Um dos títulos mais aguardados para este último trimestre do ano, é o FIFA 10. Tanto pelo peso que a marca tem no panorama actual dos videojogos, como porque, pelo 2º ano consecutivo paira no ar a sensação de que este será, finalmente, o ano do FIFA. O ano em que o título da EA Sports se tornará O campeão incondicional dos relvados virtuais. Será que consegue?
Gráficos – 9.2
Uma das principais características que acompanhou desde sempre a série FIFA, foi precisamente os seus gráficos de grande espectacularidade. FIFA 10, não foge à regra. Desde os jogadores, aos árbitros, passando pelos próprios estádios, este título delicia-nos com um autêntico cocktail gráfico de elevado detalhe. Foram acrescentadas também inúmeras novas animações quer para jogadores de campo, quer para guarda-redes e até mesmo para os senhores do apito (é delicioso ver um jogador saltar sobre a bola para não perturbar uma jogada).
No que respeita ao público continua a faltar-lhe um pouco mais de detalhe e autenticidade.
Som – 8.7
Em relação ao som, não houve grande evolução. A Banda Sonora acompanha a nossa navegação duma forma agradável. Os efeitos sonoros são muito bons, ajudando a criar uma ambiência bastante real (os cânticos das claques estão muito bem conseguidos, chegando ao pormenor de transmitir qual a equipa da “casa”). Os comentários durante o jogo ainda apresentam alguns erros de sincronização com o que se passa dentro das 4 linhas.
Jogabilidade – 9.0
Durante o nosso contacto com o FIFA 10, vai-se tornando claro que a EA Sports não só se preocupou em evoluir certos aspectos do jogo, como também em resolver determinados problemas apresentados pela comunidade de jogadores. O resultado foi sem dúvida o melhor título FIFA que as bancas portuguesas já viram.
FIFA tornou-se numa experiência muito mais fluida, em parte resultado da implementação dum novo sistema de posse de bola, reduzindo drasticamente o efeito demasiado artificial de certas animações presente nos seus antecessores (a bola anda mais solta, os passes definitivamente já não são milimétricos, os remates acabam por vezes na linha lateral). O tão aclamado sistema de controlo em 360º funciona muito bem e é uma excelente mais-valia, embora a adaptação não seja imediata.
Neste novo capítulo da série, houve uma maior preocupação em equilibrar as características dos jogadores no que toca à sua velocidade. Como contraponto, apareceu o novo conceito de Capacidades Especiais, só ao alcance de alguns jogadores como Cristiano Ronaldo, Messi e outros. A componente física dos jogadores foi bastante trabalhada, sendo frequente assistirmos a perdas de bola através de cargas de ombro, cortes de calcanhar, fintas rápidas e todo um conjunto de outras animações, com uma boa dose de realismo.
A física da bola foi também retocada, parecendo-nos o comportamento do esférico mais real que nunca, embora não totalmente isenta de algumas anomalias (alguns ressaltos ainda se apresentam sem realismo)
A Inteligência Artificial dos jogadores continua muito bem conseguida, o que transforma cada desafio num autêntico quebra-cabeças, dada a forma como os jogadores defendem, com muito mais garra e com elevado sentido posicional. Neste aspecto, uma das novidades que a EA Sports introduziu, foi precisamente a criação de um “sentido de urgência” nos jogadores, que lhes permite reagir a cada momento de acordo com o que se passa no jogo, que embora bem implementado, ainda poderá necessitar de certas afinações.
A inclusão de lances de laboratório (livres estudados) é uma inovação bastante bem recebida, mas que no entanto apresenta alguns problemas sob certas circunstâncias, pois nem sempre os lances estudados resultam em campo.
Duração – 9.1
Desde os Modos tradicionais Offline (encontros rápidos, torneios, Be-a-Pro, …) até aos modos online (Ligas Oficiais Online, Ligas Particulares Online, ..), com a criação do novíssimo conceito de Virtual Pro, que nos permite atingir o estrelato como jogadores no Universo FIFA, pelo meio, existe muito material para mantermos este jogo bastante perto da consola. Também presente nesta edição, encontra-se novamente o Modo Manager, que não sendo o coração do jogo, acrescenta mais uns bons motivos de diversão (embora a nosso ver ainda se encontre algo fraco).
Resumindo, FIFA 10 não é um jogo perfeito. No entanto, a passos largos se encaminha na procura dessa mesma perfeição. Com todas as mais-valias acrescentadas e com as correcções de problemas, alguns já antigos, a EA Sports conseguiu passar ao próximo nível com a série, que apresenta créditos para, finalmente lutar pela posição cimeira do pódio de Simuladores de Futebol. Em FIFA 10, a bola está mais redonda.