que conseguem criar algumas cenas fixes como por exemplo quando os combatemos no alto dos edifícios.
Longevidade: 8,0
O jogo é bastante curto, sendo terminada a singleplayer em menos de 4 horas mas consegue ser bastante divertido enquanto dura. E viciante …
O melhor, é que após terminarmos o modo singleplayer desbloqueia-se o acesso ao UGC (User Generated Content) que é nada mais nada menos que acesso a niveis e missões feitas pela comunidade. Mais uma vez, bastante porreiro e que incentiva a comunidade a envolver-se cada vez mais no espirito InFamous.
Nota Final- 8.3
[0……....……10]
Morder e sugar o sangue dos festivaleiros é divertido. Voar numa nuvem de morcegos é divertido. Matar vampiros é divertido. Enfim, InFamous: Festival of Blood é um jogo divertido. Peca por ligeireza na história e pouca profundidade da mesma mas é um jogo que nos faz sorrir quando espetamos a estaca no peito dum morceguito ou quando bebemos um belo conhaque sangrento. Gostei bastante e estarei certo que a maioria de vocês o irá fazer também. Está disponivel na Playstation Network e ocupa apenas 3GB de espaço.
InFamous: Festival of Blood é um jogo divertido que mais que alma, … tem SANGUE…..