Pplware

Análise Dragon Quest Heroes (Playstation 4)

Por Ricardo Correia para o Pplware!

Um dos jogos que o Pplware tem vindo a acompanhar com alguma atenção (podem ver aqui, aqui ou aqui) é Dragon Quest Heroes: The World Tree’s Woe and the Blight Below.

Trata-se de um RPG (Role Playing Game) de acção da Square Enix que, apresenta as suas bases no Universo Dragon Quest e como tal as expectativas eram altas, especialmente se tivermos em conta que a Square Enix tem na sua história alguns títulos de importância, bastando para tal referir apenas a saga Final Fantasy.

O Pplware teve a oportunidade de experimentar Dragon Quest Heroes: The World Tree’s Woe and the Blight Below e …

 

Dragon Quest Heroes é a visão criativa da Omega Force, o estúdio responsável pela conhecida série Dynasty Warriors, jogos de ação na terceira pessoa, que colocam o jogador num campo de batalha a enfrentar centenas de inimigos de uma só vez. Desta vez pegaram no famoso RPG da Square Enix e transformaram-no-lo num Action RPG (com claras influências das sagas Warriors) onde vamos poder enfrentar centenas de monstros característicos do universo Dragon Quest.

História

A história é simples quanto baste. No reino de Arba, monstros e humanos vivem numa perfeita harmonia. Durante o festival mais importante da cidade esta harmonia é quebrada e os monstros, até então amigos dos humanos, começam a agredi-los. Vai pertencer aos guardas reais de Arba a árdua tarefa de tentar descobrir e acabar com motivo desta revolta dos monstros do reino onde habitavam pacificamente.

 

Gameplay

Vamos poder escolher entre um dos dois guardas reais do reino de Arba, Luceus ou Aurora. Luceus é um estratega completo, sempre a engendrar a melhor táctica para superar determinada situação. É proeminente em poderosos ataques de fogo capazes de infligir dano a múltiplos inimigos. Aurora é o completo oposto. Sem paciência para as ideias de Luceus, prefere ir para cima dos inimigos de forma impetuosa e irracional. Utiliza ataques de gelo para paralisar momentaneamente os adversários.

O personagem que escolherem vai estar sempre presente na vossa party que tem um limite de quatro personagens. No momento das batalhas podem alternar e controlar entre qualquer um dos quatro membros da party, sendo o resto controlado pelo IA (Inteligência Artificial) do jogo, que diga-se, é competente nos momentos de combate. A usar os ataques especiais e a defender nos momentos certos. Notei apenas que ocasionalmente um dos membros pode ficar alguns segundos parado quando o grupo de monstros já está bastante reduzido.

Para o combate em si podemos escolher entre dois esquemas de controlo, um rápido e um mais complexo. O esquema rápido faz os ataques especiais e combos pelo jogador, no esquema complexo o jogador é que faz o próprio combo e escolhe os ataques especiais a utilizar. No entanto, também no esquema simples podem ser feitos combos e escolher os ataques especiais, premindo o botão R1 em conjunto com a tecla indicada no ecrã. Ou seja, o esquema simples permite usar o esquema complexo sem alterar as definições. Um pouco confuso eu sei…

 

Como referi, podem utilizar quatro membros na party, e vão ter à escolha vários companheiros que se vão juntando à vossa equipa enquanto progridem no jogo. Alguns destes personagens são caras conhecidas de outros jogos da série e outras novas adições. Uns são peritos em magia, outros em ataques corpo a corpo ou de longo alcance, usando um variado arsenal, desde espadas, machados, punhos a chicotes e boomerangs. Independentemente da party que usem, todos os membros ganham experiência, o que quer dizer que não precisam de ir trocando só para fazer evoluir determinado personagem.

Independentemente do controlo que usem ou da party que tenham a verdadeira tática das batalhas reside na mecânica das Monsters Medals. Cada vez que derrotam um inimigo, existe a probabilidade de vos calhar uma medalha desse mesmo monstro que derrotaram. Nesse momento podem utilizar a medalha e o monstro vai lutar do vosso lado até ser derrotado ou acabar a batalha. Alguns monstros possuem outras qualidades, como regenerar a barra de vida ou barra de energia. A minha tática de eleição é deixar o máximo de monstros possíveis a defender uma área enquanto vou atacar outra área para acabar a batalha o mais rápido possível.

Os campos de batalha não são muito grandes, nem muito variados, e normalmente o objectivo ou é eliminar todos os inimigos ou proteger determinado ponto do ataque de várias ondas de monstros. Só existe mais variedade nas batalhas contra os enormes boss’s.

 

Numa destas batalhas tive que derrotar um ciclope gigante de cor azul, os meus ataques não faziam muito dano e tinha que garantir a segurança de um gerador de energia. Para o impedir tive que utilizar os canhões situados no campo de batalha para infligir o máximo de dano possível, enquanto os meus companheiros o impediam de avançar. Para acabar com ele utilizei o tension mode (modo de tensão), que podem activar quando a barra de tensão esta completamente cheia. Quando estão neste modo ficam com uma aura cor-de-rosa e ficam invencíveis, quando a barra se esgota o vosso personagem utiliza o Coup De Grâce, um super ataque que causa grandes quantidades de dano nos inimigos!

A cada objectivo cumprido retornam automaticamente à vossa aeronave. Aqui podem fazer variados actos de gestão, como: alterar a party, evoluir os personagens, comprar e vender armamento, criar itens para aumentar as características dos personagens, aceitar quests, etc. Está tudo centralizado na aeronave, uma vez que não existem cidades com lojas a vender materiais nem npc’s com missões para fazer, como normalmente é característico nos RPG tradicionais.

 

GFX e Som 

Dragon Quest Heroes  é um jogo mais impressionante tecnicamente que visualmente. O aspeto cartoonesco, com a arte do conhecido senhor Akyra Toriyama continua a ser para mim um dos pontos altos da série e contínua deslumbrante na nova geração, mas o que é realmente espetacular é a fluidez do jogo quando estão a acontecer centenas de coisas ao mesmo tempo no ecrã. Ataques especiais dos inimigos para aqui, ataques especiais dos personagens para acolá, bosses gigantes, monstros amigos à mistura, etc. Isto tudo sempre sem quaisquer quebras de frames! 

O que já não me impressionou tanto foi as vozes inglesas, um pouco sem alma e como algumas paragens prolongadas entre os diálogos, felizmente o jogo trás as vozes originais japonesas. 

Não é um jogo muito longo, conseguem acabar entre as 16-18 horas, ou se quiserem fazer todas as missões secundárias podem esperar algo entre as 35-40 horas. 

 

Nota Final- 9

[0…....10]

Para ser honesto a primeira impressão que tive foi de que o jogo se iria tornar aborrecido rapidamente, mas a realidade foi outra. Sim, as batalhas/missões não são variadas e são repetitivas, mas dei por mim a pensar “só mais uma luta” e quando dava por mim já tinham voado algumas horas. Fiquei completamente rendido a Dragon Quest Heroes e com vontade de mais, mal posso esperar pela sequela já anunciada pela Square Enix!

 

Exit mobile version